Como combater a ansiedade de separação do meu cachorro

Cães e crianças têm mais em comum do que aparenta. Por exemplo, é comum que sintam ansiedade quando são separados de seu cuidador principal, pois surge um medo excessivo pela possibilidade de não voltarem. Isso é conhecido como ansiedade de separação ou hiperapego, um distúrbio comportamental que afeta tanto o cachorro quanto os pequenos em casa.

O problema desse transtorno é que ele gera outros comportamentos conflitantes na convivência. Por isso, é importante tratá-lo a tempo para evitar problemas comportamentais mais graves. Continue lendo para descobrir o que é ansiedade de separação e como você pode combatê-la.

A ansiedade é ruim?

Para começar, a ansiedade por si só nada mais é do que um estado de alerta diante de algum sinal de perigo. Não deve representar um problema, pois é uma reação natural do corpo. Esse mecanismo de autopreservação é chamado de sistema de "lutar ou fugir" e está presente tanto em animais quanto em humanos.

O problema aparece quando o corpo detecta como "perigosa" alguma situação que é inofensiva. Por exemplo, sair, conhecer pessoas ou contato físico. Nestes casos, o corpo sofre de esforço excessivo e tensão geral, o que pode afetar a saúde do animal se aparecer de forma recorrente (crônica).

O que é ansiedade de separação em cães?

Seu animal de estimação uivou assim que você chegou em casa ou destruiu tudo se deixado sozinho? Você pode estar sofrendo de um problema de comportamento chamado ansiedade de separação.

A ansiedade de separação é um estado de estresse, medo, ansiedade e depressão que um animal de estimação sofre quando deixado sozinho ou separado de seu cuidador principal. Isso não é tão raro, pois é normal que ajam dessa forma quando quem consideram o alfa sai de casa, independentemente de haver outros membros do núcleo familiar.

Essa patologia afeta as atitudes do pet, todas relacionadas ao estresse. Alguns são perda do treinamento do toalete, latidos excessivos quando deixados sozinhos, atividades destrutivas ou ansiedade ao detectar a partida do cuidador.

Desenvolve-se devido a um alto grau de dependência do cuidador, embora também ocorra quando o animal apresenta baixa autoconfiança. Esse tipo de dependência acaba afetando demais a saúde psicológica do cão, por isso é melhor dar um jeito de aliviar a ansiedade que é gerada quando você não está por perto.

Causas possíveis

Não se sabe com certeza quais fatores influenciam um animal de estimação a desenvolver um apego excessivo ao seu cuidador, porém, elementos como: parecem influenciar

  • Desmame muito jovem.
  • Fatores genéticos.
  • A corrida.
  • Abuso ou negligência anterior.
  • F alta de socialização.
  • Superproteção dos tutores (humanização).
  • Mudanças drásticas em seus hábitos (mudança).

Parece haver uma relação entre a ausência de um processo denominado "desapego primário" (que é a fase em que a mãe obriga o filhote a ficar mais tempo sozinho) e o desenvolvimento de ansiedade de separação dos donos.

Em geral, filhotes que passam menos tempo com a mãe tendem a desenvolver personalidades mais independentes. Além disso, eles são mais autoconfiantes do que aqueles filhotes que nunca tiveram espaço para ficar sozinhos.

Sintomas de ansiedade de separação

Uma forma de mostrar que seu cachorro está começando a sofrer de ansiedade é quando ele fica superexcitado quando você chega em casa (pula em cima de você, urina). Alguns outros sinais de que seu cachorro está sofrendo de ansiedade de separação são:

  • Comportamentos destrutivos: morde e destrói objetos da casa (portas, sapatos, roupas). Tenha em mente que isso não é uma forma de vingança contra o abandono, mas que suas emoções descontroladas favorecem essa atitude.
  • Latidos excessivos: antes de sair de casa ou ao voltar.
  • O banheiro é feito em locais inapropriados: dentro de casa, na cama, na sala, etc.
  • Automutilação: É raro. Consiste em lamber, morder e arranhar o próprio corpo em excesso, produto do estresse crônico que sofre.
  • Depressão: apatia à maioria dos estímulos.

Assim que você detectar esses sinais de alerta, consulte um etologista canino imediatamente para ajudá-lo a resolvê-lo. A ansiedade de separação do cão geralmente piora com o tempo, então não ignore os sinais.

O que pode ser feito para prevenir a ansiedade?

Se você detectar que seu cachorro realmente tem ansiedade de separação, a melhor coisa que você pode fazer é cansá-lo. Assim você ficará quieto por mais tempo. Leve-o para passear antes de sair, isso será muito útil.

Além disso, recompense-o quando você chegar em casa e ele não tiver causado bagunça ou pulado em você. Isso vai gerar consciência nele sobre o comportamento dele quando você não estiver por perto. Ignore-o também se ele ficar muito entusiasmado quando você chegar em casa, porque ao mimá-lo ou tentar acalmá-lo, você está sinalizando para ele que a ansiedade é um estado de espírito aceitável e que ele será recompensado com atenção por isso.

Espere até que ele esteja calmo antes de cumprimentá-lo, assim você não ficará muito animado toda vez que voltar para casa. O cachorro deve aprender a passar um tempo sozinho e é algo que você tem como responsabilidade. É melhor fazê-lo gradualmente. Portanto, não o deixe sozinho por muito tempo logo de cara.

Se você deixá-lo por curtos períodos de tempo e aumentar gradualmente o tempo, evitará que um tempo prolongado de solidão gere traumas que levem a um problema de comportamento mais sério. Dessa forma, o cão entenderá que quando você sair, mesmo que demore um pouco, você voltará, sem que isso represente uma situação estressante para ele.

Para combater a ansiedade de separação

A ansiedade de separação se manifesta com intensidade diferente dependendo do cão. Da mesma forma, as situações em que ocorre variam. Por exemplo, alguns animais de estimação permanecem calmos durante a ausência do dono durante a manhã e a tarde, mas não suportam ficar sozinhos à noite.

Outros desenvolvem ansiedade após passar longos períodos em companhia, por exemplo, após as férias. Você deve ficar atento às situações que desencadeiam esse comportamento e a intensidade com que seu pet sofre com isso.

Recomendações para reduzir a ansiedade de separação

Os casos mais graves de ansiedade de separação em cães precisam ser tratados diretamente por um etólogo canino ou veterinário. Porém, quando o pet sofre alguns pequenos acontecimentos, é possível aplicar algumas dicas para tentar corrigir seu comportamento. Como por exemplo:

  • Acostume o cachorro com seus sinais de saída: Os cães se sentem mais seguros quando aprendem a identificar os "sinais" de que você vai deixá-los em paz. Para que eles o reconheçam, tente repetir as mesmas ações ou comportamentos antes de sair de casa.
  • Estimula o ambiente: o animal precisa de diversos brinquedos e objetos com os quais possa se distrair enquanto você não está por perto. Isso reduzirá seu estresse e começará a reduzir sua ansiedade.
  • Use óleos essenciais (aromatizantes): existem diversas plantas naturais (lavanda, coco, valeriana) que produzem odores relaxantes tanto para pets quanto para humanos. Isso pode ajudar a reduzir a ansiedade e facilitar a dessensibilização do cão.

Antes de aplicar qualquer uma dessas estratégias, tente determinar a causa da ansiedade, pois as pessoas costumam confundir ansiedade de separação com tédio. Se um cachorro age normalmente, mas depois de onze ou doze horas sozinho começa a arranhar as portas ou uivar, provavelmente está entediado.

Tratamentos sob diagnóstico veterinário

Quando o tratamento etológico não é suficiente, o veterinário pode sugerir combinar sua terapia com o uso de diferentes medicamentos. Entre os quais estão:

  • Psicofarmacêuticos: formulados para reduzir drasticamente a reatividade e a ansiedade do cão.
  • Feromônios: "aromas" que contém alguns compostos voláteis que relaxam o pet.

Lembre-se que um diagnóstico correto é fundamental, por isso não hesite em procurar um profissional em comportamento canino. Especialmente se for um caso de ansiedade severa, pois a vida de seu animal de estimação ou a integridade de sua família pode estar em risco. Cuide dele e proteja-o como ele merece, mas sempre sob a orientação de um especialista.

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