A migração das sardinhas, do que se trata?

O fenômeno natural que nos preocupa é, sem dúvida, um dos maiores espetáculos que a natureza pode nos oferecer. E é que a migração de sardinhas é, em termos de volume de indivíduos, a maior migração alguma vez registada. Se você quer saber mais sobre esse êxodo animal, não perca o que vem a seguir.

A sardinha, um animal viajante?

O reino animal é vasto e diversificado. Existem espécies de diferentes tamanhos e adaptadas para viver em diferentes ambientes. Da mesma forma, também podemos encontrar animais sedentários -ou estacionários- e nômades. Entre estes últimos, algumas espécies de peixes são um bom exemplo.

O salmão ou a enguia são dois exemplos de espécies que vivem entre a água doce e a salgada. Porém, existem outras espécies que migram dentro do mesmo tipo de água, por um motivo ou outro. Algumas espécies que seguem esse padrão de comportamento são os atuns e as sardinhas.

Se nos aprofundarmos no grupo das sardinhas, descobriremos que a espécie conhecida como Sardinops Sagaxé o principal protagonista do corrida de sardinha ou migração de sardinhas. Este êxodo Acontece na costa da África Austral entre os meses de maio e julho, e estima-se que bilhões de espécimes sejam mobilizados.

Migração da sardinha: causas

Até hoje, não há uma explicação única e inequívoca para explicar a migração da sardinha. No entanto, várias hipóteses explicativas são consideradas. O primeiro tem foco reprodutivo, pois acredita-se que esse fenômeno seja uma migração reprodutiva sazonal.

Outra possível causa tem a ver com a preferência da sardinha por águas frias. Alguns especialistas acreditam que existe uma relação entre o deslocamento de massas de água fria - de 14 a 20 ºC - para o norte da costa sul-africana e a migração da sardinha.

Como ocorre a migração da sardinha?

Para viajar tamanha distância, as sardinhas formam grandes cardumes ou cardumes. Esse tipo de agrupamento tem finalidades defensivas, uma vez que as chances de uma sardinha não ser capturada por um predador aumentam quanto mais ela se afasta do cardume.

Se falamos em termos de volume, os números são impressionantes. Uma escola tem geralmente cerca de 7 quilômetros de comprimento e 1,5 quilômetros de largura. Isso, aliado aos 30 metros de profundidade, faz com que a migração das sardinhas seja observada de barcos ou aviões que sobrevoam a área.

Como é evidente, Uma massa tão grande de peixes não passa despercebida. É por isso que muitas espécies marinhas - golfinhos, tubarões-touro ou tubarões-tigre - e pássaros aproveitam a oportunidade para se alimentar, quase sem esforço. Os golfinhos, por exemplo, "encurralam" o cardume das sardinhas, com o objetivo de separar pequenos grupos e poderem alimentar-se.

O volume e a concentração dos alimentos atingem tamanha magnitude que ocorre o que na biologia é conhecido como frenesi alimentar: os predadores ficam em um estado de agitação muito intensa, chegando até a se morder.

Existem outros fenômenos semelhantes?

Em termos de magnitude, a migração da sardinha é incomparável. No entanto, há outro êxodo de animais terrestres quase tão impressionante. Se trata de a migração de gnus, que mobiliza mais de um milhão de espécimes a cada ano que cruzam o rio Mara entre o Quênia e a Tanzânia.

Se falamos de distância, encontramos alguns exemplos dignos de nota. Um deles é a borboleta monarca (Danaus Plexippus) que percorre cerca de 8.000 quilômetros para chegar às florestas canadenses. Outra é a baleia com chifres (Megaptera novaeangliae), que pode migrar até 25 quilômetros por ano.

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