A síndrome da cauda fria em cães - também conhecida como miopatia coccígea aguda - é uma patologia caracterizada por danos isquêmicos nos músculos da cauda. Isso faz com que os cães não consigam mover a cauda como normalmente fariam, além de dor e desconforto generalizados.
As verdadeiras causas dessa condição não são totalmente conhecidas, mas pesquisas mostram que ela parece estar relacionada a atividades como natação. Se você quiser saber tudo sobre a síndrome da cauda fria em cães, continue lendo.
Causas da síndrome da cauda fria em cães
Embora os mecanismos subjacentes da doença não sejam conhecidos, acredita-se que haja um certo componente genético condicionante. Os cães de caça são os mais propensos a experimentar a cauda fria: várias variedades de retrievers, ponteiro Inglês, Basset Hound, Beagles Y setters são exemplos disso.
De acordo com o American Kennel Club (ACK), essa síndrome geralmente aparece no cão após atividades que envolvem exercícios exigentes dos músculos da cauda. Isso inclui, acima de tudo, nadar em águas muito frias. Outros gatilhos podem ser os seguintes:
- Como já dissemos, nadando na água com temperaturas extremas por um longo tempo.
- Confinamento prolongado em uma gaiola. Se o cão ficar com a cauda em uma posição anormal por muito tempo, os músculos da cauda podem se fraturar.
- Exposição a ambientes muito frios.
- Exercícios intensos sem treinamento adequado.
- Mudanças climáticas exageradas.
- Em alguns casos, mesmo o abanar da cauda com força excessiva pode causar a síndrome.

Sintomas
Conforme indicado pelo portal veterinário AEVA, Esta síndrome é caracterizada pela presença de fraturas nas fibras musculares da cauda, especialmente nos músculos intertransversais. Embora pareça de pouca relevância clínica, esse distúrbio causa dor no cão e deve ser tratado rapidamente.
Entre os sintomas mais comuns da síndrome da cauda fria em cães, encontramos o seguinte:
- Uma cauda completamente flácida da base às pontas.
- Também pode ser apresentado em gradiente, ou seja, um dos planos da cauda é mais flácido que os demais.
- Ausência de movimento na cauda.
- Dor e desconforto do cão, especialmente quando ele tenta abanar o rabo.
- Letargia
- Emissão de choro / gemido.
- Cabelo eriçado na base da cauda.
Todos esses sintomas são característicos da síndrome da cauda fria, mas outras patologias também podem apresentá-los. Por exemplo, uma fratura óssea na cauda, prostatite, glândulas anais impactadas, danos aos discos intervertebrais, alguns cânceres e outras doenças também resultam em uma cauda flácida.
Diagnóstico
O diagnóstico desse transtorno é bastante fácil. O veterinário fará um exame físico do cão com base na palpação da cauda e, posteriormente, o submeterá a exames de imagem - como raios-X - para descartar possíveis fraturas ósseas ou tumores.
É preciso ressaltar que, normalmente, a síndrome está associada à recente atividade física exigente.Se você acha que seu cão sofre dessa patologia, conte ao veterinário todos os exercícios que ele fez nas últimas semanas. Isso tornará o diagnóstico muito mais fácil.
Tratamento da síndrome da cauda fria em cães
Os casos não complicados costumam ser tratados com antiinflamatórios, que devem ser sempre prescritos pelo veterinário. Lembre-se de que uma dose para humanos pode ser letal para um cão. Usualmente, a área lesada se recupera sem maiores complicações em cerca de 2 semanas.
É necessário que o cão não realize atividades muito exigentes / emocionantes durante o período de recuperação mas, uma vez curado, pode voltar à sua vida normal. Você deve ter em mente que os cães precisam de estimulação e exercícios, por isso não deve limitar a atividade do seu animal devido a um acidente esporádico como este.
Só porque um cão passou por um episódio de cauda fria não significa que ele terá que passar por isso novamente.

Uma patologia difícil de prevenir
Os cães são seres ativos, animados e enérgicos. Às vezes, seu estilo de vida acelerado cobra seu preço no nível médico, mas isso não significa limitar o número de estímulos oferecidos aos cães. Às vezes, a síndrome da cauda fria é inevitável, como um humano se distendendo durante o exercício.
Por isso, não limite nenhuma atividade do cão apesar do acidente. Pequenos ferimentos fazem parte da vida e, como tal, não devem ter importância além do tratamento veterinário pertinente.