Espadarte: cuidados e doenças

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Anonim

Espadarte, cientificamente conhecido como Xiphias gladius, é uma das espécies marinhas mais facilmente reconhecíveis devido à sua morfologia. Porém, quando se trata de seus cuidados e doenças, ele passa mais despercebido.

Principais características do peixe-espada

Sem dúvida, a característica definidora do peixe-espada é a morfologia de sua espada, localizado no topo de sua mandíbula. Ao contrário de outros peixes de bico que têm uma seção cilíndrica em sua espada, o deXiphias gladiuscaracteriza-se por ser muito longo e de perfil achatado e oval.

Embora as capturas comerciais tenham entre um e dois metros de comprimento, os espécimes comerciais podem atingir quatro metros e exceder 500 quilogramas, e sãoas mulheres aquelas que apresentam maiores dimensões. Além disso, distinguem-se por não apresentarem barbatanas ou escamas pélvicas ao atingirem a fase adulta.

O peixe-espada atinge a maturidade sexual entre o segundo e o quarto ano de vida, período em que os machos cortejam as fêmeas nadando ao seu redor até que fertilizem os milhares de ovos que põem em garras sucessivas. Normalmente, a reprodução e o nascimento dos filhotes ocorrem durante os meses de junho a setembro em águas quentes.

O peixe-espada é caracterizado por ter grande tolerância às variações de temperatura, daí sua ampla distribuição geográfica tanto em latitude quanto em profundidade. Normalmente, eles freqüentam áreas com correntes oceânicas significativas, aproximadamente entre 45º norte e 45º sul.

Alimentação e cuidados

O peixe-espada se destaca por se alimentar de um grande número de presas e, normalmente, as altas concentrações desta espécie coincidem com a abundância de cavala, carapau, anchova, lula, polvo e, em menor proporção, crustáceos e outros invertebrados. Daí a responsabilidade dos pescadores de realizarem práticas de pesca responsáveis com a diversidade marinha.

Além disso, destaca-se por ser um predador muito ativo, guiado principalmente pelo sentido da visão para fazer suas capturas. No entanto, também apresenta várias ameaças, entre as quais se destacam tubarões, orcas ou grandes cefalópodes.

Relativamente à regulamentação nacional e internacional sobre a actividade piscatória desta espécie, a decisão da ONU de 1990 de regulamentar e limitar a utilização de redes de deriva com mais de 2,5 quilómetros e a proibição da sua utilização em Espanha para a pesca do atum e do espadarte. Em 2002, a UE regulamentou a proibição de redes de emalhar de deriva.

Doenças

Além de ter fauna simbiótica associada, principalmente várias espécies de remoras, entre as quais aRemora brachyptera, o peixe-espada é suscetível à presença de um grande número de parasitas. Geralmente estão ligados às brânquias, vísceras, cavidade abdominal ou músculo e, principalmente, destacam-se trematódeos, tênias, nematódeos e copépodes.

Conforme documentado pelos pescadores, devido à facilidade de sua identificação, o ectoparasita mais frequente é aquele pertencente ao gênero Pennella. De aspecto tubular enegrecido, e com uma pluma em uma das extremidades, é capaz de passar pela musculatura até atingir as camadas mais vascularizadas das quais se nutre. A presença desse parasita é maior no mar Mediterrâneo, podendo haver vários deles no mesmo espécime.

Nos últimos anos, o alarme foi disparado, principalmente devido ao seu envolvimento direto em humanos: o acúmulo de mercúrio (na forma de metilmercúrio) nos tecidos desta e de outras espécies marinhas.

O referido metal é tóxico para o sistema cardiovascular, rins e sistema nervoso quando é encontrado em quantidades relevantes. E como o peixe-espada é um dos principais predadores da cadeia alimentar, existe a possibilidade de estar contaminado, representando um risco para o consumidor.