Como é feita a ausculta cardíaca em pets?

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Anonim

Pets também sofrem de problemas cardíacos. Como no nosso caso, uma ausculta cardíaca é a única forma de determinar a saúde do seu coração. É assim que você sabe se há algum problema com ele.

Muitos se perguntam como é realizada a ausculta cardíaca em pets. Lembre-se de que eles não têm a capacidade de entender quando inspirar ou expirar profundamente. Por isso, contamos aqui tudo o que você precisa saber sobre esse assunto.

Ausculta cardíaca em animais

Quando um animal chega a uma clínica veterinária por se sentir mal e apresentar sintomas como tosse, taquipneia, intolerância a exercícios ou respiração incorreta, o veterinário determinará a necessidade de ausculta cardíaca para o(s) animal(is).

Antes, será examinado que tipo de histórico médico o paciente tem, caso haja algum caso de que ele tenha algo congênito ou hereditário em relação ao coração. Após a coleta das evidências, este exame é obrigatório.

A ausculta cardíaca em animais de estimação é composta por várias etapas, sendo a última a mais confiável e que não necessita ser contrastada:

  • Inspeção. O animal é examinado, observando e tentando detectar qualquer anomalia que indique que pode haver algo errado.
  • Palpação. Por meio do tato, o animal é tocado e palpado caso haja caroço, inchaço ou outro sinal que possa denotar alguma anormalidade.
  • Percussão. Batendo com dois dedos em diferentes áreas do corpo, é possível saber pelos sons percussivos que ele emitirá se está tudo em ordem ou não.
  • Auscultação. Isso é realizado como a última etapa e é feito usando um estetoscópio, que detectará sons ou movimentos anormais.

Para que serve a ausculta cardíaca

Em hipótese alguma a ausculta pode servir como método diagnóstico definitivo, pois vários fatores estão envolvidos na percepção auditiva do coração. Portanto, esse processo é visto mais como uma ferramenta que ajuda a direcionar o diagnóstico no caminho certo.

Ou seja, pode detectar sinais de problemas cardíacos, mas estes precisam ser confirmados por outros métodos diagnósticos antes de iniciar o tratamento.

Normalmente, o coração do animal precisa ser verificado quanto à funcionalidade total, o que é feito ouvindo várias áreas da cavidade torácica. Estas são chamadas de áreas de auscultação e são as seguintes:

  • Mitral. Entre as costelas 5 e 7.
  • Pulmonar. Entre as costelas 3 e 5.
  • Aortic. Entre as costelas 2 e 5 (depende da espécie).
  • Tricúspide. Entre a 4ª e a 5ª costela.

Como esse processo é baseado no uso da audição para detectar anomalias, é necessário manter um ambiente calmo, isolado e o mais silencioso possível. Da mesma forma, os animais de estimação precisam estar parados durante todo o processo, pois só assim é possível atingir todas as áreas necessárias para a ausculta cardíaca.

Como é possível ouvir os batimentos cardíacos dos pets

O batimento cardíaco é um movimento mecânico que transmite uma certa quantidade de ruídos (vibrações) através das substâncias líquidas e sólidas do corpo. Portanto, ao aproximar elementos como o estetoscópio, essas vibrações podem ser recebidas e amplificadas para que os ouvidos do especialista possam percebê-las.

Claro, caso haja um fluido estranho ou uma obstrução perto do coração, as vibrações serão afetadas. É apenas essa pequena modificação que o veterinário procura detectar, pois indica que tipo de problema existe com o batimento cardíaco.

Como é realizada a ausculta cardíaca em animais

Durante a ausculta, os veterinários tentam ouvir vários sons em busca de alguma anormalidade. No entanto, a eficácia desse procedimento também está intimamente ligada ao preparo do profissional, uma vez que vários desses sons cardíacos só são perceptíveis com treinamento específico. Alguns dos sons que se pretende avaliar são:

  • S1: corresponde ao fechamento das válvulas mitral e tricúspide. É melhor ouvido em áreas de auscultação com o mesmo nome. A alteração de seu som ou do ritmo com que é ouvido pode indicar algum problema de saúde.
  • S2: corresponde ao fechamento das válvulas pulmonar e aórtica. Da mesma forma, eles são mais bem ouvidos nas áreas de auscultação que levam seu nome. É um som relativamente forte e breve, embora várias patologias possam alterá-lo.
  • S3: Soa como um galope e a intensidade depende da situação clínica do paciente.É produzido quando o fluxo sanguíneo atinge as paredes ventriculares. Não é normal e costuma indicar casos de anemia, hipertireoidismo, febre, medo, estresse, insuficiência cardíaca, entre outras patologias.
  • S4: É difícil de ouvir e apenas alguns profissionais conseguem detectá-lo com sucesso. Sua presença pode sugerir a presença de hipertensão pulmonar, estenose valvar pulmonar, hipertensão sistêmica, regurgitação mitral ou cardiomiopatias primárias.

Quais problemas são detectados pela ausculta cardíaca

Estetoscópios podem detectar sons anormais que são sinais de várias doenças, como:

  • Blow. Embora isso aconteça com centenas de animais e pessoas, não deve ser minimizado, pois pode ser um sinal ou agravar alguma outra anomalia. No entanto, há momentos em que o animal está obeso, nervoso ou ofegante, o som que denota um murmúrio pode não ser observado.
  • Parece ausente. Pode acontecer que haja sons necessários que não são emitidos. Isso pode ser detectado graças à ausculta cardíaca. É importante identificá-los, pois podem denotar: derrame pericárdico, derrame plural ou obesidade excessiva.
  • Sons anormais. Quando os sons são mais rápidos que o normal, como galopes (S3), apresentam alterações no coração que devem ser tratadas.
  • Arritmias. É definida como um distúrbio no batimento cardíaco normal. Estes vêm de problemas na condução elétrica do coração. Através da ausculta cardíaca podem ser percebidas variações na frequência e ritmos cardíacos.

Este não é um teste com o qual o animal se sentirá confortável, então nossa presença e palavras de amor podem ajudá-lo a se acalmar. Eles também diminuirão a chance de errar, já que apenas a condição cardíaca do animal será ouvida.

Como saber se meu pet precisa de ausculta cardíaca

Observar nosso animal de estimação é a chave para perceber se algo está errado. Não devemos pensar que algo anormal que nosso cão faz ou algo que vemos não seja importante. Qualquer pequeno sinal diferente do habitual pode nos dizer que algo está errado.

Não importa se é uma tosse, um movimento estranho ou qualquer outra coisa, por menor que nos pareça. Portanto, é melhor levar nosso animal de estimação ao veterinário, que determinará que tipo de exames fazer. Se mais tarde não for nada, muito melhor, mas caso contrário, você sempre terá agido na hora.

Lembre-se sempre que seu animal de estimação depende de você e, portanto, sua saúde e vida também estão em suas mãos. Não queremos dizer que qualquer pequeno sinal levará seu parceiro à morte, mas às vezes as coisas que damos menos importância acabam sendo as mais importantes.Portanto, não demore e aja rapidamente, o veterinário decidirá o que fazer.