Como são classificados os peixes?

Os peixes são os habitantes mais importantes do oceano, pois são o grupo mais diverso do planeta. No entanto, nem todos os animais aquáticos que possuem barbatanas são peixes. É confuso, e mesmo dentro da biologia não existe um ramo taxonômico que os identifique. É por isso que a classificação dos peixes pode ser considerada complexa e ambígua.

Este grupo inclui organismos tão simples como os anfioxanos (cefalocordados) e tão primitivos como as lampreias e os mixinianos. Dependendo da definição que adotamos, podemos adicionar ou subtrair espécies. É por isso que neste artigo os peixes serão definidos como organismos com respiração branquial, linha lateral, escamas e opérculos.Continue lendo para mergulhar no mundo desses seres aquáticos.

Características dos peixes

Distribuição

Ser um grupo amplamente diversificado significa que eles foram capazes de se adaptar a um grande número de ambientes. É por isso que atualmente eles podem viver em quase qualquer lugar, com o único requisito de que haja água e comida. Podemos encontrá-los até na Antártica (Champsocephalus esox), onde a temperatura chega a menos de 0 graus Celsius.

A maioria das espécies vive no mar, onde ocupam todos os espaços ecológicos disponíveis. Por esta razão, podemos encontrar peixes que vivem tanto à superfície como no fundo do mar ou algures no meio. Estes podem ser costeiros ou preferir o mar aberto, tudo vai depender das adaptações que foram conseguindo ao longo do tempo.

Algumas outras espécies preferem rios, lagos ou lagoas, onde podem fazer percursos que envolvem viagens ao mar. Os limites da distribuição dos peixes são determinados pelas características de seu ambiente e pela classificação.

Comportamento

Dependendo dos organismos, existem espécies que são solitárias ou algumas que podem fazer parte de grupos chamados cardumes. Podem tornar-se territoriais, ser agressivos e viver em cavernas ou abrigos, ou também podem apresentar simbiose mutualística com outras espécies.

Reprodução

Esses seres aquáticos se adaptaram através de diversos hábitos, o que garante o sucesso de sobrevivência da espécie. Devido a isso, eles conseguiram desenvolver os 3 tipos de reprodução sexual:

  • Ovíparo: reprodução através de ovos.
  • Vivípara: reprodução por desenvolvimento interno do embrião. A fertilização interna é realizada.
  • Ovovivíparos: ponto intermediário entre vivíparos e ovíparos. A fertilização é interna, mas a fêmea produz um ovo que só é liberado após a eclosão. Enquanto o ovo está dentro, a mãe não o alimenta, pois ele obtém seus nutrientes do saco vitelino.

Além disso, alguns desses organismos costumam produzir um grande número de ovos, com o objetivo de aumentar a chance de pelo menos um filhote sobreviver. Essa produção massiva de ovos serve para resolver a f alta de cuidado parental. Ou seja, não gastam energia cuidando dos filhotes, pois preferem produzir muitos, mesmo que apenas um sobreviva.

Uma vez que o ovo eclode ou a fêmea dá à luz, esses filhotes podem sofrer desenvolvimento direto ou indireto. Isso significa que podem nascer cópias em miniatura dos pais, precisando apenas crescer ou sofrer metamorfose para se tornar um adulto.

Comida

Devido à grande variedade de espécies podemos detectar 3 modos de alimentação:

  • Predator: especializado na captura de alimentos vivos.
  • Carniceiro: Capaz de se alimentar dos restos de animais mortos.
  • Herbívoros: consomem exclusivamente algas.
  • Omnívoros: alimentam-se de todo tipo de comida.

Que tipos de peixes existem?

Os peixes fazem parte do grupo dos vertebrados, pois possuem um esqueleto interno definido ou notocorda. Cada grupo tem uma história evolutiva individual, que se desenvolveu ao longo de milhões de anos.

Especificamente podemos identificar pelo menos 3 classes principais:

  • Chondrychthyes: que agrupa peixes cartilaginosos, como tubarões, raias e quimeras.
  • Agnatha: também chamado de peixe sem mandíbula, onde encontramos lampreias e mixinies.
  • Osteichthyes: formado por peixes que possuem um esqueleto ósseo interno, aqui encontramos a maior parte dos peixes conhecidos pelo homem.

Peixes cartilaginosos ou condrictos

Esta classificação de peixes contém animais com esqueleto cartilaginoso, que pode estar parcialmente calcificado. Embora não tenham bexiga natatória, conseguem usar o fígado para flutuar, graças ao excesso de lipídios que contém. Uma de suas principais características é possuir mandíbulas não fixadas ao crânio, o que permite que sejam projetadas.

As escamas desse grupo são especialmente particulares, pois são muito semelhantes à estrutura de um dente de vertebrado. Essa armadura é chamada de escamas placóides, que se comportam como malha, sentindo-se ásperas ao toque. Sua forma física varia entre fusiforme e achatada.

Neste grupo podemos encontrar tubarões, mantas, raias, pejegallos, etc.

Peixe com osso ou osteichthy

Neste tipo de animais agrupam-se organismos com esqueletos ósseos. Eles também têm brânquias cobertas por opérculos e raramente espiráculos.Além disso, possuem escamas dérmicas e nadadeiras com formatos variados. Esses organismos são geralmente fusiformes, em forma de enguia ou serpentina na aparência, com tamanhos entre 10 milímetros e 1 metro, ou no máximo 8 metros.

Este conjunto de espécies é o que mais se diversificou, conseguindo adaptar-se a diferentes ambientes, modos de alimentação e distribuição. Eles podem ser encontrados em quase todos os corpos de água doce e salgada, incluindo zonas intertidais e de alto mar, bem como regiões próximas aos pólos.

Dentro desta classificação de peixes, podemos encontrar dois grupos principais: os actinopterígios e os sarcopterígios. As primeiras são as mais abundantes e numerosas, pertencendo a espécies como o salmão, a sardinha e o atum. O segundo, são peixes com nadadeiras lobadas.

Peixes ciclostomosos (agnados)

São animais que não possuem vértebras formais, mas possuem algo bastante semelhante, a notocorda. Eles são reconhecidos por serem peixes que não possuem mandíbulas, daí seu nome. Seu sistema respiratório é constituído por uma ou várias brânquias, com uma única narina ou ducto olfativo.

A forma do agnathus é em forma de enguia, alongada, flexível e escorregadia. Não possuem nenhum tipo de escama na pele, nem barbatanas pares. Além do fato de seu esqueleto ser formado inteiramente por cartilagem.

Esse grupo é formado por animais como lampreias e minxinídeos, peixes reconhecidos por serem fósseis vivos.

Uma das razões pelas quais os peixes são um dos organismos mais diversos do mundo é porque a água foi o local onde a vida se originou. Depois de milhares de anos, o oceano tornou-se uma incubadora de espécies que gradualmente se adaptaram às mudanças. O tempo desempenha um papel fundamental no processo contínuo das espécies.

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