O celacanto é um verdadeiro fóssil vivo. Pertence ao antigo grupo dos celacantimorfos - peixes com nadadeiras lobadas - que deveriam estar extintos há milhões de anos. É por isso que é considerado um fóssil vivo, porque eram conhecidos apenas por seus restos fossilizados.
É realmente um peixe tão antigo? Como eles sobreviveram tantos anos? Temos dados suficientes sobre eles ou seria interessante continuar investigando-os? Essas e outras dúvidas serão, de alguma forma, resolvidas se você continuar lendo.
Curiosidades sobre o celacanto
Acreditava-se que peixes celacantimorfos estavam extintos desde o período Cretáceo, até que um espécime vivo foi encontrado na costa de Madagascar em 1938.
Junto com dipnoos ou peixes pulmonados, são os seres vivos marinhos mais próximos dos vertebrados terrestres. Há evidências de sua origem no período Devoniano, 400 milhões de anos atrás.
Um verdadeiro fóssil vivo
Fonte: Scienceofsand.infoO celacanto tem semelhanças morfológicas quase idênticas com seus ancestrais fósseis. Por isso é conhecido como “fóssil vivo”.
Este fenômeno é apenas consequência da lenta evolução a que foi submetido, em comparação com outros vertebrados. Este fato pode ser explicado pela pouca necessidade de adaptação ao meio ambiente, em decorrência de um habitat estável e ausente de predadores.
O peixe mais próximo dos tetrápodes
Determinar qual de todos os peixes vivos está evolutivamente mais próximo dos tetrápodes é uma ideia que tem mantido as mentes de muitos cientistas ocupadas. As conclusões derivadas de muitos estudos levam a pensar que se trata do peixe pulmonado, descartando o celacanto. Mas você tem certeza disso?
Um fóssil vivo capaz de se adaptar à vida terrestre
Fonte: Actualidad.rt.comUm dos grandes marcos da evolução é o processo de transição água-terra. Estima-se que os primeiros organismos capazes de colonizar o ambiente terrestre o fizeram no Devoniano.
Para realizar essa transição, as mudanças devem ocorrer em vários níveis. Primeiro, no nível metabólico, como ser capaz de excretar uréia. Em segundo lugar, em um nível morfológico, membros em desenvolvimento.
A proximidade evolutiva do celacanto com os animais terrestres é apreciada devido à estrutura óssea de suas nadadeiras, que pode ser um precursor das extremidades dos tetrápodes.
Que espécie desse fóssil vivo ainda sobrevive?
Atualmente, existem duas espécies:
- Latimeria chalumnae, a espécie descoberta em 1938, conhecida como "Celacanto das Comores".
- Latimeria menadoensis, descoberto em 1998, o “celacanto indonésio”.
Apesar de serem parentes dos antigos celacantos, eles têm um modo de vida muito diferente desses. Eles se adaptaram para viver em grandes profundidades, em nichos ecológicos que lhes dão uma vantagem sobre os teleósteos modernos.
Características das Latimerias
Alguns dos caracteres que essas espécies compartilham são:
- O comprimento máximo próximo a um metro e meio de comprimento.
- O peso, que pode chegar a quase 70 quilos.
- Ambas as espécies são de água salgada.
- A cor das escamas, acastanhada na variedade asiática e azul profundo na variedade africana.
- Suas barbatanas, que são lobadas e carnudas.
- São peixes predadores. Durante o dia habitam cavernas localizadas em áreas profundas e à noite sobem à superfície, onde se alimentam de peixes do recife.
Como um fóssil vivo se reproduz?
O comportamento reprodutivo do celacanto atual não é conhecido exatamente. É conhecida por ser ovovivípara, com fecundação interna. Os ovos podem ter 10 centímetros de comprimento e pesar até 300 gramas.
O período de gestação é de cerca de 13 meses, após os quais a fêmea dá à luz filhotes bastante desenvolvidos, capazes de sobreviver por conta própria.
Nota final: quem está encarregado de estudar um fóssil vivo?
Paleontólogos são cientistas que se dedicam a estudar o passado da vida na Terra por meio de restos fósseis. No entanto, o celacanto ainda está vivo e deve ser estudado por biólogos e veterinários.
Mas isso não significa que não desperte a curiosidade de nenhum especialista em paleontologia, que queira saber como esses animais pré-históricos sobreviveram.