Alertar sobre o perigo de soltar animais exóticos na natureza

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Anonim

Às vezes, comprar um animal exótico pode parecer uma boa ideia no início. Uma pequena rã, um pássaro tropical, algum peixe raro ou uma cobra podem parecer o animal de estimação ideal que irá surpreender (ou aterrorizar) seus amigos e familiares. Mas manter um animal exótico pode ser difícil, além de caro, portanto, muitas pessoas optam por descartá-lo logo após adquiri-lo. No entanto, o libertar animais exóticos na natureza pode ser muito perigoso, explicamos o porquê.

Isto pode ser contraproducente tanto para o animal quanto para o ambiente em que você o solta, porque, em primeiro lugar, se o animal foi retirado de seu ambiente muito jovem, não terá habilidades suficientes para se proteger de predadores ou para encontrar seu próprio alimentoAssim como é difícil para ele se adaptar às mudanças climáticas, principalmente se vier de áreas com um clima diferente daquele que você escolheu para liberá-lo ou se vier de países onde não há estações.

O segundo fator, que tem a ver com o meio ambiente, está relacionado à as várias maneiras pelas quais a inclusão de um animal estrangeiro pode afetar a flora e a fauna locais. Vamos dar uma olhada mais de perto neste ponto.

Dieta

Um dos elementos mais prejudiciais tem a ver com a dieta dos animais introduzidos. Uma vez que eles não encontrarão suas fontes normais de alimento, eles terão que substituí-los por outros, gerando um processo de predação que pode afetar seriamente os delicados ecossistemas locais.

A inclusão de espécies exóticas levou ao desaparecimento de um grande número de animais e plantas em seus ambientes naturais, pois estes eles não têm mecanismos de defesa contra o organismo estranho, então eles serão vítimas fáceis disso.

Falta de predadores e reprodução

Outro elemento a ser levado em consideração é a falta de predadores em novos ambientes. Normalmente a presença destes ajuda a controlar as populações de animais, que de outra forma acabariam se tornando pragas, afetando o equilíbrio de novos ambientes, devido ao sucesso reprodutivo e sem ter alguém para atacá-los, eles crescerão descontroladamente.

Dessa forma, são geradas situações que podem destruir não só a fauna local, mas também matar plantações. A forma de controle desse tipo de cenário se dá por meio do sacrifício de milhares de exemplares, que acabam sendo vítimas inocentes do manejo irresponsável que as pessoas que os tomam como animais de estimação lhes dão.

Bactérias e microorganismos

Como os humanos, os animais carregam, seja em seu pelo, penas ou pele; ou dentro de seus sistemas, um grande número de microorganismos que não são prejudiciais a eles. Porém, a inclusão em um novo meio pode causar doenças graves em animais que não possuem defesa imunológica contra esses organismos.

Isso pode ser extremamente prejudicial, principalmente quando ocorre com animais que são a base da cadeia alimentar, uma vez que pode ser gerado um fenômeno de desaparecimento maciço de um ecossistema e a doença pode se espalhar de forma descontrolada.

Mutações

Outra consequência prejudicial para as espécies e ecossistemas é que Podem ocorrer graves alterações nos comportamentos habituais dos animais introduzidos, principalmente naqueles que têm a ver com seus hábitos alimentares.Isso está intimamente relacionado à dieta, mas também podem ocorrer mutações nos sistemas de adaptação da espécie.

Por exemplo, há algum tempo ficou famoso o caso em que uma espécie de cachama estrangeira (parentes das piranhas com dieta frutífera) foi introduzida em um rio, buscando se misturar com os locais e aumentar sua população, que ficava na orla do rio. do desaparecimento, devido à pesca indiscriminada. Porém, os cachamas estrangeiros baseavam grande parte de sua dieta nas frutas que caíam no rio.

O rio ao qual foram introduzidoss não tinha suficiente ou variedade suficiente de árvores frutíferas para abastecê-los com alimentos, pelo que mudaram a dieta e acabaram predando não só os cachamas locais (com os quais deveriam se reproduzir), mas também todos os peixes e pequenos animais que viviam no rio.

A situação chegou a tal ponto que começaram a ser registrados ataques a pássaros, animais domésticos e até humanos. Em seguida, teve que ser iniciado um processo caro e demorado para retirar as espécies estrangeiras, que haviam conseguido triplicar sua população, mas tudo isso à custa de quase toda a fauna local.