Remédios fitoterápicos para animais de estimação, o que diz a ciência? Meus animais

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Anonim

Acreditamos que quando a saúde do animal é afetada, a melhor solução é ir ao veterinário e aplicar o medicamento prescrito. Sem dúvida, perante patologias graves ou suspeitas, esta será sempre a melhor opção.

Porém, existem outros tratamentos mais naturais e sem efeitos colaterais: remédios fitoterápicos para animais de estimação. Mas o que a ciência diz sobre eles? Aqui mostramos para você.

A confiabilidade do remédio natural

Hoje, terapias como o uso de flores de Bach, homeopatia, acupuntura ou reiki são muito populares. Alguns veterinários aplicam essas terapias em animais de estimação com bons resultados, e outros se recusam a usá-las por f alta de base científica sólida.

Geralmente, remédios fitoterápicos que funcionam para humanos também funcionam para animais de estimação, dependendo da doença a ser curada. Isso, é claro, só se aplica a mamíferos.

De qualquer forma, sempre será necessário verificar primeiro se aquela planta é adequada para o pet de acordo com a espécie. Você tem que primeiro se certificar se é tóxico ou não para o animal, e depois descobrir a concentração necessária da planta no remédio para cada caso.

Nos remédios fitoterápicos, também conhecidos como fitoterapia, o principal medicamento é a planta. A maioria dos medicamentos para humanos e animais é preparada a partir dos princípios ativos das plantas. Então, por que remédios à base de ervas não teriam o mesmo efeito curativo em animais de estimação?

Na verdade, animais que vivem em liberdade buscam em seu ambiente plantas que possam curá-los, chamando essa ação de “farmacognose”.

Mesmo a maioria dos veterinários prescreve xarope de tomilho para seus pacientes caninos quando estão resfriados. E todos nós que já usamos vimos como nosso cachorro começou a ter uma tosse mais solta e sua melhora.

Mesmo assim, apesar das boas experiências, há certos debates a esclarecer sobre o assunto.

O que a ciência diz sobre remédios fitoterápicos para animais de estimação?

Quando se trata do uso direto de plantas, a ciência geralmente concorda. Basta saber se a planta a ser aplicada é tóxica ou não para a espécie animal a ser curada, e qual a concentração adequada dela.

Neste caso, o fitoterápico será tomado pelo animal na forma de infusão ou tintura com a quantidade de planta indicada pelo veterinário. Às vezes, podemos encontrar preparações comerciais para uso veterinário, como o xarope de tomilho de que já falamos.

Até agora tudo bem. Mas e a homeopatia e os florais de Bach? Em ambos os casos são utilizadas plantas, mas não estão presentes da mesma forma que numa infusão. Outra característica dessas terapias é que elas visam curar uma doença física causada por um problema mental ou emocional.

Flores de Bach

Bach florais são um conjunto de 38 preparações feitas de flores que crescem no Reino Unido. Segundo o britânico Edward Bach, possuem propriedades curativas contra problemas como ansiedade, impaciência, medo, angústia ou intolerância, entre outros.

As flores maduras de espécies específicas são colhidas e maceradas em água e aguardente. Os princípios ativos dessas plantas são muito diluídos no produto final, e ao se fazer uma análise química eles são pouco representados no líquido.

É aqui que a ciência começa a duvidar da eficácia dessa terapia. Se o princípio ativo não for encontrado no preparado fitoterápico, o que ele cura?

Muitos cientistas afirmam que caso as plantas utilizadas tenham algum benefício terapêutico, este se perde nas diluições. Demasiada água origina uma concentração mínima do ingrediente ativo.

Na frente desse grupo estão os opositores: cientistas e veterinários que afirmam os bons resultados dessa terapia alternativa em animais. Muitos falam sobre sua recente implantação em países como a Suíça, e sobre a quantidade de artigos científicos confiáveis que apóiam o bom funcionamento dessa fitoterapia em animais de estimação.

Eles também acham positivo o efeito sinérgico ao usar diferentes plantas para o mesmo problema de saúde.

Homeopatia

A forma de obtenção dos preparados homeopáticos é semelhante à dos florais de Bach. As plantas indicadas para a cura da doença são colhidas e feitas as diluições.

Na homeopatia as diluições são maiores que no caso anterior, gerando ainda mais polêmica no comitê científico. Nesse caso, as moléculas do princípio ativo da planta escolhida são quase inexistentes na diluição.

A homeopatia vem da medicina chinesa e é baseada na memória da água. A planta esteve em contato com a água de diluição, e embora a molécula quase não exista mais, a água lembra como a molécula do princípio ativo tem que agir para cicatrizar.

Seu princípio de ação também é o mesmo, curar problemas emocionais para curar a condição física que se manifesta no corpo do animal de estimação. E, da mesma forma que no caso anterior, há cientistas e veterinários que aprovam, e outros que jogam fora qualquer ideia de cura de doenças em animais de estimação com a homeopatia.

No entanto, a homeopatia teve um grande boom em animais de fazenda. Muitos antibióticos são administrados a esses animais para prevenir a infecção e, em muitos casos, as bactérias tornam-se resistentes a esses medicamentos, além de passarem para a cadeia alimentar humana.

Portanto, métodos alternativos de cura são cada vez mais procurados.

Um debate não resolvido

Nestas duas terapias que utilizam fitoterápicos em animais de estimação, é o veterinário quem examina o animal e individualiza seu problema de saúde junto com o relato de seu cuidador, enquanto realiza um exame físico completo para chegar a um diagnóstico preciso.

Em animais de fazenda, o problema é individualizado com base nos sintomas manifestados pelos integrantes do grupo.

Como você pôde ler, o uso de plantas medicinais como infusão ou tintura em animais de estimação é aprovado pela ciência, enquanto nas terapias baseadas em diluições de concentração muito baixa, as pesquisas continuam devido à sua confiabilidade duvidosa.