Os safáris dedicados à caça de qualquer animal são um grande problema para o planeta. Muitas espécies estão em perigo de extinção por esse "esporte". Neste artigo contamos a história dos cães que lutam contra a caça ilegal na África, usando seu grande olfato.
Caça ilegal na África
As autoridades não sabem mais o que fazer para impedir as caçadas (que já são ilegais). A ideia do homem de que ele possui o planeta foi longe demais. Milhões de animais são mortos a cada ano por caçadores ilegais. Acontece principalmente na África, onde safaris especiais serão organizados para esse fim.
Para evitar que a matança de elefantes (entre outras espécies) piore, um grupo de cães da raça Bloodhound foi treinado. Eles usam seu olfato apurado para rastrear os caçadores.
Em Mugie, no Quênia, grupos de pessoas com rifles e espingardas especiais penetram profundamente na savana para caçar os poucos elefantes restantes. Muitos deles atravessam a fronteira com a Somália para desfrutar dessa atividade horrível. Se somarmos a isso o trabalho dos traficantes, que oferecem seus chifres por um punhado de dólares, a situação é alarmante.
Na última década, a população de elefantes em toda a África diminuiu em um terço. É principalmente devido à caça. Todos os anos, os caçadores matam cerca de 35 mil espécimes. Muitos deles fazem isso por diversão. Outros, como negócio: vendem marfim para países como a China, onde é considerado símbolo de status.
Governos corruptos, grupos armados e caçadores sem lei formam uma combinação explosiva que está matando elefantes africanos. É por isso que a luta para parar essas atividades de milhões de dólares se transformou em uma guerra.
Cães que evitam a caça ilegal
Fonte: elplaneta.orgTentar conscientizar os estrangeiros e residentes não tem efeito. Nem falar de penas ou mesmo dias de prisão. A educação nas comunidades aborígenes foi um dos primeiros passos para evitar que o problema atingisse um estágio sem volta.
Foram criadas patrulhas para alertar a movimentação de caçadores, foram realizados acompanhamentos nas rotas de tráfico de presas de elefante e alcançada a proibição e punição física. As autoridades quenianas permitem que os guardas do parque matem os caçadores que encontram vagando pela área, embora essa não seja a solução.
Já que a função do guia do parque não é mostrar os animais aos turistas, mas fazer parte de um grupo organizado e armado. Mais técnicas estão sendo buscadas para proteger muitas espécies indígenas. Uma das estratégias mais recentes é treinar cães de caça para detectar caçadores furtivos.
Cães de guarda quenianos
Na reserva Mugie, no centro do Quênia, os primeiros cães já estão de guarda. Com seu olfato desenvolvido (mais do que qualquer outra raça), eles são especialistas em seguir rastros quase imperceptíveis pelos humanos. A eficácia é tamanha que esta iniciativa foi copiada em outras áreas do continente.
O problema é que a extensão dos parques é tão grande que os cães muitas vezes não chegam a tempo ao local do evento. Quando eles chegam na área, o caçador já fugiu há várias horas. Porém, pouco a pouco mais cães serão agregados ao serviço dos guardas-florestais.
Uma das anedotas mais importantes do trabalho canino foi ter encontrado alguns traficantes depois de procurá-los por 50 km. Eles foram presos por possuírem várias presas de marfim.
Os cães Bloodhound são, no momento, uma estratégia de dissuasão para caçadores furtivos. Até agora eles tiveram efeitos muito positivos, pois quem deseja matar animais em um parque com esses cães sabe que não pode se esconder deles.
Fonte da imagem: amazonaws.com e elplaneta.org