Penas do mar: características, habitat e alimentação

No mar tem bichos que parecem tudo menos isso, bichos. É o caso das penas marinhas, organismos coloniais que pertencem à orla dos cnidários, como corais, águas-vivas ou anêmonas-do-mar.

Seu nome vem de sua aparência, semelhante à de uma pena, já que os pólipos se instalam ao redor de um corpo central ou raque. Vamos ver sua biologia por completo, para que você conheça melhor esses fascinantes organismos. Não perca nada.

Taxonomia e características

Os currais, além da orla Cnidaria, pertencem à subclasse Octocorallia e à ordem Pennatulacea. Existem 15 famílias dentro desta ordem, mas sua taxonomia está em constante discussão para uma classificação definitiva.

É um organismo colonial, ou seja, é um grupo de seres vivos (neste caso, pólipos) ao invés de apenas um. Assim, há um pólipo axial primário, que se ancora ao substrato e atua como raque. O restante dos pólipos consecutivos, chamados de secundários, estão alojados nele.

Embora sejam chamadas de canetas marinhas, as variações entre as espécies, assim como os tamanhos, variam muito. Alguns têm um arranjo mais parecido com uma flor e outros têm formato tubular, por exemplo.

Cada pólipo, por sua vez, é composto por 8 tentáculos. Esses tentáculos envolvem a boca, pois são os encarregados de capturar a presa e fazê-la entrar na abertura. Esses pólipos secundários também são responsáveis por alimentar o primário.

Habitat das Penas do Mar

As penas do mar são cosmopolitas, ou seja, são encontradas em todos os mares e oceanos do mundo, e também em qualquer profundidade. Diferentes espécies adaptam-se individualmente ao habitat que ocupam, dando origem a uma diversidade incrível.

Espécies de cercados marinhos foram encontradas em áreas com mais de 6.000 metros de profundidade.

Também são capazes de aderir a um grande catálogo de substratos. Areia, lama, entulho, pedras e um longo etc. Depende muito das características do pedúnculo, pois em algumas espécies existem ventosas que os ajudam a se fixar em superfícies difíceis.

Comida

Ao contrário de parentes como anêmonas e águas-vivas, esses animais são sésseis, o que significa que não possuem meios de locomoção (como muitos animais bentônicos, como as esponjas do mar). Portanto, dependem das correntes oceânicas para se alimentar e se movimentar.

Estes são alimentadores de filtro de plâncton, que coletam esse alimento à medida que as correntes oceânicas passam por eles. Os pólipos têm algum controle motor que facilita a passagem de água entre eles, de modo que eles pegam mais plâncton e o direcionam para a boca.

Reprodução de penas do mar

Sendo organismos cuja variedade é tão alta, tanto a reprodução sexuada quanto assexuada é encontrada neles. Vamos vê-los separadamente abaixo:

  • Reprodução assexuada: no caso das penas marinhas, a estratégia assexuada consiste na brotação, na qual é criado um broto que posteriormente se tornará um indivíduo independente e separado da colônia.
  • Reprodução sexuada: por meio da liberação dos gametas feminino e masculino, que se encontram e dão origem a uma larva. Essa larva, chamada planula, é capaz de se movimentar até encontrar um local ideal para se instalar. Eles geralmente não se afastam muito da colônia mãe.

Curiosidades sobre esses organismos

Para finalizar, tem algumas curiosidades que com certeza você vai gostar de saber sobre as penas do mar, pois são organismos fascinantes. Fique de olho:

  • Possuem sistema digestivo completo: ao contrário das anêmonas, por exemplo, ingerem o alimento pela boca e o expelem por uma cloaca.
  • Seu tecido vivo é formado por 3 camadas: a epiderme, a mesogléia e a gastroderme.
  • Algumas espécies conseguem se retirar e se esconder na areia para evitar predadores. Para isso, expelem em alta velocidade a água residual que possuem em seus corpos.
  • Outras espécies são bioluminescentes: acredita-se que o objetivo desse recurso seja confundir predadores com shows de luzes.
  • Não possuem brânquias nem pulmões: a respiração nesses organismos ocorre por difusão, ou seja, as trocas gasosas ocorrem diretamente entre os alvéolos e os capilares.
  • Seu sistema nervoso é muito simples: é uma única rede de células nervosas localizadas longitudinalmente ao longo da coluna vertebral. Portanto, sua resposta aos estímulos é muito lenta.
  • São animais muito primitivos: acredita-se que possam ter surgido na época Ediacara, há mais de 600 milhões de anos, embora os fósseis mais antigos datam do Cambriano, há mais de 450 milhões de anos.

Você conhecia esses organismos coloniais dos oceanos? Apesar de habitarem nosso planeta por tanto tempo, as penas do mar permanecem amplamente desconhecidas de nossa espécie. O que mais restará a ser descoberto?

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