O barbilhão, forte e robusto, habita os rios da Europa central e é facilmente reconhecido pelos 4 barbilhos que possui junto à foz. Infelizmente, seu poder de natação e caráter feroz é o que motivou muitos pescadores a persegui-lo.
Para conhecer melhor esta espécie, vamos caracterizá-la no seu ambiente natural, em vez de nos focarmos nos cuidados com o aquário doméstico e, em geral, no interesse que tem pelo entretenimento humano. Portanto, não perca nada, pois aqui você encontra a verdadeira face do bagre em todo o seu esplendor.
Taxonomia e características
O barbilhão, cujo nome científico é Barbus barbus, é um peixe de água doce facilmente reconhecível pela característica que lhe dá o nome, os 4 barbilhões que emergem do perímetro da sua boca.Pertencente à ordem Cypriniformes e à família Cyprinidae, é membro do grupo taxonômico das carpas.
É um peixe alongado, quase cilíndrico, com barriga achatada. Pode atingir mais de meio metro de comprimento e quase 2,7 quilos de peso, dependendo do habitat e dos alimentos disponíveis em seu ambiente. Embora não haja características visíveis que indiquem dimorfismo sexual, as fêmeas costumam ser muito maiores que os machos.
Barbel Habitat
O barbo é encontrado nos rios da Europa Ocidental e Central, desde os Pirineus ao norte até a Rússia e a Lituânia. Foi introduzido artificialmente no norte da Itália e no oeste da Inglaterra.
A maioria dos cardumes de barbilhões vive em águas de movimento rápido, onde se movem facilmente graças à sua poderosa capacidade de natação e morfologia hidrodinâmica. Costumam ser ambientes de água limpa, com oxigênio abundante e fundo de cascalho ou rocha, entre os quais encontram seu alimento ou se refugiam quando precisam descansar.
Comida
O barbilhão é onívoro e oportunista, ou seja, alimenta-se de tudo ao seu alcance. Mesmo assim, sua dieta consiste principalmente de vermes, moluscos e larvas que se escondem sob o substrato do rio. Também consome matéria vegetal ao seu redor, ovos e larvas de outras espécies.
Graças aos seus barbilhos consegue encontrá-los, pois são sensíveis. Ele também os usa para remover pequenas pedras do fundo, enquanto pedras maiores são removidas com a boca.
Ser capaz de suportar a forte correnteza do leito do rio lhes dá uma vantagem sobre outras espécies, pois a competição por comida é muito menor.
Comportamento do barbel
É um peixe de hábitos diurnos (embora seja mais ativo ao amanhecer e entardecer) e gregário. Agrupam-se em cardumes de tamanhos variados que nunca se desfazem, por isso é fácil ver todos à procura de comida no leito do rio, afastando pedrinhas com a boca.
Por outro lado, quando as águas esfriam no inverno, sua ingestão é interrompida e eles entram em uma letargia que vai durar até a primavera. Para isso, refugiam-se nas rochas do fundo do rio, onde outras espécies têm dificuldade em encontrar o seu alimento.
Reprodução
Quando acordam da hibernação, a época de reprodução começa em maio-junho, geralmente quando a temperatura da água excede 15°C. Eles tendem a migrar para áreas de desova com água corrente, onde o namoro começa. As fêmeas lideram o caminho até o local escolhido, seguidas por uma longa fila de machos que usam táticas como espirrar água, nadar ao lado ou fertilizar ovos furtivamente.
Esta fertilização sorrateira é uma das táticas mais usadas. Até 130 machos podem participar de uma única desova.
A fêmea bate com o rabo no cascalho para limpá-lo do lodo e cria um buraco para depositar os ovos sem se deixar levar pela corrente, e então os cobre novamente.Uma semana depois nascem os filhotes, que permanecerão por várias semanas entre o cascalho, alimentando-se do saco vitelino.
Esta é uma espécie de crescimento lento que não se aventura em correntes fortes até desenvolver sua musculatura. Até lá, eles vão se alimentar de pequenos invertebrados no cascalho.
Estado de conservação do barbo

Devido à sua ampla distribuição, o peixe-gato não é atualmente considerado ameaçado de extinção e recebeu o status de menor preocupação (LC). No entanto, isso não significa que eles não estejam isentos de ameaças enfrentadas, como a poluição dos rios ou a introdução de espécies estrangeiras, como bagres (Silurus glanis).
Modificações no sistema natural também os afetam, principalmente quando o curso dos rios é modificado para fazer uso da água.
Seus números estão em rápido declínio em algumas áreas, mas ações para sua conservação são praticamente inexistentes. É possível que com o passar dos anos esse impressionante peixe acabe desaparecendo dos rios se não conseguirmos protegê-lo.