A dieta do urso panda: nem sempre foi bambu

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Anonim

A dieta do urso panda é conhecida de todos, pois consiste principalmente em bambu. No entanto, um estudo sugere que os ancestrais desse animal não comiam apenas esse elemento, mas também carne e outras plantas.

A dieta do panda gigante, algo bem peculiar

O panda é um animal peculiar: embora seja classificado como carnívoro pela sua anatomia, a verdade é que é um animal herbívoro que se alimenta apenas de bambu. Sua dieta é composta por mais de 30 espécies dessa planta, às quais também são adicionados insetos ou até ovos.

A verdade é que sempre se soube que a dieta do panda havia mudado há muitos anos. Seu passado carnívoro é uma das razões pelas quais o sistema digestivo do panda não consegue digerir a celulose, que está contida nas plantas.

É por isso que a dieta do panda é muito ineficiente, e eles podem passar até 14 horas por dia comendo quase 40 quilos de bambu. Embora sua mandíbula possa quebrar esses troncos lenhosos, a verdade é que é uma digestão pesada para este urso.

Porém, A dieta do panda gigante tem uma grande vantagem para a sobrevivência desta espécie: é exclusiva, por isso tem pouca competição. Em contraste, é claro, a dependência de uma espécie de planta específica limita a disseminação da espécie e os locais onde ela pode obter recursos.

Um novo estudo muda tudo

Agora, um novo estudo sugere que a dieta do panda era diferente não há muito tempo: graças à análise de isótopos realizada em pandas e fósseis atuais, a equipe da Academia Chinesa de Ciências conseguiu comparar a dieta desses animais com a de seus ancestrais.

Graças a essa análise isotópica, os pesquisadores descobriram que a dieta do panda gigante e de seus ancestrais teria mudado duas vezes: primeiro, ele teria passado de uma dieta onívora e intensiva em carne para uma dieta herbívora, eventualmente se especializando em bambu.

Tradicionalmente, os ancestrais desta espécie eram considerados carnívoros, mas essa dieta data de dois milhões de anos atrás: Este estudo sugere que a dependência do panda em relação ao bambu pode ter ocorrido há 5.000 anos, no estágio pré-histórico mais recente.

As razões não são claras e o estudo parece confundir muitos. A mudança na dieta do panda gigante pode coincidir com o avanço das pressões humanas nas populações do sul da China, que foram estudadas neste trabalho científico.

Uma espécie em extinção

O urso panda é uma espécie solitária que só se reúne na época de reprodução. Na verdade, os pandas não compartilham território e, ao contrário de outras espécies de ursos, não hibernam.

A espécie é considerada um emblema de conservação, sendo o símbolo do World Wildlife Fund (WWF). Graças ao seu carisma, os meios destinados à conservação do panda gigante têm sido consideráveis e a China tem trabalhado arduamente para a sua conservação, tornando menos grave o seu perigo de extinção. Em Sichuan existe um centro com 100 exemplares especializados na sua criação, e a pena para os caçar é de 20 anos de prisão.