O linfoma em cães, como qualquer outro diagnóstico de câncer, nunca é uma "boa notícia". Porém, esta é uma das poucas doenças malignas que podem entrar em remissão, às vezes por anos ou até pelo resto de sua vida.
O que devemos saber sobre o linfoma em cães?
Este câncer afeta os gânglios linfáticos e o sistema linfático. Assim, ele pode estar localizado em uma determinada região ou pode se espalhar por todo o corpo.
É importante notar que o sistema linfático inclui os gânglios linfáticos, órgãos linfáticos especializados - como o baço e as amígdalas - e os vasos linfáticos.
Juntos, esses componentes do sistema linfático realizam uma série de funções vitais no corpo, como o movimento de células, fluidos - linfa - e outras substâncias através do corpo. Assim, o sistema linfático medeia diversas funções imunológicas, incluindo a resposta a toxinas ou infecções.
Fatores de risco para este câncer
- Corrida: embora a causa direta do linfoma não seja conhecida, vários estudos descobriram que existem certas raças com maior risco de desenvolver a doença.
As raças com maior incidência incluem Airedale, Basset Hound, Beagle, Boxer, Bulldog, Bull Mastiff, Chow Chow, Pastor Alemão, Poodle, Rottweiler, Saint Bernard e Scottish Terrier. Além disso, foi relatado que Dachshunds e Pomeranians têm um risco menor de desenvolver linfoma canino.

- Idade: afeta cães de qualquer idade, com um maior incidência em cães de meia-idade ou mais velhos (com idade média de seis a nove anos).
- Outras: são contados como fatores de risco exposição ambiental a herbicidas, produtos químicos ou fumaça de tabaco, bem como a exposição a determinados vírus ou até mesmo ter feito tratamento com imunossupressores, como a ciclosporina.
Existem diferentes tipos de linfoma em cães com diferentes gravidades e prognósticos
É importante saber que - seguindo diferentes critérios - esta doença pode ser tipificada por diferentes nomes. Os critérios de classificação podem ser sua localização anatômica, sua histologia - características celulares - ou suas características moleculares..
A importância de acertar na digitação é que, a partir dele, seu tratamento é elaborado e seu prognóstico é conhecido. Apresentamos aqui a classificação de acordo com sua localização:
- Multicêntrico ou sistêmico: o linfoma representa cerca de 5 a 7% de todas as neoplasias em cães -deste segmento- e 80-85% dos casos são classificados como multicêntricos. Nesse tipo de linfoma, os gânglios linfáticos de todo o corpo são afetados.
- Alimentar ou gastrointestinal: É o segundo tipo de linfoma mais comum. Esses casos podem apresentar envolvimento difuso por todo o trato gastrointestinal, incluindo fígado e baço, ou podem ser localizados como uma massa.
- Mediastinal: é uma forma rara de linfoma. Os órgãos linfóides do tórax - como os gânglios linfáticos ou o timo - são afetados. O recrescimento desses órgãos causa compressão que resulta em dificuldade respiratória, tosse e intolerância ao exercício, entre outros.
- Extranodal: nesses casos, um órgão específico fora do sistema linfático é afetado. O linfoma extranodal é raro, mas pode se desenvolver na pele, olhos, rins, pulmões ou sistema nervoso.

Quais são os sintomas do linfoma?
Em cães com linfoma multicêntrico, o primeiro sinal de linfoma são os gânglios linfáticos inchados. Normalmente, o inchaço desses nódulos é detectado pelo dono do cão ou pelo veterinário em um exame físico de rotina.
Lembre-se de que a localização dos gânglios linfáticos mais visíveis e fáceis de ver são no pescoço, tórax, axilas, virilha e atrás dos joelhos. A maioria dos pacientes não apresenta sinais clínicos da doença no momento do diagnóstico; Se não forem tratados, eles freqüentemente desenvolverão sinais como perda de peso e letargia.
Deve-se notar que nas outras formas menos comuns de linfoma, os sinais clínicos dependem do órgão afetado. Assim, lesões gastrointestinais aparecem nos alimentos, resultando em vômitos, diarreia e perda de peso.
No mediastinal, as lesões no peito comumente causam tosse e falta de ar. Os efeitos do linfoma extranodal variam significativamente, dependendo do órgão envolvido.