Seu nome é um tanto difícil de pronunciar, mas a verdade é que a cardiomiopatia hipertrófica em gatos é uma das doenças cardíacas mais comuns em felinos domésticos. Neste artigo, contaremos tudo o que você precisa saber sobre isso.
O que é cardiomiopatia hipertrófica em gatos?
Esta doença cardíaca é uma das mais comuns em felinos e consiste em um espessamento da massa miocárdica do ventrículo direito do coração. Ainda não se sabe quais são as principais causas da cardiomiopatia hipertrófica em gatos, mas sabe-se que aqueles que a sofrem apresentam níveis elevados de hormônios de crescimento. Em alguns casos, é hereditário.
Por sua vez, é mais prevalente em certas raças, como Persa, Chartreaux, Sphynx, British Shorthair, Ragdoll e Maine Coon. Portanto, acredita-se que tenha a ver com uma malformação genética.
Cardiomiopatia hipertrófica felina é caracterizada por disfunção diastólica e por ser mais comum em homens do que em mulheres. Além disso, é detectado em espécimes jovens, entre cinco meses e seis anos.
Essa doença pode se apresentar em três níveis: leve, moderado ou grave. Este último aumenta a rigidez do ventrículo esquerdo do coração e pode comprometer o fluxo sanguíneo para o miocárdio, o que pode levar à morte celular ou fibrose.

Muitos gatos com cardiomiopatia hipertrófica não apresentam sintomas visíveis, razão pela qual na maioria das vezes a doença não é detectada a tempo. O veterinário é quem vai perceber se identificar algum desconforto respiratório, sopro sistólico, taquicardia, arritmias, dispneia ou mesmo paralisia nos membros posteriores.
Como todos esses sinais também são típicos de outras cardiopatias comuns, às vezes o profissional não sabe a que são devidos e demora para diagnosticar cardiomiopatia hipertrófica em gatos.
A melhor forma de detectá-lo é por meio de exames específicos, como o eletrocardiograma e o ultrassom cardíaco. Com o primeiro, são conhecidos os batimentos cardíacos anormais e, com o segundo, o aumento da espessura ventricular, a dilatação do átrio esquerdo ou a diminuição da 'luz' no ventrículo esquerdo.
Cuidados e tratamento da cardiomiopatia hipertrófica em gatos
Uma vez diagnosticada a doença, o veterinário se encarregará de indicar o tratamento adequado, cujo objetivo será melhorar o desempenho diastólico, prevenir o desenvolvimento de tromboembolismo ou tratar a insuficiência cardíaca congestiva.
Além disso, o tratamento dependerá de vários fatores como a idade e o estado geral de saúde do animal. Você deve ter em mente que a doença cardíaca felina não tem cura, mas podemos ajudar nosso animal de estimação a conviver com essa doença da melhor maneira possível.

O remédios mais usados neste caso são:
- Inibidores da enzima de conversão da angiotensina (IECA) para reduzir a carga cardíaca.
- Diuréticos para reduzir o acúmulo de fluidos no espaço pleural e nos pulmões.
- Bloqueadores beta para diminuir a freqüência cardíaca quando ocorre taquicardia.
- Ácido acetilsalicílico para evitar tromboembolismo.
- Bloqueadores do canal de cálcio para relaxar o músculo cardíaco.
Em relação ao atendimento, devemos garantir que nosso gato coma com o mínimo de sal -Há alimentação especial- para evitar a retenção de líquidos, o que pode agravar o quadro.
Recomenda-se minimizar o estresse ou tensões em casa, para que o animal fique calmo e descanse o suficiente, sem sustos.
Não é aconselhável que o gato realize atividades físicas ou esforços. quando sofre de cardiomiopatia hipertrófica, embora sejam necessários alguns jogos e pequenas 'caminhadas' pela casa.
Claro, é a chave seguir exatamente o que o veterinário indicar, levar nosso gato para check-ups, fazer exames e estudos que o profissional julgue necessário.
A cardiomiopatia hipertrófica em gatos é bastante comum, embora não saibamos muito sobre ela. Mas a detecção precoce e a conformidade com os tratamentos melhoram muito a saúde felina com a referida patologia.