Ácaros em répteis: causas, sintomas e tratamento

Por mais surpreendente que possa parecer, existem mais de 250 espécies de ácaros que podem infectar répteis domésticos. O mais conhecido de todos é Ophionyssus natricis, um exoparasita muito comum em cobras e outros herpets que são extraídos de seu ambiente natural. Os ácaros são vetores perfeitos para a transmissão de doenças entre os hospedeiros.

Um réptil infestado de ácaros exibe um caráter caído, escamas levantadas, feridas e manchas pretas na superfície da pele, entre outras coisas. É necessário enfrentar esse quadro clínico o mais rápido possível, pois, caso contrário, o animal corre o risco de desenvolver anemia. Se você quiser saber tudo sobre os ácaros nesses animais, continue lendo.

Causas de ácaros em répteis

A maioria dos répteis domésticos que apresentam ácaros já vêm com eles antes de chegarem a casa. Animais que são retirados de seu ambiente natural - conhecido como WC, da siglaSelvagem capturadoem inglês - eles geralmente vêm com parasitas externos e internos e, além disso, sua condição piora com o estresse do transporte e da direção.

Mesmo que um animal pareça saudável no início, suas infecções concomitantes podem se manifestar dias e até semanas depois, devido à mudança drástica no habitat. O facto de o espaço no terrário ser limitado só piora a imagem, visto que existe uma maior densidade de parasitas por superfície da divisão.

Além de todas essas razões, também é importante observar que uma infestação de ácaros pode ocorrer em ambientes de cativeiro. sem a necessidade de o animal ter sido retirado de seu ambiente natural. Um terrário sujo, falta de higiene geral ou muitos exemplares nas instalações podem favorecer o aparecimento desta patologia.

Sintomas

Às vezes é difícil detectar os sintomas dessa patologia, pois os répteis são seres esquivos que não gostam de ser manipulados. Alguns dos sinais clínicos, entretanto, podem se tornar aparentes com o tempo. Entre eles, encontramos o seguinte:

  • O animal infectado pode ficar muito tempo no vaso sanitário, se a espécie o usa. É o mecanismo natural do réptil se livrar de patógenos potenciais.
  • O réptil geralmente tem núcleos de infestação ao redor dos olhos, nos lábios e nas dobras cutâneas da mandíbula.
  • Também pode mostrar escamas elevadas e até feridas com sangramento.

Nos casos mais graves, o nível de sangue consumido pelos ácaros pode causar anemia grave no animal. Isso resulta em apatia, falta de movimento, mal-estar geral e até morte. Por isso, evitar infestações parasitárias, por mais leves que sejam, nunca é uma opção.

Preste atenção ao ambiente

Os ácaros são observáveis ao olho humano. Se você suspeita de sua presença no ambiente, observe atentamente as decorações do terrário e o corpo do animal. Se eles estiverem presentes, você verá algumas pequenas "bolas" em movimento. Não há melhor maneira de detectar esses parasitas do que observar o ambiente com paciência e atenção.

Tratamento

Sem dúvida, a melhor opção é ir ao veterinário para que ele prescreva o medicamento adequado para cada espécie. Por exemplo, a ivermectina é freqüentemente usada para matar ácaros em mamíferos, mas é altamente tóxica para as tartarugas. Nunca adquira uma droga para uso humano para aplicá-la em seu réptil sem consultar um profissional.

Se você não tem um veterinário exótico por perto ou não tem recursos financeiros para fazer uma consulta, existem outras opções. Uma delas é mergulhe o réptil em água morna com uma leve dose de Betadine diluído. A ação conjunta da água e desse desinfetante matará os ácaros que vivem na superfície do animal.

Em qualquer caso, é inútil desinfetar o animal se o terrário ainda estiver com parasitas. Deve-se limpar bem toda a instalação, o que envolve ferver as decorações, pedras e galhos, trocar o substrato e aspirar todos os cantos possíveis. Antes de introduzir o animal tratado, você deve higienizar o terrário o máximo possível para evitar o reaparecimento de parasitas.

Uma doença comum na captura de animais

Animais capturados na natureza (WC) são muito mais sujeitos a essas doenças. Por este motivo, é sempre aconselhável adquirir exemplares criados em cativeiro, pois é muito mais provável que apresentem um estado de saúde estável a longo prazo.

Além disso, contribuir para o comércio de espécies exóticas é antiético. Em um mundo onde 28% dos seres vivos estão em perigo de extinção, o que as populações naturais menos precisam é que os humanos roubem espécimes sexualmente ativos.

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