Os 7 efeitos colaterais da cortisona em cães

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Anonim

A cortisona é um hormônio esteróide usado para uma ampla variedade de doenças em humanos. Pode ser administrado por via intravenosa, intra-arterial, oral ou cutânea, e tem como objetivo deprimir o sistema imunológico, o que reduz a resposta inflamatória e outros sintomas associados às doenças. A cortisona também é usada em cães, mas pode ter efeitos colaterais.

Se você acabou de sair de uma visita ao veterinário e seu cão recebeu uma prescrição deste medicamento, recomendamos que você continue lendo. A cortisona é um aliado muito útil em certas condições clínicas, mas é preciso estar preparado para os possíveis efeitos colaterais que podem surgir.

Como funciona a cortisona em cães?

Em primeiro lugar, é necessário enfatizar que a cortisona é o corticosteróide -princípio ativo- de várias drogas, mas não uma única droga.Além disso, o termo "cortisona" geralmente se refere a vários compostos com ações semelhantes, mas eles não são exatamente os mesmos. Entre eles, destacam-se prednisona, metilprednisolona, dexametasona e hidrocortisona.

Todas essas drogas são glicocorticóides sintéticos, com funções semelhantes às dos hormônios esteróides produzidos pelo corpo. Sua principal tarefa é deprimir o sistema imunológico do animal - seja ele humano ou cachorro - para evitar processos inflamatórios, doenças autoimunes, asma ou alergias graves.

Entre outras coisas, essas drogas inibem a formação de ácido araquidônico e eicosanóides (prostaglandinas), que são amplamente responsáveis pelas manifestações imediatas e não imediatas da inflamação. Eles também previnem a vasodilatação local, o que impede a formação de edema e inchaço nas áreas afetadas.

Essas drogas inibem a síntese de substâncias envolvidas nas respostas inflamatórias e alérgicas.

Quais são os efeitos secundários?

Cada medicamento tem possíveis efeitos colaterais, porque de uma forma ou de outra atrapalha a fisiologia -local ou sistêmica- do usuário. Sob essa premissa, apresentamos os possíveis sintomas que um cão pode apresentar após a administração de cortisona por via oral, intravenosa ou cutânea. Não o perca.

1. Imunossupressão

O efeito colateral mais importante da cortisona em cães e em outros pacientes é a imunossupressão. Esse medicamento evita que os glóbulos brancos cheguem ao foco infeccioso, mas também reduz a síntese de algumas substâncias que poderiam atuar como anticorpos na luta contra os patógenos.

Isso significa que o canídeo pode pegar infecções com mais facilidade. Conforme indicado pelo portalHospitais VCA,até 30% dos cães tratados com corticosteroides acabam desenvolvendo infecções do trato urinário, por exemplo. O que mais, essas patologias não apresentam os sintomas comuns, uma vez que a própria droga previne a ocorrência de coceira e inflamação.

2. Problemas gastrointestinais

Os corticosteróides podem causar ulcerações e perfurações intestinais em canídeos, de acordo com estudos. Isso pode ser porque aumentam a produção de pepsina - uma enzima do trato digestivo -, azia e outros mecanismos que danificam o revestimento do estômago. Por esse motivo, a cortisona é freqüentemente prescrita junto com os protetores estomacais.

É muito normal que a cortisona em cães cause vômitos e diarreia, além dos eventos graves já mencionados.

3. Retardo na cicatrização de feridas

Conforme indicado por portais profissionais, os corticosteroides podem inibir a síntese e a remodelação do colágeno, uma proteína essencial para a manutenção da pele. Portanto, um cão medicado com esse grupo de drogas pode ficar mais sujeito a feridas superficiais que permaneçam em sua epiderme por mais tempo.

4. Osteoporose

Em humanos, é relativamente comum que a osteoporose apareça como um efeito derivado do uso de cortisona e outras drogas semelhantes. Esses medicamentos promovem a descalcificação óssea e, como resultado, até 50% das pessoas em tratamento de longo prazo com glicocorticóides podem ter fraturas ósseas.

Este efeito colateral não foi muito explorado no mundo canino. De todas as formas, é preciso citá-lo, Bem, a redução da massa óssea foi observada em modelos de animais de laboratório.

5. Aumento da micção e consumo de água

Fontes já citadas argumentam que os corticosteroides podem aumentar o desejo de comer, a sede e, portanto, a taxa de micção. Seu cão pode insistir mais em sair de casa, pois precisa se aliviar com mais urgência.

6. Diabetes

Os glicocorticóides são conhecidos por terem uma ação agonística da insulina. Esse hormônio sintetizado no pâncreas é muito importante, pois permite a entrada de açúcares (glicose) na célula do animal, para que este possa utilizá-los como fonte de energia. Se a ação da insulina ou sua concentração for inibida, o nível de glicose no sangue sobe e aparece o diabetes.

7. Fraqueza muscular

A diminuição da síntese de colágeno e o anabolismo protéico causado pela cortisona também podem afetar os cães em tratamento no nível muscular. Observe muito bem sua taxa de atividade e, se ela for reduzida ao mínimo, vá ao veterinário.

Notas finais

Tudo o que dissemos a você pode parecer muito alarmante, mas lembre-se de que os efeitos mais sérios ocorrem a longo prazo, não se o cão tomar um comprimido por dia durante uma semana. Além disso, às vezes o uso de cortisona em cães é inevitável, pois não há outra maneira de tratar os sintomas imediatos de sua condição.

Por todas essas razões, recomendamos que você não se coloque na pior das hipóteses e siga as orientações do veterinário ao tratar seu cão. Se o médico perceber que os efeitos adversos superam os benefícios do medicamento, ele escolherá uma via alternativa. Nunca pare de tratar o animal por conta própria.