Como todos sabemos, a expectativa de vida média dos cães varia consideravelmente dependendo da raça do cão e seu tamanho. Isso é muito importante, pois ajuda a entender as necessidades que um cão tem à medida que seu corpo envelhece. Neste artigo, vamos nos aprofundar no motivo pelo qual os cães pequenos vivem mais do que os cães grandes.
É surpreendente para pesquisadores e donos de cães que quanto maior um cão, menor tende a ser sua expectativa de vida. Existem situações, principalmente os cuidados e atenção que o cachorro recebe ao longo de sua vida, que podem prolongá-la.No entanto, o envelhecimento é mais lento em cães pequenos.
Envelhecimento
O envelhecimento é um processo que afeta todos os seres vivos e corresponde à deterioração progressiva das células que compõem os diferentes órgãos, músculos e tecidos devido à passagem do tempo.
À medida que os cães envelhecem, eles têm necessidades cada vez mais específicas em seus corpos. Se satisfizermos corretamente essas necessidades, o cão poderá levar uma vida saudável e feliz pelo maior tempo possível.
Algo a ter em mente é que, enquanto um cão de tamanho gigante será considerado velho aos seis anos, um grande aos oito e um cão de tamanho médio aos dez, alguns cães de tamanho pequeno começarão a envelhecer idade a partir de doze ou treze anos.
Esse fenômeno é muito peculiar, pois quase que via de regra animais maiores tendem a viver mais que os pequenos, por possuírem organismos mais sofisticados e eficientes. Essa diferença é fácil de notar quando comparamos mamíferos ou aves.

Causas possíveis
Embora tenha sido um fenômeno amplamente explorado, ainda não há um consenso sobre as razões pelas quais os cães pequenos vivem mais do que os grandes. No entanto, as hipóteses giram em torno desses quatro pontos:
Eles levam estilos de vida diferentes
Segundo uma das posições, o estilo de vida que os cães grandes levam é muito mais ativo e “pesado” do que os pequenos. Especialmente se forem usados como cães de trabalho. De um modo geral, existe a crença de que cães grandes tendem a ser mais ativos e menos superprotegidos por seus donos. Isto implica necessariamente um desgaste do sistema do cão, especialmente ao nível dos músculos (incluindo o coração), das articulações e do sistema imunitário.
No entanto, essa teoria, apesar de bem fundamentada, é insuficiente, pois cães como a família terrier se caracterizam por levar uma vida muito ativa e seus membros menores costumam ter vidas muito longas.
Problemas cardíacos
Outra hipótese testada vem da análise do tamanho dos cachorros em relação ao tamanho de seus corações. Embora os cães grandes tenham corações maiores do que os cães pequenos, é na proporção do tamanho do cão que reside a diferença.
Aparentemente, os cães grandes têm um coração muito menor do que os cães pequenos em relação ao corpo. Portanto, faria um esforço duplo para conseguir bombear a quantidade adequada de sangue por todo o corpo do animal, o que levaria a uma deterioração mais rápida.
Predisposição a doenças graves
A predisposição a doenças é outro elemento que acaba encurtando a vida dos cães. Por exemplo, cães de tamanho gigante tendem a sofrer mais de problemas articulares e musculares do que cães pequenos.
Da mesma forma, doenças como o câncer são muito mais frequentes em cães de grande porte, principalmente aquelas que acometem os ossos (osteossarcoma).
O problema da raça

Se levarmos em conta os ancestrais dos cachorros, os lobos, eles têm o tamanho e o peso de um cachorro grande e, no caso de algumas subespécies, os de um cachorro gigante. No entanto, os lobos podem viver em média 15 anos. Cães do mesmo tamanho e peso raramente atingem essas idades, o que levou à sugestão de que existe um tamanho ideal para cães.
Por tamanho ideal nos referimos a um tamanho que permite ao cão ter um corpo e peso adequados para que seus sistemas funcionem da maneira mais adequada e possam ser melhor preservados para a velhice.
O problema disso é que os cães, e principalmente as raças, foram criados pelo homem seguindo padrões normalmente estéticos. Isso significa que algumas características que podem prejudicar a qualidade de vida dos cães e afetar sua longevidade são favorecidas, como é o caso dos cães chatos.
Portanto, o tamanho ideal para cachorros seria o pequeno ou médio, que também possuem uma vida útil média longa, pois são os mais bem preservados. Embora os cães em miniatura estejam excluídos deste padrão, pois têm uma expectativa de vida muito menor.