Não há dúvida de que vivemos em um planeta globalizado e em comunicação contínua. A Internet permite que os usuários compartilhem, ganhem conhecimento e até ganhem a vida. Vivemos na era da informação, mas você sabe como os animais e as redes sociais interagem?
Apesar dos múltiplos benefícios relatados pela mídiaon-lineEm relação à população em geral, devemos levar em consideração certas considerações ao expor nossos animais de estimação a este mundo ou ao buscar informações confiáveis sobre o reino animal.
Sobre a internet e sua expansão
Não é surpresa para ninguém que a mídia social esteja crescendo. Mesmo assim, expomos alguns dados para colocar sua real importância em perspectiva:
- Em 2022-2023 foi calculado que 4,54 bilhões de pessoas têm acesso à internet, ou seja, 59% da população mundial.
- Instagram Possui 1 bilhão de usuários ativos hoje.
- A plataformao Facebookregistrou um total de 2,320 milhões de usuários em todo o mundo.
Como podemos ver, estamos diante de números astronômicos. Vários estudos mostram como essa atividade se traduz no mundo dos cuidados com os animais.
Por exemplo, o percentual de busca de 80% dos termos analisados em termos de cuidado animal (pet shop, cachorros, acho que cachorros, por exemplo) aumentou consideravelmente nos últimos quatro anos. Como curiosidade, “Pet shop” é a mais procurada de todas as analisadas.
Por outro lado, a presença de páginas relacionadas a animais nas redes sociais também está em alta. Estima-se que existam mais de 100.000 links ativos para determinados portais no que diz respeito ao mundo dos animais de estimação.
Todos esses dados tentam destacar a importância dos animais de estimação na era da informação. Além de estarem presentes em adoráveis fotos e vídeos, os responsáveis também buscam continuamente informações para melhorar a existência de seus animais.
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Animais e redes sociais: luzes e sombras
De acordo com vários estudos científicos, a mídia social pode alterar nossa percepção do mundo animal. Essa afirmação depende muito do contexto e do estrato populacional analisado.
Por exemplo, ao apresentar duas histórias sobre primatas a vários participantes (uma a favor de manter macacos em cativeiro e outra contra), os resultados foram muito diferentes. É necessário notar que a imagem que acompanhava o artigo era a mesma nos dois casos:
- Os participantes expostos às notícias negativas atribuíram níveis mais elevados de estresse ao animal da imagem.
- Notícias negativas promoveram uma discussão na caixa de comentários, onde "câmaras de eco" foram produzidas em que quase todos os membros tinham uma opinião semelhante.
- A notícia que mostrou positividade em manter os macacos como animais de estimação causou mais suspeita entre os leitores.
- De maneira geral, observou-se que os participantes foram menos contundentes em termos de bem-estar animal nas redes sociais do que em outras mídias não sociais.
Assim, verifica-se que a resposta dos internautas a uma mesma imagem depende em grande parte do contexto que é oferecido. Isso pode, de certa forma, suavizar ou aumentar o nível de consciência e pensamento crítico sobre o mundo animal.
Redes sociais e educação
Além desses resultados, outras investigações têm estudado o impacto da presença de animais em redes sociais e mídias educacionais sobre crianças.
A existência de desenhos, imitações e interpretações de vários seres vivos acreditava-se que era negativo para a consciência dos bebês sobre a natureza e os ecossistemas. Isso se daria pelo fato de as crianças associarem a natureza a uma visão tendenciosa, mas nada poderia estar mais longe da realidade.
Esses estudos têm mostrado, por exemplo, que a presença de figuras antropomórficas de animais (interpretadas do ponto de vista humano) em materiais educacionais não afeta em todo o nível de compreensão das crianças sobre os seres vivos.
Aqueles que foram expostos a informações sobre o mundo natural saíram com mais conhecimento, independentemente das figuras antropomórficas, desenhos e material que acompanham o conteúdo informativo exposto. Desde que as informações sejam confiáveis, o conhecimento está garantido.
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Questão de nuances
Como vimos, a interação entre animais e redes sociais na cultura humana é, no mínimo, complexa. Por exemplo, as crianças não parecem ser afetadas pela presença de material educacional transformado de um ponto de vista totalmente humano.
Por outro lado, estudos sugerem que dependendo da fonte e das informações podemos atribuir características diferentes às mesmas imagens de animais, modulando o nível de debate dependendo do portal onde estamos.