Ancilóstomos em cães: sintomas e tratamento

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Anonim

Os ancilóstomos são endoparasitas que se alimentam de seu hospedeiro, com o único propósito de reproduzir e disseminar a doença. Esses organismos têm a capacidade de se ancorar na parede do intestino de seu hospedeiro, onde se alimentam e se reproduzem facilmente. Devido ao seu ciclo de vida, podem causar vários sintomas, que em alguns casos são letais para os cães.

A importância desse nematóide é que ele é capaz de infectar canídeos, entrando pela pele. Ao contrário de outros tipos de parasitas, os ancilóstomos não precisam entrar no hospedeiro pela boca para iniciar a infecção, podendo até migrar por vários órgãos antes de chegar ao intestino. Se você quiser saber mais sobre esse worm e como evitá-lo, continue lendo.

Ancilóstomos em cães?

Esse tipo de parasita é capaz de infectar uma grande variedade de animais carnívoros.. Os ancilóstomos fazem parte do grupo dos helmintos, portanto sua morfologia é semelhante à de uma minhoca. Seu tamanho é pequeno - mal chega a 13 milímetros de comprimento - mas tem grande capacidade reprodutiva e uma fêmea adulta produz até 20.000 ovos por dia.

A infecção por esses helmintos pode ocorrer em cães de qualquer idade. No entanto, sua letalidade é maior nos canídeos menores e nos que não recebem atenção médica adequada.

Clinicamente, esta doença é conhecida comoancilostomíase canina. É caracterizada por diarreias frequentes com vestígios de sangue, uma vez que os ancilóstomos rasgam a parede do intestino do cão para se alimentar do sangue circulante. O mecanismo patogenético é um tanto semelhante ao que algumas sanguessugas fazem, mas dentro do corpo.

Quando falamos sobre ancilóstomos, estamos na verdade nos referindo a uma grande variedade de espécies, que estão incluídas no gênero Ancylostoma no nível taxonômico. Em cães, as espécies mais comuns são as seguintes:

  • Ancylostoma caninum, o mais comum.
  • A. braziliense.
  • A. ceylanicum.
  • A. stenocephala.

Ciclo de vida de ancilóstomos em cães

Este nematóide passa parte de sua vida na forma livre e outra como parasita adulto dentro do cachorro. Levando em consideração que os parasitas focam suas vidas em conseguir um hospedeiro e então se reproduzir, vamos nos concentrar logo após a reprodução. Nesse sentido, os ovos produzidos saem pelas fezes, atingindo o solo e iniciando seu ciclo.

Fase de vida livre

Uma vez que o ovo está no chão, leva aproximadamente 24 horas para eclodir e a primeira larva (estágio L1) emergir. Assim como outros invertebrados, para continuar crescendo, ele precisa se alimentar e trocar de pele, por isso se alimenta da matéria orgânica disponível no solo. Com cada muda de exoesqueleto, as larvas atingem um novo estágio em seu ciclo de vida.

A larva passa por todas as suas fases em no máximo 22 dias, dependendo da temperatura e da disponibilidade de alimento. Esses nematóides preferem ambientes quentes, por isso crescem mais rápido nesses climas. A última larva de vida livre é o estágio 3 (L3), que atinge o final de sua segunda muda. Quando chega a esse ponto, é capaz de infectar seu hospedeiro, no caso o cachorro.

Fase de vida parasitária

Para iniciar a invasão, esse parasita precisa entrar no corpo do cão. Por isso, tem 2 vias principais: pela boca ou pela pele. A maneira mais rápida e fácil de infectar caninos é por via oral, já que o patógeno simplesmente segue o sistema digestivo até o intestino e se ancora ali.

No entanto, este gênero de nematóides tem um "trunfo", pois pode furar a pele para entrar no hospedeiro. Isso significa que simplesmente caminhar em uma área infestada por larvas L3 desse nematóide é mais do que suficiente para ser infectado.

Se o parasita entrar na pele, segue uma via linfática, o que permite que ele chegue facilmente ao coração. Desse órgão, segue direto para os pulmões e, de lá, segue para a região da boca (traqueia-faringe). Nesse local, pela saliva e pela boca, é deglutido e segue o trajeto até o intestino. Esse processo leva de 2 a 7 dias, portanto os primeiros sintomas da infecção não são muito perceptíveis.

Ao final, a larva é ancorada ao intestino por meio de ganchos que ela tem em sua boca. Aqui, ele começa a se alimentar do sangue do cachorro. Por fim, como já tem comida, muda uma última vez para atingir a maturidade sexual. Dessa forma, consegue se acasalar e se reproduzir, produzindo os ovos que reiniciarão o ciclo.

Causas de ancilostomídeos em cães

Como mencionado, este parasita possui 2 vias de entrada principais, porém, não são as únicas. Em cães, existem casos clínicos que demonstraram que mães grávidas também podem transmitir ancilostomíase. Devido a isso, em cães existem 4 vias principais de infecção:

  • Cutâneo (pele): contato da pele fina com larvas de nematóides.
  • Oral (boca): as larvas do parasita são ingeridas diretamente.
  • Placental: As mães grávidas podem infectar seus filhotes através da placenta do feto.
  • Lactância Materna: Se a mãe for infectada durante o período de lactação, ela pode infectar os filhotes por meio do leite.

Dependendo da via de infecção, as larvas podem permanecer inativas, o que pode significar um atraso nos sintomas.

Sintomas de ancilostomíase canina

Os sintomas da infecção por ancilóstomos em cães são diversos. A gravidade dos sintomas aumenta ou diminui dependendo do número de ancilostomídeos infectando o hospedeiro. Os primeiros sinais de infecção geralmente estão relacionados à pele. Dizemos alguns:

  • Dermatite: irritação da pele pela entrada do parasita.
  • Acantose: reação do sistema imunológico que causa espessamento da pele.
  • Lacerações: pequenas feridas ao longo do corpo do cão.
  • Inchaço: semelhante ao que acontece com as picadas de mosquito. Consiste em uma inflamação superficial, causada pela entrada do nematóide.
  • Deformação da garra: o parasita pode causar deformação das garras ao entrar na área das pernas.

Deve-se levar em consideração que esses sintomas só ocorrem quando as larvas entram pela pele. Se a infecção ocorreu por via oral, os sintomas serão diretamente os de uma infecção avançada.

Larva no intestino

Uma vez que a larva já atingiu a região do intestino, podemos encontrar casos um pouco mais agressivos. Nesta fase, alguns dos sintomas são os seguintes:

  • Diarréia escura
  • Perda de peso.
  • Anemia.
  • Cabelo áspero ou seco.
  • Membranas mucosas pálidas.
  • Fraqueza ou baixa atividade.
  • Enterite: inflamação do intestino, presença de fezes com ou sem sangue.

O quadro clínico decorre da perda de sangue, causada pela ação dos ancilóstomos no intestino dos cães. É por isso que infecção em cachorros pode ser fatal. Estima-se que cada ancilóstomo pode sugar até 0,1 mililitro de sangue por dia. Como a ancilostomíase geralmente tem várias centenas de cópias, ela pode causar anemia grave e ser fatal.

Quanto aos cães adultos, essa condição não será tão óbvia e muitas vezes passa despercebida. No entanto, não é aconselhável ignorar pequenas mudanças no comportamento do cão, pois a condição pode ser complicada por infecções secundárias da doença.

Como diagnosticar ancilostomíase em cães?

Essa condição só pode ser diagnosticada por médico veterinário, pois é necessária a realização de análise de fezes, usado para verificar se os ovos deste nematóide estão presentes nas fezes. Este procedimento é o melhor teste para verificar se o cão está parasitado por ancilostomídeos ou algum outro invertebrado.

O veterinário provavelmente pedirá exames de sangue adicionais. Isso é feito com o único objetivo de verificar o estado de saúde do paciente, pois permite evidenciar a gravidade da anemia. Além disso, o hemograma torna mais fácil descartar qualquer outra condição ou infecção.

Tratamento

A primeira etapa geralmente contempla a correção do déficit nutricional que o paciente possui. Isso implica tratar diretamente a anemia e a desidratação que essa patologia provoca. Dependendo do caso, pode ser necessário administrar suplementos ou mesmo realizar transfusões de sangue. Somente o veterinário está qualificado para recomendar o melhor tratamento disponível.

Assim que o paciente se estabilizar, continua o tratamento com medicamentos anti-helmínticos, com o objetivo de eliminar completamente os ancilóstomos do intestino do cão. Além desse tratamento, o uso de antibióticos pode ser necessário para combater possíveis infecções bacterianas.

Os anti-helmínticos podem ser prescritos em doses únicas ou em doses múltiplas. Isso dependerá inteiramente da gravidade do caso e da infecção por ancilostomíase. Além disso, cães que já tiveram ancilostomídeos desenvolvem resistência, de modo que geralmente não precisam de tratamento agressivo em exposições sucessivas ao patógeno.

Prevenção de ancilostomíase

A melhor recomendação é desparasitar seu animal regularmente. Os vermífugos contêm medicamentos que combatem uma ampla gama de parasitas. Desta forma, você mantém a saúde do seu canídeo e evita várias visitas ao veterinário.

Além disso, lembre-se de prestar atenção especial aos filhotes e sua mãe. Despeje seu animal de estimação quando o médico veterinário disser. Se observar um comportamento estranho ou incomum, procure um profissional: ele é o único treinado para dar a atenção que seu animal de estimação precisa.

Meu cachorro tem ancilostomídeos, posso pegar?

Sim, é possível pegá-lo se o seu cachorro tiver ancilostomíase. Esta patologia pertence a um grupo de doenças chamadas zoonótico. Isso significa que ele pode ser transmitido entre humanos e animais, por isso você deve ter muito cuidado.

Como nos cães, as larvas desse nematóide podem entrar por via oral e cutânea. Em humanos, eles causam quase os mesmos sintomas que em cães: anemia, fraqueza corporal, diarreia, etc. Além disso, este helmintos pode causar algo conhecido como larva migrans, que se refere à passagem do nematóide pela pele.

Para cães e humanos, a melhor defesa contra a ancilostomíase é sempre a prevenção. É melhor desparasitar você e sua família se o cachorro da casa apresentar essa imagem, para evitar surpresas no futuro. Vá ao médico ou veterinário quando necessário: cuide-se e cuide deles.