Auto-mutilação em cães: por que acontecem?

Índice:

Anonim

O mundo da saúde mental é complexo de enfrentar. Os seres humanos são animais que muitas vezes agem contra a nossa própria sobrevivência, porque às vezes até nos machucamos. Várias patologias causam comportamentos que levam a danos autodirecionados, mas, surpreendentemente, a automutilação em cães também pode ser observada.

Esses comportamentos vão contra qualquer mecanismo evolutivo ou o próprio conceito de instinto. O que um animal ganha ao se machucar? Quais são as causas desse comportamento? Se você deseja saber mais sobre a automutilação em cães e como evitá-los, encorajamos você a continuar lendo.

Sobre danos autodirecionados e saúde mental

O termo automutilação refere-se a “Uma prática que consiste na produção intencional de feridas no próprio corpo, comumente realizadas sem intenções suicidas”. Por ser a camada mais superficial em contato com o meio externo, a epiderme costuma ser a estrutura mais danificada nesse tipo de ato.Em humanos, esse comportamento está associado à depressão, transtornos de personalidade, histórias traumáticas ou em resposta a abuso contínuo.

Do ponto de vista psicológico, postula-se que este tipo de dano físico é feito para aliviar fortes dores emocionais, pois uma ferida no plano físico é mais fácil de controlar e distrai do motivo subjacente.Além disso, a sensação de dor produz uma resposta que reduz a ansiedade. Tudo isso se aplica a humanos, seres com sentimentos e emoções complexas, mas o que pode levar os cães à automutilação?

Auto-mutilação em cães: por que acontecem?

Muitas vezes, Feridas superficiais são produzidas na pele do cão devido à lambedura excessiva como consequência de uma patologia. Pulgas, produtos inadequados durante o banho ou reações alérgicas podem causar coceira e desconforto.

Isso não é autoagressão em si mesmo, como o comportamento do cão responde à dor física tangível. É por isso que qualquer problema de saúde deve ser descartado em um veterinário antes de abordar o problema do ponto de vista psicológico.

Uma vez que um possível problema de saúde tenha sido descartado, os motivos emocionais que podem promover a automutilação em cães são os seguintes:

  • Tédio ou falta de estímulos, deficiência de enriquecimento ambiental.
  • Ansiedade com a separação do tutor.
  • Respostas estereotipadas, ou o que é o mesmo, movimentos repetitivos sem uma função clara como resultado do estresse.
  • Atrair a atenção do mestre, comportamento involuntariamente reforçado.

Como podemos ver, várias causas podem fazer com que o cão execute atividades autodirecionadas agressivas, mas quase todas elas têm algo em comum: presença de sentimentos de ansiedade ou estresse.

Ansiedade, um problema muito comum em cães

A ansiedade, definida como um estado de medo, medo e inquietação, é algo muito comum em humanos e também em outros animais. Afinal, do ponto de vista fisiológico, o corpo está se preparando para que algo ruim aconteça. Esse estado de alerta pode ser benéfico em situações perigosas, pois promove respostas rápidas no corpo, mas com o tempo, só traz consequências negativas.

Isso não é diferente em cães e, em alguns casos, direcionar o estresse e o sofrimento para uma parte do próprio corpo do animal é uma resposta inata. Isso acontece com muita frequência em cães com ansiedade de separação. Os cães que requerem a presença contínua de seu responsável podem se sentir nervosos, abandonados e estressados quando seu dono sai de casa.

Em muitos casos o cão tenta escapar da sala onde está em busca de seu responsável, o que além de causar danos aos móveis, geralmente causa lesões autoprovocadas no animal.

O que fazer para tratar a ansiedade canina?

Como vimos, a ansiedade e o estresse são os principais motivos das lesões autodirecionadas em cães. Aqui estão algumas dicas para reduzir esses estados negativos no animal:

  • Fornece um número adequado de brinquedos interativos o cão nos seus momentos de solidão, para que fique ocupado e estimulado.
  • Estabeleça um local adequado para o cão onde ele não seja incomodado e se sinta seguro. Que este lugar seja seu covil, seu covil para onde ir em tempos de angústia.
  • Preste atenção e interaja com o cão quando o responsável estiver presente, Mas não incentive comportamentos tóxicos e dependentes quando ele sair de casa.
  • Incentive o exercício e a atividade do cão. Quanto mais energia você gasta em corridas e caminhadas, menos razão terá para se machucar.

Todas essas dicas são indicativas, mas existem patologias que não podem ser tratadas pelo tutor.Em caso de abuso anterior, abandono ou outras doenças mentais do animal, o recurso a um etologista canino especialista será fundamental para que o cão deixe de ter comportamentos baseados na automutilação.