Certamente você já ouviu falar de displasia da anca canina. Mas você realmente sabe o que é, quais são as suas causas e como é tratado? Se quiser saber mais sobre esta doença, neste artigo damos-lhe todos os detalhes.
O que é displasia da anca canina?
Estamos falando de uma doença que afeta a região do quadril e suas articulações. É produzida pela união defeituosa da cabeça do fêmur com sua cavidade correspondente no quadril. Quando isso acontece, os tecidos se rompem e os cães começam a sentir desconforto ao andar, causando claudicação.
A displasia da anca canina geralmente aparece aos 4 a 5 meses de idade e piora com o tempo, à medida que a pelve aumenta de tamanho. Existem vários graus diferentes de displasia, que de acordo com a Fundação Ortopédica para Animais (OFA) variam em diagnóstico e tratamento.
Principais causas
Não existe dúvida que existe um fator genético por trás desta doença. Mas existem outros, como:
- Dieta inadequada: falta de nutrientes ou excesso de proteínas.
- Excesso de peso.
- Exercício excessivo ou inadequado.
- Tamanho: é muito mais comum em cães de médio e grande porte.
- Raças específicas de cães: existem certas raças, como o pastor alemão, o mastim napolitano ou o retriever dourado, que são mais propensas a esta doença.

Como é diagnosticada a displasia da anca canina?
Existem vários sintomas que podem indicar displasia da anca em cães. Entre eles, os mais frequentes são claudicação óbvia, dificuldade para se levantar ou mesmo ficar de pé.Se observarmos algum desses sintomas, devemos ir ao veterinário, onde certamente farão uma radiografia para confirmar.
Tratamento e cuidados
Como comentamos anteriormente, existem vários tipos de tratamento, dependendo do grau de desenvolvimento da doença. Geralmente, a maioria dos tratamentos visa reduzir os efeitos ou aliviar os sintomas futuros. Apesar de tudo, a chave para o sucesso da maioria dos tratamentos está no diagnóstico precoce: será mais fácil tratar quanto antes for detectado.
Em geral, podemos falar de um tratamento preventivo ou conservador, que inclui fisioterapia canina, uso de cadeira de rodas ou apoio de quadril. Esses dispositivos possuem mecanismos que estabilizam o quadril, evitando a atrofia e estimulando a atividade muscular na área articular afetada.

Também existe um tratamento que poderíamos chamar de médico ou farmacológico, especialmente indicado para animais mais velhos em que a displasia é avançada e o risco de cirurgia é maior.
Nestes casos, Os antiinflamatórios costumam ser administrados para reduzir a dor. Também é comum combinar este último com condroprotetores, um suplemento nutricional que promove a hidratação da cartilagem e retarda o aparecimento de vários sintomas.
Por último, tratamento cirúrgico também pode ser usado, que inclui diversos processos voltados para a melhoria da área afetada.
Uma opção válida pode ser a substituição total da articulação por uma substituição do quadril. Esta opção é a definitiva, embora também seja a de maior custo.
Como sempre recomendamos, as decisões relativas ao diagnóstico e possível tratamento devem ser avaliadas por nosso veterinário de confiança.
Dentre os cuidados que podemos prestar ao nosso cão, o mais importante é monitorar o peso do animal com uma dieta controlada, para evitar sobrecarregar as articulações afetadas.
Também devemos controlar o exercício, que deve ser moderado e regular no tempo. Com todas essas dicas, podemos não fazer desaparecer a doença, mas vamos garantir que nosso cão, apesar de tudo, tenha uma boa qualidade de vida.