Boas são animais grandes e atarracados conhecidos por seu hábito de sufocar suas presas antes de comê-las. Como sua distribuição é tão ampla, esses répteis modificaram algumas características de seus corpos para se adaptarem ao ambiente. Por esta razão, existe um grande número de espécies e subespécies de jiboias.
No próximo artigo você poderá conhecer algumas das mais comuns, porém, tenha em mente que sua classificação taxonômica ainda é motivo de debate. Portanto, os nomes científicos listados podem ser diferentes, dependendo da mídia consultada. Ainda assim, isso não diminui os recursos incríveis que eles possuem, continue lendo para aprender sobre eles.
Características das boas
Em geral, a evolução das cobras passou por uma perda de membros, por isso elas alcançaram aparências como as de hoje. Por sua vez, as jibóias apresentam reminiscências destas como se fossem um degrau intermediário entre as cobras antigas e as atuais. Portanto, são considerados o grupo mais ancestral desses répteis.
Boas pertencem à família Boidae que possuem a capacidade de capturar e consumir presas maiores que a própria cabeça. Na verdade, carecem de ferramentas como veneno, então usam a constrição e a macrostomia como meio de caçar e se alimentar. Além disso, eles possuem um sistema de detecção por infravermelho que os ajuda a facilitar esse processo.
A maioria das espécies de jibóias tem corpos grandes e largos, com cores diferentes, dependendo da área que habitam. Esses répteis possuem uma grande variedade de características físicas, razão pela qual existem diversas discussões sobre sua classificação taxonômica.Os parentes mais próximos e com quem compartilham algumas características são as pítons.
Como são classificadas as boas?
Existem muitas controvérsias sobre a classificação desses répteis, então a Universidade de Massachusetts em conjunto com Yale conduziu uma investigação que reconsidera sua taxonomia. Entre os resultados eles perceberam que jibóias e jibóias, apesar de serem muito semelhantes, não são tão aparentadas.
Por esta razão, as jibóias e algumas cobras semelhantes são agrupadas dentro da superfamília Booidea. Enquanto as pítons acabam sendo um grupo irmão dessa superfamília, a Pythonidea. A classificação anterior sustentava que as jibóias e as jiboias, por serem longas, largas e terem quase as mesmas características físicas, deveriam pertencer à mesma família.
Boas não possuem dentes na pré-maxila, isso junto com a morfologia de sua cabeça os separa do grupo das pítons. Para que você as conheça melhor, listamos abaixo algumas espécies de jibóias.
Red-tailed Boa (Boa constrictor constrictor)
É um grande réptil tropical nativo da América, talvez o mais conhecido do grupo. Pode atingir 3 ou 4 metros de comprimento, pesando até 45 quilos. Sua cabeça é triangular, com olhos pequenos e pupilas verticais. Esta jibóia é de cor cinza-canela, com manchas retangulares marrons e uma barriga pálida. O nome se deve ao fato de que na cauda as tonalidades podem variar para castanhos avermelhados.
Amaral Boa (Boa constrictor amarali)
A cabeça triangular desta boa é adornada com uma faixa escura em cada lado. Além disso, suas cores são semelhantes às da jiboia, com variações pálidas de tons de marrom, marrom e vermelho presentes. A distribuição desta espécie é ampla, indo do México ao norte da Argentina, preferindo áreas florestais. Também para se defender, é capaz de emitir um grito alto ou até mesmo pular.
Common Boa (Boa imperator)
Esta subespécie é uma das menores, embora, apesar disso, atinja 2,5 metros de comprimento. Na verdade, esse réptil não possui cavidades labiais, o que elimina sua capacidade de detectar infravermelho. Além disso, seu corpo se distingue por possuir círculos em forma de anel, somados a uma mancha escura que se origina no olho e se estende até as laterais.
Tumbes Boa (Boa constrictor longicaudata)
Essa cobra habita as regiões de selva de Tumbes, no Peru, por isso também é chamada de jibóia costeira. Este animal também apresenta uma linha central escura e manchas em forma de sela ao longo do corpo, enquanto sua cor pode variar do amarelo ao cinza claro. Atualmente, sua classificação taxonômica ainda está em discussão.
Boa Argentina (Boa constrictor occidentlis)
Ao ostentar o nome, distribui-se principalmente na Argentina e no Paraguai, entre a Cordilheira dos Andes e o rio Prana. Esta subespécie geralmente tem colorações mais escuras com algum branco. Este tipo de jibóia pode atingir um tamanho de até 2,5 metros.
Ecuador Boa (Boa constrictor melanogaster)
Este réptil é restrito ao Equador, próximo ao rio Yaupi, embora seja provável que cubra parte da Amazônia. Esta jiboia equatoriana caracteriza-se por ter uma cauda maior do que outras subespécies, além de seus tons serem geralmente pálidos, devido à f alta de melanina em sua barriga.
Dominican Boa (Boa nebulosa)
A boa dominicana, como o próprio nome sugere, é uma espécie que habita a ilha dominicana no mar do Caribe. É bastante semelhante ao constritor, mas com a diferença de que seu focinho é mais proeminente e seus olhos são bastante convexos. A coloração deste organismo é mais escura, variando entre tons de cinza e marrom com algumas manchas pretas.
Saint Lucia Boa (Boa orophias)
A distribuição desta espécie de jibóia está restrita à ilha de Santa Lúcia, no mar do Caribe.Suas cores são principalmente marrons, com entre 27 e 31 manchas sub-retangulares em forma de sela e algumas manchas escuras sob a mandíbula. Além disso, seu ventre apresenta tons pálidos, brancos ou acinzentados.
Embora exista uma grande variedade de espécies e subespécies de jiboias, infelizmente a maioria está em risco, devido ao consumo de suas peles para diversas mercadorias. Uma de suas características mais importantes é a diversidade de cores, o que os torna o alvo perfeito para os amantes da moda.
Boas são espécies territoriais, então só atacam para comer e se defender. Portanto, apesar de parecerem intimidantes, a realidade é que tentarão economizar o máximo de energia possível evitando conflitos. Conhecer esses répteis nos ajuda a saber como agir diante deles.