"Dar-se bem como gato e cachorro" é uma frase que perde sentido no modelo moderno de convivência interespécies. Porém, é verdade que cada animal possui certas tendências inatas que, se não tratadas corretamente, podem levar a problemas de convivência do cão e do gato.
Se você está pensando em aumentar sua família, neste artigo você tem várias dicas para melhorar essa convivência. Como você pode ver, a harmonia entre cães e gatos é possível.
As tendências naturais de cães e gatos
Como sempre, é necessário começar por um esclarecimento sobre o título: a palavra "tendências" significa que ambas as espécies têm uma certa inclinação para determinados comportamentos, mas cada indivíduo apresenta sua própria personalidade. Dito isso, vamos ver o que esperar de cada espécie:
- Cães:os cães são geralmente curiosos, ativos e sociáveis. Antes da entrada de um novo membro da família, seria normal que eles fossem investigar e tentar socializar com ele.
- Gatos: os gatos tendem, por outro lado, a ser mais independentes, visto que na natureza são animais solitários. Quando confrontados com um novo membro da família, é mais provável que se preocupem primeiro em marcar seu território e depois em investigar.
Dicas para a convivência do cão e do gato
Essas tendências que você acabou de ler devem ser levadas em consideração ao lidar com uma apresentação ou ao considerar quais espécies entram antes e quais depois. Isso você pode ler abaixo de uma forma mais desenvolvida.
1. Idealmente, eles se conhecem desde filhotes.
Se você tiver a possibilidade, o melhor para a coexistência do cão e do gato é que ambos sejam criados juntos. Dessa forma, eles vão fortalecer o vínculo desde tenra idade e seus primeiros aprendizados de convivência serão com as outras espécies. Se não for possível que os dois voltem para casa ainda filhotes, recomenda-se que pelo menos um deles esteja.
No entanto, não se preocupe se você não atender a este primeiro requisito. Como você pode ver abaixo, existem outras maneiras de fazer seu cão e seu gato se darem bem como adultos os dois.
2. Faça uma boa apresentação
Reduzir o estresse ao apresentar o novo membro da família é essencial. É como começar bem. Deve ser um processo em etapas e sempre respeitando a personalidade de cada animal. Seguem algumas dicas para que você consiga:
- A princípio, ele deixa os animais em quartos separados e introduz objetos com o cheiro do outro, para que se familiarizem com ele.
- Em seguida, deixe-os cheirar por baixo da porta: assim, eles podem se aproximar sem se ver e se identificar pelo cheiro.
- Prepare a apresentação oficial:Pode ser uma boa ideia aparar as unhas do gato, fazer exercícios com o cachorro ou qualquer outra coisa que você conheça que possa prevenir acidentes. Também é útil ter um abrigo pronto para vocês dois, caso precisem.
- Fique calmo e não os force a fazer nada: Os animais notarão seu nervosismo e tentar levá-los a fazer algo que eles não querem - como pegar o gato e segurá-lo perto do cachorro - só pode dar errado.
- O objetivo mínimo é: eles não precisam ser como irmãos. O propósito de tudo isso é que haja uma coexistência do cão e do gato sem estresse e baseada no respeito.
3. Deixe-os organizar
Em geral, os cães são animais hierárquicos e os gatos são solitários, portanto, nesse sentido, pode haver conflitos. Porém, se os choques não ultrapassarem a marcação e alguns roncos - isto é, sem atingir os ferimentos e brigas graves-, o ideal é deixá-los determinar sua maneira de viver juntos.
As intervenções do tutor devem ser apenas para fornecer-lhes formas de aliviar o estresse.
4. Forneça a eles um espaço seguro
Assim como um ser humano precisa de seu próprio território e espaço, os cães e gatos também precisam. Deste modo, terão sempre um local para se refugiar se tiverem medo, que não cheire outros animais e, se possível, onde o outro não possa aceder.
É aconselhável ter comedouros em espaços separados e inacessíveis para as demais espécies -Você pode colocar o gato em um lugar alto, por exemplo-. Isso, além de reduzir o estresse e os conflitos na hora das refeições, evitará os problemas de animais que comem uma dieta que não é a deles.
Manter um espaço próprio para cada um não é útil apenas para a convivência: também dá ao tutor o controle no que diz respeito ao acompanhamento de doenças, comportamentos anormais, higiene adequada e muito mais.
Conclusões sobre a coexistência do cão e do gato
A conclusão mais óbvia é que conhecer os animais é sempre um requisito essencial ao gerenciar relacionamentos. Porém, se faltam estratégias ou recursos para isso, procurar um profissional é sempre a opção mais indicada.