A laringe é um pequeno órgão localizado entre a traqueia e a faringe que protege a entrada das vias aéreas e está envolvida na capacidade de emitir sons. É constituído por cartilagens que constituem a noz e as cordas vocais. A paralisia laríngea em cães reduz ou impede a entrada de ar devido à imobilização dos músculos laríngeos.
Por que é produzido?
Em um cão saudável, a laringe abre durante a respiração e fecha durante a pausa respiratória para evitar que a saliva e o alimento entrem no sistema respiratório.
EEm cães com paralisia laríngea, os músculos que normalmente abrem as vias aéreas não funcionam corretamente. Quando o animal inspira, as paredes das vias aéreas não se expandem; em casos graves, ele até fecha, levando à asfixia.

Essa patologia pode ser congênita ou adquirida. Este último é a forma mais comum: aparece em cães com idade superior a 9 ou 10 anos, e é muito mais frequente em machos do que em fêmeas.
A paralisia laríngea adquirida geralmente ocorre em raças grandes e médias como o Labrador, o Golden Retriever, o São Bernardo ou o Setter Irlandês.
Algumas raças de cães têm uma predisposição genética para sofrer de paralisia laríngea: o Flanders Bouvier, o Husky Siberiano, o Tottweiler, o Dálmata ou o Bull Terrier são algumas dessas raças. A obesidade é outro fator que pode agravar a situação do cão doente.
Sintomas de paralisia laríngea em cães
Nos estágios iniciais da doença, um ruído pode ser ouvido ao respirar. Outros sinais são:
- Rouquidão ao ofegar.
- Tosseespecialmente após o exercício.
- Suspiros aumentando quando o cão está calmo ou em repouso.
- Latidos roucos.
- Dificuldade para respirar.
- Intolerância ao exercício
O cão pode apresentar uma expressão ansiosa, com olhos esbugalhados e o peito expandindo-se muito rapidamente.
Outra consequência da paralisia laríngea em cães é o superaquecimento. Os cães são resfriados pela respiração, para isso eles mantêm a boca aberta. Se o animal apresentar essa patologia, custa muito mais manter a temperatura corporal.

Em estágios mais avançados, os cães têm dificuldade constante para respirar. Não aceitam ser puxados pela coleira e o ruído que geram com a respiração está cada vez mais alto e podem necessitar de assistência veterinária urgente.
É melhor ir o mais rápido possível se suspeitarmos de paralisia laríngea. O veterinário fará uma série de exames, como radiografia de tórax, exames de sangue, exame detalhado da garganta … e decidirá qual o tratamento mais adequado para cada caso.
Tratamentos para paralisia laríngea
A possível intubação e respiração assistida serão necessárias em situações de emergência por um curto período de tempo com o animal sedado. O resfriamento externo também pode ser necessário para reduzir sua temperatura.
Em casos leves, a paralisia laríngea pode ser tratada com medicamentos e algumas indicações, como evitar excesso de peso, exercícios intensos, calor ou uso de coleiras de castigo.
A oxigenoterapia pode aliviar as crises respiratórias, mas não é uma cura definitiva, pois as vias aéreas permanecem 'defeituosas'. Existe cirurgia para resolver estes estojos, que consiste em uma intervenção para manter as vias aéreas abertas por meio de uma sutura que abre as paredes da laringe.
Esta cirurgia é chamada amarração Y seu objetivo é aumentar o diâmetro das vias para facilitar a passagem do ar e, conseqüentemente, respiração e termorregulação.
Caberá ao veterinário avaliar se a cirurgia é a melhor opção dependendo do paciente e do tipo de procedimento em si. Após a operação, o cão precisará de alguns cuidados após a cirurgia para evitar complicações, mas poderá levar uma vida completamente normal.