Costa Rica se torna o primeiro país do mundo a fechar zoológicos e proibir a caça esportiva

Costa Rica não é um país muito grande, com muita extensão, mas compensa com grande biodiversidade. Suas florestas, riquíssimas em flora e fauna, abrigam mais de 500.000 organismos que representam quase 5% de todas as espécies catalogadas do planeta Terra. Porém, para cuidar dos animais, lançaram a proibição da caça e o fechamento dos zoológicos, medidas muito rígidas que se tornam um exemplo.

A mudança era possível. Havia muitos animais enjaulados em diferentes zoológicos do país. Mas o governo anunciou planos e projetos para fechar os zoológicos, libertando os animais de seu cativeiro.Um exemplo claro de seres que sofrem esse cativeiro é o urso polar, que habitou um zoológico em Mendoza em condições precárias.

O momento em que os zoológicos fecharam

Os fechamentos começaram após o término do contrato do governo com a organização que opera os zoológicos. As instalações que abrigavam animais em cativeiro, o Zoológico Simón Bolívar e o Centro de Conservação Santa Ana, foram transformadas em parques e jardins urbanos onde certos animais circulam livremente.

Em relação às aves, mamíferos, répteis e insetos que estavam nos zoológicos, o governo acolheu propostas para encontrar locais adequados. A grande maioria desses animais agora vive nas extensas reservas florestais do país, com os menos adequados para soltura em santuários de vida selvagem e centros de resgate.

Esta decisão do governo foi acompanhada de legislação apropriada para proteger os animais de uma vida em cativeiro.

Embora o fechamento de zoológicos e animais em cativeiro tenha sido aplaudido por alguns e rejeitado por outros, a conscientização dos cidadãos para proteger a vida dos animais aumentou, e continua a fazê-lo em outras áreas do mundo. Por exemplo, a Índia proibiu a exploração de golfinhos, juntando-se à Costa Rica, Hungria e Chile. Nos Estados Unidos, a manutenção de chimpanzés em cativeiro era limitada.

Conversão de espaços e mais vida

Essas decisões do Congresso da Costa Rica foram adotadas por unanimidade e vêm proteger a vida selvagem em todo o país, incluindo várias espécies de grandes felinos cuja sobrevivência está ameaçada. Qualquer caçador que violar esta lei pode enfrentar pena de prisão e multas pesadas.

O plano previa a reconversão das instalações dos zoológicos Simón Bolívar e do Centro de Conservação Santa Ana, que abrigavam animais em cativeiro, mas que, após reformas, viraram parques urbanos e jardins livres de crueldade animal .

Caçadores de todo o mundo foram para a Costa Rica com o objetivo de caçar onças, onças-pardas e papagaios, entre outros animais. Em alguns casos, caçavam apenas por esporte, em outros, para capturar os filhotes e vendê-los como animais de estimação no mercado negro. Sem dúvida, as decisões desferiram um duro golpe em suas atividades.

Iniciativa popular que vira exemplo

A proteção legal, que aconteceu a partir de 2014, nasceu da iniciativa dos habitantes da Costa Rica, que há muito se mobilizam para cuidar de seus animais nativos. Em campanha recente, cerca de 200 mil assinaturas chegaram ao Congresso Nacional. Após essas reformas legislativas, os infratores enfrentarão até quatro meses de prisão e multas de até US$ 3.000.

Os esforços ecológicos do país se tornaram um de seus emblemas mais importantes em todo o mundo. Animais em cativeiro e em perigo de caça foram protagonistas nessa busca pela proteção da vida.

Panorama atual, animais em extinção

Atualmente, a cada ano aumenta o número de animais em perigo de extinção, e muitas dessas espécies estão desaparecendo como resultado das mudanças climáticas, construção e caça. Fins econômicos e caça esportiva são os principais culpados.

Esses avanços na Costa Rica representam um progresso único e exemplar no que diz respeito às políticas de proteção ambiental. Nesse sentido, na América Latina estão sendo tomadas algumas medidas voltadas para a proteção da biodiversidade e da riqueza animal que estão aumentando.

As autoridades costarriquenhas garantiram o atendimento adequado a todos os animais que habitam esses espaços transformados, especialmente no caso daqueles que sempre estiveram em cativeiro, e para isso iniciaram a criação de refúgios de vida selvagem e centros de resgate com a finalidade de preservar e reabilitar a fauna nativa, sem exibição pública ou exposição a ansiedade e estresse para os animais.

Aplaudimos iniciativas como esta que celebram a vida longe do abuso.

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