A babirusa, cujo nome científico é Babyrousa babyrussa, é um mamífero ungulado pertencente à família Suidae. Está intimamente relacionado com os porcos domésticos e javalis, com os quais partilha certas características morfológicas, como o seu aspecto físico ou a anatomia do seu coração.
São animais de porte médio, chegando a 80 centímetros de altura e um metro de comprimento na fase adulta. Da mesma forma, podem pesar até 100 quilos.
Endêmica das ilhas indonésias Sulawesi, Togian e Sula, a babirusa é estritamente restrita a este território. Portanto, é impossível observá-los fora do referido arquipélago.Habita geralmente florestas úmidas e áreas cultivadas próximas às margens de rios e lagos. Ao contrário de outros porcos, esta espécie tem uma preferência especial por água.
Aspectos curiosos da babirusa
Por comportamento diurno, a babirusa costuma viver em pequenos grupos formados por várias fêmeas e seus filhotes, além de um macho dominante que atua como reprodutor.
Sem dúvida, a característica mais marcante desse suídeo é a incrível conformação de seus caninos superiores, que atravessam a porção dorsal de seu focinho durante seu crescimento. No entanto, esses porcos selvagens possuem vários aspectos curiosos que detalharemos nas próximas linhas.
1. Eles têm presas incríveis
Ao contrário do que acontece na maioria dos animais existentes no mundo, os caninos superiores da babirusa crescem para cima em vez de para baixo.Portanto, suas presas perfuram tanto sua cavidade oral quanto o topo de seu focinho, expondo para fora e curvando-se para trás.Esses dentes em particular podem crescer até 30 centímetros de comprimento,às vezes até atingindo os ossos do crânio.
Apenas o macho apresenta este tipo de presas externas, já a fêmea desenvolve as muito pequenas ou mesmo inexistentes. De acordo com alguns estudos científicos, os caninos superiores dos babirusas machos permitem que eles se protejam de danos que possam ocorrer durante uma luta, já que são animais agressivos e territoriais.
2. A dieta deles funciona de maneira diferente do resto dos suids
Ao contrário de outros suídeos, como o porco doméstico ou o javali, a babirusa não possui um osso presente no focinho que permite a esses animais fuçar ou vasculhar o solo em busca de comida.Pelo contrário, esta espécie prefere alimentar-se de frutos caídos, folhas, vermes e alguns fungos.
Da mesma forma, o estômago da babirusa possui duas cavidades, semelhante ao que ocorre nos ruminantes. Isso significa que, inicialmente, o alimento ingerido atinge a primeira porção do estômago. Em seguida, é regurgitado, mastigado novamente e novamente introduzido na porção final de sua cavidade estomacal.
3. A babirusa é uma excelente nadadora
Outro aspecto interessante que diferencia esse porco de outras espécies da mesma família é sua afinidade pela água. Na verdade, eles gostam muito de tomar banho e passam várias horas do dia semi-submersos nas margens de lagos e rios. Inclusive, segundo várias teorias sobre a origem desse animal nas ilhas onde vive, a babirusa veio nadando de outros territórios para o arquipélago indonésio.
4, A origem de seu nome
Etimologicamente falando, seu nome é formado por dois termos da língua malaia. Por um lado, existe o "babi" que significa porco, e por outro "rusa" que se refere ao veado. Assim, a babirusa recebeu esse nome por causa de suas presas retorcidas que lembram os chifres de um cervo ou antílope.
Na comunidade indígena local existem muitas histórias sobre esta maravilhosa espécie. Por exemplo, uma lenda conta que esses porcos usam seus caninos superiores para dormir pendurados nas árvores.
5, A babirusa está em perigo de extinção
Devido à destruição de seu habitat natural e à caça indiscriminada por sua carne e pele, a babirusa foi declarada uma espécie vulnerável pela União Internacional para a Conservação da Natureza.
De acordo com dados recentes, existem apenas cerca de 4000 espécimes distribuídos tanto na natureza quanto em cativeiro.Porém, se o comportamento do homem continuar como é hoje, a população desse magnífico suid pode ser drasticamente reduzida até sua extinção.
