Curiosidades do sapo marinho

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Anonim

O sapo marinho, conhecido entre a comunidade científica comoRhinella marina, É um anfíbio anuro pertencente à família dos bufões. Seu grande tamanho e toxicidade não são as únicas características definidoras.

Características morfológicas do sapo marinho

Este anfíbio destaca-se pelas grandes dimensões, podendo ultrapassar os 15 centímetros. Por este motivo, também é frequentemente referido como um sapo neotropical gigante. Sua pele é seca e com verrugas, com uma série de saliências na parte frontal da cabeça. Quanto à tonalidade, varia dos exemplares mais acastanhados aos que apresentam cores avermelhadas ou oliva com padrão variável de manchas. Em geral, sua barriga está sempre mais leve.

Depois de atingir a maturidade, o sapo marinho é caracterizado por grandes glândulas paratireoides dispostos da face anterior do tímpano até o meio das costas, o que implica a menor toxicidade dos juvenis. Como outras espécies noturnas, suas pupilas se distinguem por serem horizontais e douradas.

Reprodução, alimentação e comportamento

Quando se trata de reprodução, os machos se arrumam temporária ou permanentemente nas proximidades das nascentes, para tentar chamar a atenção das fêmeas. Por isso, eles emitem vibrações sonoras por longos períodos de tempo.

A cópula, conhecida como amplexo, ocorre quando o macho envolve a fêmea abaixo de seus membros anteriores, momento em que a fêmea passa a botar óvulos não fertilizados, esperando que o espermatozóide o faça Masculino. O fim do ato reprodutivo culmina na água.

Os ovos, que contam apenas com a proteção de uma cobertura mucosa, são depositados por filamentos gelatinosos em áreas com vegetação próxima. Essas ninhadas podem ultrapassar 30.000 ovos e sua eclosão dependerá da temperatura da água, o que pode demorar no máximo uma semana. Posteriormente, o desenvolvimento dos girinos irá flutuar entre 12 e 60 dias.

O sapo marinho geralmente se alimenta à noite, em áreas de vegetação densa com uma grande variedade de insetos: formigas, percevejos, besouros e tesourinhas são suas principais presas. Porém, ao contrário de outros anuros, são caracterizados por serem predadores oportunistas que podem encontrar sua fonte de alimento em vegetais, carniça e outros resíduos.

Nas capturas, para além do papel fundamental que a visão desempenha na identificação das presas pelos seus movimentos, este anfíbio conta com o seu sentido olfactivo desenvolvido. Por sua locomoção, caracteriza-se por seus saltos curtos e rápidos e, em períodos de extrema seca ou baixa temperatura, eles permanecem inativos e eles passam a maior parte do tempo no subsolo.

Em situações de ameaça, suas glândulas paratireoides produzem uma substância alcalóide esbranquiçado e viscoso, conhecido como bufotoxina. Essa substância se caracteriza por ser cardioativa, podendo causar espasmos, vômitos, problemas respiratórios, paralisia de extremidades e até a morte em indivíduos pequenos.

Habitat e estado de conservação

A área de distribuição original do sapo marinho se estende do sul do Vale do Rio Grande do Texas até a região central da Amazônia e o leste do Peru. Mais tarde, foi introduzido nas ilhas do Caribe, sul da Flórida, Havaí e costa leste da Austrália.

O desenvolvimento e impacto deste anfíbio na flora e fauna locais de lugares não endêmicos o motivou a ser considerado como uma das 100 espécies invasoras mais prejudiciais em todo o mundo.

Atualmente, a União Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN) estabelece, por meio da chamada Lista Vermelha de espécies ameaçadas, que o status de conservação do sapo marinho é "pouco preocupante".