A víbora asp: habitat, reprodução e curiosidades

Não existem muitos répteis perigosos encontrados na Península Ibérica, mas a víbora asp pode se tornar um problema para pessoas debilitadas, crianças e idosos. No entanto, embora isso tenha lhe dado uma má fama no passado, nenhuma cobra ataca por prazer.

Portanto, vamos conhecer melhor este réptil e destacar suas qualidades, curiosidades e contribuições ao seu meio ambiente através do registro biológico que você encontrará aqui. Não perca nada, porque nos olhos puxados de uma cobra você também pode encontrar momentos fascinantes.

Taxonomia e características

A víbora asp recebe o nome científico de Vipera aspis e pertence à família taxonômica Viperidae, caracterizada por sua capacidade de inocular veneno. Embora o termo asp às vezes seja usado para se referir a qualquer víbora, isso é um erro, pois apenas essa espécie recebe esse nome.

Existem 2 subespécies da víbora asp, a Vipera aspis aspis e a Vipera aspis zinnikeri, embora esta última esteja sendo considerada uma espécie separada por alguns especialistas.

Os adultos têm um comprimento médio de 65 centímetros, mas já foram encontrados espécimes que chegam aos 80, o que a torna a maior víbora da Península Ibérica. As fêmeas são mais largas que os machos, mas mais curtas. A cabeça é larga, triangular e claramente diferenciada do pescoço.

Suas cores variam entre marrom acinzentado, cinza esverdeado e preto. Os machos tendem a ser mais acinzentados e as fêmeas mais marrons. Seu padrão de pele consiste em manchas romboides pretas ao longo de todo o seu comprimento, além de uma mancha pós-ocular.

Asp Viper Habitat

Sua área de distribuição abrange grande parte do sul da Europa, principalmente França, Itália e algumas partes da Alemanha. Na Espanha, é encontrado apenas nos Pirineus e no nordeste montanhoso.

Seu habitat varia de acordo com a região. Na França, por exemplo, é encontrado em áreas montanhosas de calcário, mas na Itália é mais comum encontrá-lo em bosques e perto de fontes de água. Embora não seja uma espécie que tolere muita altitude, nos Pirineus é vista próximo ao pico Mulleres, a 2.600 metros acima do nível do mar.

Em geral é considerada uma espécie florestal, embora se adapte facilmente a outros territórios.

Comida

Como todas as cobras, a víbora asp se alimenta exclusivamente de outros animais, ou seja, é um carnívoro estrito. É um predador que usa seu veneno para matar sua presa.Sua dieta é composta de animais como pequenos roedores, lagartos e alguns pequenos pássaros que ele engole inteiro e deve digerir por cerca de uma semana.

Eles se alimentam uma vez a cada 4 semanas, mais ou menos, contando o tempo de digestão.

Comportamento

É um predador diurno que utiliza a técnica de espreita para matar sua presa. Graças às suas cores suaves, camufla-se bem nos buracos das pedras e entre a folhagem, pelo que só lhe resta esperar imóvel a passagem de um bichinho desavisado.

Como a maioria das cobras, esta víbora é solitária e só encontra outras de sua espécie para procriar. Além de procurar um companheiro durante a época de reprodução, seu dia geralmente consiste em encontrar locais de onde possam perseguir suas presas e procurar os melhores locais para regular sua temperatura corporal.À noite ele costuma escolher esconderijos onde possa dormir com segurança.

Esta espécie hiberna nos meses mais frios, economizando forças para se reproduzir na primavera.

Reprodução da víbora asp

Fêmeas costumam ter filhotes em anos alternados. Os encontros sexuais geralmente ocorrem entre abril e maio, várias semanas após o despertar da hibernação. A gestação dura entre 3 e 4 meses, portanto o parto ocorre no final de agosto ou início de setembro. É uma cobra ovovivípara, ou seja, seus ovos são incubados e eclodem dentro da mãe para depois nascerem.

Não existe cuidado parental nas víboras desta espécie. Os filhotes nascem independentes, depois de alguns dias já estarão aptos a caçar e se alimentar sozinhos sem que a mãe tenha que ensiná-los a fazer.

Estado de Conservação

A Vipera aspis possui catalogação internacional na IUCN como espécie em estado de menor preocupação (LC). A sua elevada presença numa grande variedade de biótopos e a sua ampla distribuição no sul da Europa colocam-no fora de perigo. Mesmo assim, uma diminuição de sua população foi constatada em áreas colonizadas por humanos, pois tendem a deixar lugares habitados ou morrer nas mãos de nossa espécie.

No entanto, a proteção da fauna no meio rural ainda é necessária, pois as cobras nada mais são do que um elo de equilíbrio dos ecossistemas que habitam. Para proteger uma espécie é preciso cuidar de todas, então não percamos de vista nosso objetivo de conservar a natureza.

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