5 curiosidades do peixe mandarim

O peixe mandarim ou peixe dragão deve seu nome à coloração intensa e variada de seu corpo, que lembra as vestes usadas pelos imperialistas chineses em tempos muito antigos. Seu nome científico é Synchiropus esplêndido e pode ser encontrado entre os corais das águas salgadas dos oceanos Índico e Pacífico.

É um animal relativamente pequeno, atingindo apenas 8 centímetros de comprimento na fase adulta. Tem a cabeça arredondada e o corpo alongado, com olhos grandes que lhe conferem maior visibilidade entre as zonas rochosas dos corais. Também possui uma boca protrátil, armada com várias fileiras de dentes muito finos.Da mesma forma, possui duas barbatanas peitorais, duas pélvicas, duas dorsais, uma anal e uma caudal.

Dieta de peixe mandarim

O peixe mandarim é onívoro, embora prefira alimentar-se de outros animais vivos como alevinos, crustáceos, vermes marinhos, entre outros. Graças à sua capacidade visual, consegue capturar suas presas entre as áreas escuras criadas pelas rochas do mar.

Habitat e reprodução do peixe mandarim

Este peixe habita os fundos de águas quentes e tropicais dos oceanos Índico e Pacífico, em profundidades de 1 a 18 metros e temperaturas entre 24 a 26 graus Celsius. Tem preferência por recifes de coral em áreas do Pacífico ocidental, Malásia, Indonésia, Filipinas e Austrália. Sua reprodução ocorre várias vezes ao longo do ano, com ninhadas entre 200 e 300 peixes.

Os ovos fertilizados nadam na corrente por 20 horas, período durante o qual larvas de aproximadamente 1 milímetro começam a eclodir. Assim que nascem, começam a se alimentar de plâncton, para deixá-lo após duas semanas e se deslocar para o recife em busca de presas.

Curiosidades do peixe mandarim

Agora que você conhece as principais características do peixe mandarim, apresentamos a seguir os motivos pelos quais esse animal é classificado como um dos mais curiosos e peculiares de sua espécie.

1. Colorir

Esses animais fantásticos, juntamente com os peixes psicodélicos, são as duas únicas espécies conhecidas que possuem coloração azul em seu pigmento celular. Sua cabeça é um fundo azul claro misturado com amarelo e laranja. O corpo é principalmente de cor laranja com listras azuis intensas.

Na ponta do dorso, o laranja é mais escuro com listras azuis e verdes. Suas barbatanas dorsais são de cor semelhante ao seu corpo, no entanto, suas bordas se destacam devido à sua cor azul brilhante. Por fim, seus olhos são laranja e sua boca é azul claro.

Sua coloração é usada principalmente para dois propósitos, um é se misturar entre os corais e passar despercebido, e o outro é alertar os predadores de seu perigo.

2. Acasalamento

O namoro começa ao entardecer, momento em que várias fêmeas se aproximam do local onde estão os machos, fazendo um desfile circular. Depois que a fêmea escolhe seu parceiro, ela se deita na nadadeira pélvica do macho. Posteriormente, ambos juntam suas barrigas e nadam a uma altura de 1 metro acima do recife.

No momento final, o macho libera o esperma e a fêmea faz o mesmo, liberando uma massa de até 300 óvulos. Assim que a partida termina, ambos se dispersam e nadam ao seu lado.

Em geral, as fêmeas preferem os machos maiores dentro do recife. Porém, o curioso dessa espécie é que os machos menores desenvolveram uma estratégia para se reproduzir e assim preservar sua linhagem. Isto é, quando a fêmea libera seus ovos, os peixes menores liberam seus espermatozoides na esperança de fertilizar alguns.

3. Comportamento

O peixe mandarim é um animal muito calmo, pode-se até dizer que é tímido. Durante o dia é muito difícil observá-los, pois geralmente são animais noturnos, pois quando cai a noite é quando eles saem de seus esconderijos para acasalar ou caçar.

Por outro lado, embora não tenha problemas com outros tipos de peixes no recife, se você colocar dois peixes mandarim em um aquário, eles lutarão até a morte porque são muito territoriais com sua própria espécie.

4. Defesa

Esta classe de peixes pertence aos que não possuem escamas. No entanto, para compensar essa f alta de defesa, o peixe mandarim produz uma substância viscosa que cobre todo o corpo. Este revestimento tem um odor muito desagradável e é tóxico para seus predadores. Além disso, esse filme de gordura também protege você de várias doenças de pele.

5. Vida e alimentação em aquários

Para o bem-estar dos peixes mandarins em aquários, estes devem ser suficientemente espaçosos com capacidades entre 150 e 200 litros. Da mesma forma, deve-se garantir que a água esteja como em seu ambiente natural, ou seja, em torno de 24 ou 26 graus Celsius.

Por outro lado, o aquário deve ser pouco iluminado e com locais onde possa se esconder. Da mesma forma, cabe ress altar que deve-se evitar incluir dois machos desta mesma espécie no mesmo aquário devido a sua territorialidade.

Um dos aspectos mais importantes a considerar ao manter um peixe mandarim em um aquário é sua dieta. Na sua vida selvagem, este peixe alimenta-se principalmente de animais vivos. Em ambientes artificiais, esse tipo de presa geralmente não está disponível, portanto sua alimentação pode ser um problema.

Por isso os aquários devem ter um ecossistema maduro, onde os peixes possam encontrar fauna bentônica e minhocas para se alimentar. Assim, também é recomendada a criação de artêmias, pequenos crustáceos que devem ser introduzidos vivos para serem devorados pelos peixes.

Por outro lado, de acordo com um estudo publicado no International Journal of Molecular Sciences, o peixe mandarim pode ser treinado para aprender e se adaptar a comer presas mortas e comida em flocos. No entanto, alguns podem rejeitar esse tipo de alimentação, então eles se recusam a comer e morrem.

Em aquários, esse peixe pode chegar a 6 anos de vida, contra os 15 anos que pode viver em seu ambiente natural.

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