A crioterapia consiste na aplicação de frio para fins terapêuticos, neste caso em cães. Essas terapias alternativas podem ser aplicadas em casa de acordo com as indicações veterinárias ou em uma clínica - quando o frio está abaixo de várias dezenas de graus Celsius abaixo de zero.
A crioterapia em cães tem cada vez mais aplicações, mas no campo da medicina humana também está crescendo. Alguns estudos recentes mostraram que Esta nova técnica pode curar muitas doenças e enfermidades, de problemas musculares a pequenos tumores.
Hoje em dia, também é amplamente utilizado em problemas dérmicos. Embora seja sempre aplicada acompanhada de tratamentos farmacológicos, esse tipo de terapia resolve problemas que, apenas com medicamentos, podem levar muito tempo para sarar ou nunca sarar. Se você quiser saber mais sobre essa nova e útil técnica de abordagem, continue lendo.
Processar
A forma de proceder na aplicação de um tratamento de crioterapia dependerá do problema a ser resolvido. Diante de dores musculares no cachorro, um veterinário poderá explicar a melhor maneira de aplicar o resfriado em casa. Por exemplo, que tipo de material usar, por quanto tempo e quantas repetições ao longo do dia.
Diante dos problemas dérmicos, a aplicação do frio requer temperaturas próximas a 200 graus Celsius abaixo de zero. Isso impossibilita a aplicação em casa, por isso é necessário ir a um centro especializado. Esse tipo de crioterapia visa matar células prejudiciais e fazer com que a lesão ou tumor caia de seu local de crescimento.
Normalmente, para crioterapia em uma temperatura tão baixa, o nitrogênio líquido é usado aplicado com um sistema mecânico ou criossonda que protege o veterinário de queimaduras. Além disso, para evitar que o cão sinta dor, geralmente é aplicada anestesia geral, especialmente se a lesão for dentro do corpo ou em áreas tão sensíveis como o globo ocular.
Dependendo da ferida que permanece após a sessão de crioterapia, o animal pode precisar de curas adicionais. Além disso, se a patologia não desaparecer em uma única sessão, é comum repetir o tratamento várias vezes.

Aplicações comuns da crioterapia em cães
Como dissemos, um dos usos mais comuns da crioterapia em cães é a aplicação de resfriado por meio de bolsas de gelo para amenizar a inflamação muscular causada por trauma ou lesão decorrente do treinamento.
Da mesma forma, o uso de compressas frias para baixar a temperatura corporal em cães com insolação também é uma forma de crioterapia, embora não seja realizada na área veterinária.
Porém, onde essa técnica tem uma aplicação muito mais profunda e marcante é na eliminação de diferentes tipos de tumores. Um dos cânceres mais comuns em cães são os melanomas caninos conjuntivais.. Esses tumores aparecem na conjuntiva do olho, na esclera - a parte branca do olho - e na córnea.
Quando essas neoplasias malignas atingem um tamanho muito grande, a única solução é a enucleação do globo, já que não há outra forma de extrair a massa celular. O uso de crioterapia nestes casos Pode ser decisivo quando o cão perde o olho afetado ou não.
Outra aplicação comum da crioterapia em cães é a remoção de verrugas causadas pelo papilomavírus canino. Os cães costumam desenvolver inchaços na boca, tanto externamente quanto internamente, e os responsáveis procuram aconselhamento sobre essa condição na clínica.
Em muitos casos, esses tipos de verrugas são apenas um problema estético, mas se aparecerem em áreas como a língua ou as gengivas, podem acabar causando outra doença secundária e problemas alimentares. Assim, a crioterapia é capaz de remover verrugas da raiz e, por sua vez, matar o vírus.
Outra aplicação menos conhecida e difundida é o uso de crioterapia para resolver ceratite pigmentar. Essa patologia consiste no acúmulo de melanócitos nas córneas, o que dificulta a visão e chega a causar cegueira nos cães mais afetados.
Com uma sessão de crioterapia suave - que faz uso de gases como éter dimetílico, isobutano ou propano - os cães recuperam a visão. No entanto, os efeitos a longo prazo desses tipos de tratamento ainda são desconhecidos.
A crioterapia em cães é dolorosa?
Embora um pouco de frio em uma área específica do corpo possa causar dormência, se durar muito ou for muito intenso, pode causar ruptura celular e, conseqüentemente, dor.
A analgesia raramente é usada na crioterapia para humanos, mas a pessoa entende o que está fazendo e pode lidar com isso. Pelo contrário, um cão não sabe que se trata de um tipo de tratamento e a dor causada pelo congelamento pode ser quase insuportável para o animal.
Por esse motivo, na maioria dos casos a crioterapia é aplicada sob anestesia geral, quando a lesão a ser tratada é muito grande ou afeta uma área muito sensível. Se o procedimento exigir uma abordagem muito localizada, é melhor ir para a anestesia local.
Após congelar o tecido, ele morre e acaba se desprendendo. Durante a cicatrização, a lesão pode ter uma aparência ruim e cheirar mal. No entanto, é o procedimento normal. Neste ponto, tendo matado temporariamente as terminações nervosas, o animal não está com dor.

A crioterapia em cães é um novo tipo de tratamento que, embora já tenha muitas aplicações, ainda requer muito refinamento e pesquisas para trazer à luz todo o seu potencial. Os veterinários e a ciência estão claramente no caminho certo.