Bolsonaro ratifica lei que endurece penas para maus-tratos a cães e gatos

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Anonim

Em 30 de setembro de 2022-2023, a seguinte notícia veio à tona: Jair Bolsonaro - presidente do Brasil - aumenta a pena de abusadores de animais com a promulgação de uma nova lei.

Isso significa que o chefe de Estado do Brasil deu luz verde a uma nova legislação, que prevê pena de prisão de até cinco anos para pessoas que exercem violência contra cães e gatos. Vamos ver o que isso significa.

A notícia: sentenças de até cinco anos

Esta nova lei não veio sem uma aura de controvérsia, como relatam fontes oficiais que o presidente relutou em aceitar a princípio.

Na verdade, foi sua esposa, Michelle Bolsonaro, quem promoveu a divulgação dessa nova lei, principalmente nas redes sociais. Tanto emInstagramO queo FacebookA primeira-dama fez várias publicações que chamaram a atenção dos internautas e tornaram sua causa visível.

Nas palavras do próprio Bolsonaro, quem abandona um bebê deve cumprir pena de seis meses a três anos, o que implica que a sanção proposta para maus-tratos a animais de estimação era "excessiva". Por sorte, Parece que o presidente mudou de ideia.

É preciso destacar que, de acordo com jornais nacionais, até hoje o abuso de animais no Brasil era punível com pena de 3 a 12 meses de prisão e multa, algo mais se o animal morreu durante o abuso. Essa nova lei aumenta a pena de dois para cinco anos, uma diferença notável.

Além disso, a pena vem acompanhada de multa e proibição de manter animais de estimação.

Infelizmente, para o resto dos animais a legislação permanece a mesma, ou seja, esses tipos de sanções aplicam-se apenas a maus-tratos a cães e gatos.

O presidente fez as seguintes declarações após a ratificação da lei: “Assim se preenche uma lacuna sobre os maus-tratos aos animais, coisa indizível que fazem outros animais que se julgam racionais”.

Este tipo de legislação é de fundamental importância, Estima-se que no Brasil existam mais de 29 milhões de lares com cães e mais de 18 milhões com gatos. Com um número tão grande, o controle da propriedade do animal de estimação é mais do que necessário.

A realidade do abuso de animais

Infelizmente e apesar das tentativas de conscientização geral, o abuso de animais continua a ser uma prática relativamente comum em nossa sociedade.

Por exemplo, em 2016 o FBI registrou mais de 5,4 milhões de incidentes relacionados ao abuso de animais de estimação, um número astronômico em caso não justificável. Devido a esse número elevado, desde aquele ano o abuso de animais é considerado crime do grupo A contra a sociedade nos Estados Unidos.

Por outro lado, a Polícia de Investigação do Chile (PDI) informou que os casos de O abuso físico de animais de estimação aumentou mais de 30% entre 2017 e 2022-2023.A própria fonte aponta que esse aumento notável se deve ao fato de as pessoas reportarem mais casos de maus-tratos a animais, já que estão mais atentas ao assunto.

De qualquer forma, esses números mostram apenas a necessidade de leis que endurecem as sentenças por maus-tratos. Animais de estimação são entidades autônomas com sentimentos e autodeterminação e, portanto, uma agressão a eles deve sempre ser considerado um ato imoral e repreensível.

Uma figura presidencial polêmica

Claro, neste ponto é necessário enfatizar que as informações fornecidas aqui em nenhum caso implica uma posição política. Sabemos que Jair Bolsonaro é uma figura problemática, pois várias fontes situam seus ideais em um nacionalismo extremo.

Por isso, esse número gerou diversos protestos ao longo de seu mandato. Em 2022-2023, o descontentamento da população em geral foi observado em diversas mobilizações, especialmente convocadas por mulheres, diante da “pregação misógina, homofóbica e racista do presidente”, segundo jornais nacionais.

É por isto que posicionar-se neste conglomerado político é, para dizer o mínimo, espinhoso. O importante sobre o fato que nos preocupa hoje é, apenas, a boa notícia de que as sentenças para abusadores de cães e gatos foram endurecidas.