7 espécies estranhas de rãs e sapos

Rãs e sapos habitam o planeta há milhões de anos. Eles surgiram muito antes dos dinossauros e ainda são muito relevantes em quase todos os ecossistemas do planeta, principalmente aqueles que são úmidos ou com fontes de água abundantes.

Esse longo período de evolução permitiu que rãs e sapos, também conhecidos como anuros, se diversificassem em espécies realmente estranhas. Embora pareçam lentos e sem recursos, eles conseguiram permanecer no planeta por séculos.

Embora todos os anuros tenham 4 patas e não tenham cauda, o resto de seus aspectos pode variar muito. Se você quiser aprender os traços mais relevantes de algumas das espécies mais estranhas de anuros, continue lendo.

As 7 espécies mais incomuns de sapos e rãs

Hoje, mais de 7.000 espécies de anfíbios anuros foram descobertas. A maioria deles é encontrada nos trópicos, mas vários táxons podem ser encontrados em todos os continentes, exceto na Antártica. Apresentamos alguns dos sapos e rãs mais peculiares.

1. Sapo parteira comum (Alytes obstetras)

Este pequeno sapo rechonchudo apresenta uma das estratégias reprodutivas mais raras entre os anfíbios. Normalmente, esses animais se reproduzem na água, onde depositam seus ovos diretamente.

No entanto, sapos-parteiros se reproduzem em terra. Em seguida, os machos carregam os ovos nas costas e nas patas traseiras e os transportam com extremo cuidado até a hora da eclosão, quando são levados para um corpo d'água que reúna as condições adequadas. Este processo pode demorar mais de um mês.

2. Rana roxa (Nasikabatrachus sahyadrensis)

Esta rã é endêmica da Índia, foi descrita em 2003 e tem um dos aspectos mais estranhos de todos os anfíbios. N. sahyadrensis Destaca-se pelo corpo inchado e musculoso, pelas pernas grossas e pela minúscula cabeça em forma de cone. Além disso, é totalmente roxo.

A morfologia peculiar deste anuro se deve aos seus hábitos. O sapo roxo passa a maior parte de sua vida no subsolo e só emerge para se reproduzir durante as monções sazonais.

3. Sapo macaco gigante (Phyllomedusa bicolor)

Embora a maioria dos sapos e rãs sejam encontrados em corpos de água doce ou no solo perto deles, macacos sapos passam suas vidas nas copas das árvores das florestas tropicais americanas.

Além de magníficos escaladores, esses sapos são capazes de secretar uma substância cerosa com a qual cobrem toda a pele. Este composto é isolante e permite que vivam longe da água sem secar. Ele também contém toxinas para se defender contra predadores.

4. Sapo peludo (Trichobatrachus robustus)

Este anuro africano de aparência musculosa possui várias adaptações exclusivas. Os machos têm extensões longas e finas, muito semelhantes a pêlos, nas laterais e nas patas traseiras.

Essas protuberâncias não são cabelos verdadeiros, que só aparecem em mamíferos, mas extensões da pele e do sistema circulatório que podem melhorar a absorção de oxigênio durante a respiração cutânea. Assim, funcionam como uma espécie de guelra.

As rãs peludas têm outro truque na manga: são capazes de quebrar ossos na ponta dos dedos, de modo que suas lascas afiadas perfuram a pele. Assim, uma espécie de garras pontiagudas emergem de sua camada mais superficial da pele quando se sentem ameaçados.

5. Sapo da chuva do deserto (Macrops Breviceps)

Muitos sapos e rãs são gordinhos, mas nenhum é tão atarracado quanto as rãs da chuva. Esses pequenos animais são verdadeiramente esféricos, com olhos grandes, dourados e salientes e pernas muito curtas.

B. macrops Tem apenas 4 ou 5 centímetros de altura e vive nas costas desérticas da África do Sul. Um de seus aspectos mais marcantes é o guincho agudo, semelhante ao de um brinquedo de borracha.

6. Sapo do Suriname (Cano)

Este anuro sul-americano é um dos mais surreais. Sua aparência é de uma folha caída, com corpo marrom incrivelmente achatado, cabeça em forma de flecha, olhos quase imperceptíveis e patas traseiras poderosas, com dedos longos e palmados.

Este sapo é fundamentalmente aquático e apresenta um processo reprodutivo único no reino animal. Após a cópula, os ovos são embutidos nas costas da fêmea.

Ali passam o período larval -isolado sob a pele da mãe-, até eclodirem e saírem, já como pequenas rãs. Este método é chocante para os humanos, mas protege os jovens da predação de forma eficaz.

7. Sapo áspero Kukenan (Oreophrynella nigra)

Este minúsculo sapo, que atinge apenas 2 ou 3 centímetros, existe apenas nas regiões montanhosas do Escudo das Guianas, na Venezuela. Sua aparência, muito preta e áspera, lembra o alcatrão, mas sua cor não é o que há de mais curioso neste animal.

O. nigra tem uma estratégia anti-predatória única, adaptado ao seu habitat alpino. Quando ameaçado, este sapo se enrola e rola encosta abaixo, quicando nas rochas para a segurança. O sapo não se machuca com essa estratégia e consegue escapar de seus principais predadores: as tarântulas.

Essas são apenas algumas das espécies mais fascinantes de anuros. Novos anfíbios são constantemente descobertos, mas, infelizmente, uma grande porcentagem deles está em perigo de extinção. Como se viu, esses animais são cheios de raridades, além de essenciais para seus ecossistemas. É fundamental trabalhar na sua conservação.

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