Como é a reprodução dos peixes?

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Anonim

Os peixes possuem grande diversidade, o que se reflete em sua aparência, tamanho e ecologia. Além da variedade em suas formas de divulgação. Eles resumem toda a gama de tipos de multiplicação presentes nos vertebrados. Você sabe como é a reprodução dos peixes?

Em geral, nesses animais há uma alta mortalidade nos estágios iniciais de desenvolvimento. De centenas, milhares ou mesmo milhões de indivíduos, apenas alguns chegam à idade adulta. Assim, estabelecer estratégias adequadas é essencial para a sobrevivência. Aqui apresentamos os aspectos, tipos e comportamentos reprodutivos desses seres.Não perca nada, alguns são bem interessantes.

Características da reprodução dos peixes

A variedade de formas reprodutivas nos peixes é incrível. Esses animais aquáticos se adaptaram para aproveitar ao máximo cada situação. Vejamos resumidamente alguns aspectos relacionados a sua multiplicação:

  • A reprodução é sexual, com diversidade de estratégias e comportamentos.
  • A maioria das espécies são ovíparas, ou seja, põem ovos. Estes podem ser de diferentes tamanhos e cores. Além disso, a desova ocorre em diversos substratos (no fundo, entre plantas, rochas ou ficam suspensos na água). Alguns têm substâncias adesivas que os ajudam a permanecer fixos.
  • Fertilização é a mesma variável. Pode ocorrer internamente ou externamente ao corpo da mãe.
  • Condições ambientais como luz e temperatura são importantes para a reprodução. Desta forma, algumas espécies têm estações bem definidas para o seu ciclo. Por seu lado, outros têm a capacidade de se reproduzir ao longo do ano.
  • O desenvolvimento pode ser direto ou indireto (através de estágios larvais).
  • Existem espécimes que para compensar a baixa sobrevivência nos estágios imaturos produzem um grande número de gametas. Outras, por sua vez, melhoram a estratégia reprodutiva colocando poucos ovos, mas incorporando mais cuidado. Assim, eles tentam alcançar o sucesso.

Órgão reprodutor masculino

O órgão reprodutor masculino consiste em um par de gônadas pareadas, com ductos que terminam na cloaca, ou abertura urogenital. Os peixes produzem uma substância esbranquiçada, que é o esperma ou o leite. Algumas espécies possuem nadadeiras pélvicas modificadas como estruturas de cópula, é o caso de certos tubarões.

Órgão reprodutor feminino

O órgão reprodutor feminino é variável, dependendo da anatomia e da gestação ou dependência do embrião da mãe. Em geral, é constituído pelas gônadas ou ovários femininos (1 ou 2), pelos ductos e pelo orifício urogenital.

Tipos e formas de reprodução em peixes

Como já foi dito, a multiplicação nesses fofos animais aquáticos é sexual, pois ocorre por meio de gametas (masculino e feminino). Os 3 tipos de reprodução que existem nos peixes são os seguintes:

Gonocorismo ou bissexualidade

O gonocorismo, também chamado de bissexualidade, é o tipo de reprodução sexuada mais popular, não só em peixes, mas em outros vertebrados. É gerado quando há dois sexos separados (dióicos), ou seja, indivíduos que produzem esperma (machos) e os que geram óvulos (fêmeas). Exemplos desse tipo de reprodução são encontrados no robalo (Dicentrarchus labrax) e no salmão do Atlântico (Salmo salar).

Hermafroditismo

As espécies hermafroditas caracterizam-se por apresentarem ambos os sexos no mesmo indivíduo.Pode acontecer que os dois sexos se desenvolvam ao mesmo tempo no organismo, o que é conhecido como hermafroditismo simultâneo ou sincrônico. Neles, a autofecundação é rara. Como exemplo temos a dourada (Pagellus bogaraveo).

Outros espécimes mudam de sexo durante a vida, isso é chamado de hermafroditismo sequencial ou consecutivo. Assim, eles podem primeiro amadurecer como machos (protândricos) ou como fêmeas (protóginos). Aqui podemos citar o pargo (Sparus aurata), que é macho durante os dois primeiros anos de vida e após 3 anos torna-se fêmea.

Partenogênese

A reprodução por partenogênese em peixes consiste na postura das fêmeas a partir de óvulos não fertilizados. No entanto, certas espécies precisam acasalar com um macho de uma espécie relacionada antes que o desenvolvimento embrionário possa começar. Portanto, a prole é idêntica à mãe. Um exemplo desse caso é a toupeira-da-amazônia (Poecilia formosa).

Da mesma forma, os peixes evoluíram 3 maneiras de alcançar o sucesso reprodutivo:

  • Oviparidade: refere-se à postura dos ovos, prática realizada pela maioria dos peixes. Para isso, a fecundação é externa, ou seja, fora do corpo da mãe, uma vez concluída a desova. Embora existam poucos ovíparos com fecundação interna. É a mais comum, ocorrendo em trutas (Salmoninae) e tilápias (Oreochromis), como exemplos de peixes comerciais.
  • Ovoviviparidade: neste caso os ovos ficam retidos dentro da fêmea até chegar o momento da eclosão. A nutrição do embrião depende das substâncias da gema dos ovos. A fecundação é interna. Exemplos típicos são guppies.
  • Viviparidade: nessa condição, o desenvolvimento e a fecundação ocorrem da mesma forma dentro da mãe. No entanto, o embrião recebe nutrientes diretos da mãe. Entre os vivíparos podemos citar alguns tubarões.

Comportamentos reprodutivos em peixes

A diversidade reprodutiva dos peixes também inclui comportamentos impressionantes, como alguns namoros, formação de ninhos, incubação de ovos e migrações. Vamos ver cada um deles.

Namoro

Alguns peixes desenvolveram estratégias de corte interessantes para garantir sua reprodução. Isso pode ser executado por qualquer um dos sexos ou mesmo por ambos. Por exemplo, a fêmea do salmão do Pacífico (Oncorhynchus kisutch) dança com seu parceiro antes da desova. Então ela vai para o local apropriado, cava com a cauda, deposita os ovos e o macho os fertiliza para que ela os cubra com cascalho.

Ninhos e Incubação de Ovos

Certos peixes preparam ninhos incríveis, no fundo, cavando na areia, com vegetais e algas ou substâncias pegajosas (que excretam), entre outros comportamentos.O cuidado parental de ovos ou filhotes também pode estar presente em alguns organismos. Na tilápia vermelha (Oreochromis mossambicus) há incubação na boca, como um método impressionante para evitar o abandono de sua prole.

Migrações

Esses nadadores também podem percorrer grandes distâncias para se reproduzir. Assim, existem dois tipos:

  • Anadromos: migram do oceano e grandes rios para os espaços de cascalho onde nasceram, para se reproduzir. Aqui podemos citar o salmão.
  • Catádromos: os percursos vão desde os ambientes de água doce (onde vivem) até ao mar para desovar. As enguias de água doce realizam esse tipo de migração.

O cavalo-marinho, exemplo de reprodução em peixes

Se você é daqueles que pensa que gravidez é só questão de fêmeas, nos peixes a diversidade de mecanismos é tão impressionante que nem sempre é assim. Um exemplo é o cavalo marinho comum (Hippocampus hippocampus).

Esta espécie inicia sua reprodução com um namoro, o casal entrelaça o rabo e dança por vários minutos. A fêmea se encarrega de passar os ovos de sua cloaca para a barriga dos machos, graças a uma papila de 3 milímetros de comprimento. Por sua vez, ele se encarrega de cuidar dos ovos por um período de quase dois meses.

Após esse tempo eles eclodem e emergem como cavalos em miniatura, que continuam sob a proteção protetora de seu pai. O número de filhotes é numeroso (até mais de 400), então o macho tem um trabalho árduo e exaustivo.

O cavalo-marinho é um exemplo típico de como a reprodução dos seres vivos, e em particular dos peixes, pode envolver caminhos inusitados. Os animais estabelecerão qualquer estratégia para garantir seu sucesso e sobrevivência.

Como você pode ver, a reprodução em peixes vai além da postura de ovos. Nesses animais é apresentado um dos comportamentos mais surpreendentes. Conhecer esses aspectos é de grande interesse, não só por curiosidade, mas também se torna relevante na aquicultura.