A anestesia é a aplicação de medicamentos para evitar a sensação de dor. Esse procedimento é utilizado para a realização de diversas operações cirúrgicas em animais domésticos, para imobilização de animais agressivos e até mesmo para realização de exames como radiografias e endoscopias.
A aplicação da anestesia é diferente para cada animal. Depende de fatores como espécie, idade, peso, tamanho, raça e patologias pré-existentes.
Antes da anestesia
Antes de aplicar qualquer tipo de medicamento no animal, uma série de procedimentos é realizada para escolher o tipo de protocolo a ser utilizado; também, você tem que certifique-se de que o corpo do animal está em ótimas condições. Lembre-se de que há animais que não devem ser anestesiados.
Para obter as informações necessárias antes da anestesia, são realizados os seguintes procedimentos:
- Um exame de sangue completo
- Um eletrocardiograma
- Um exame físico completo e detalhado
Tipos de anestesia para animais de estimação
Existem basicamente dois tipos de anestesia em animais:
Anestesia local
Os anestésicos locais são substâncias que, quando aplicadas no tecido nervoso em concentrações adequadas, aliviam a dor. É a anestesia que menos se usa.
Este efeito calmante é alcançado bloqueando a entrega de um impulso nervoso sensível do receptor para o córtex cerebral.Aplica-se a uma área específica e é usado em procedimentos e operações locais.
As substâncias que constituem a anestesia local passam primeiro para a corrente sanguínea e, após um período de tempo, são completamente eliminadas. Eles não influenciam a consciência, ao contrário da anestesia geral.
A ação dessa anestesia é temporária, embora possa haver alguns riscos.Alguns de seus fatores de risco São eles: idade, estado ácido-básico, hepatite ou cirrose e desnutrição.
Anestesia geral
Este tipo de anestesia é o mais utilizado e seus efeitos são descritos nos pilares da anestesia geral. As consequências são:
- Hipnose: é o "sonho", a perda de consciência.
- Analgesia: é a perda de sensibilidade. Não permita que nenhuma dor seja sentida.
- Relaxamento muscular: consiste na perda de mobilidade.
- Perda de reflexos: é a perda de movimentos involuntários.
- Amnésia: o animal não se lembrará da operação.
Deve-se notar que esse tipo de anestesia é aplicado com o estômago vazio e que quanto mais doloroso o procedimento, mais anestesia é necessária.. Esta anestesia permite um ótimo trabalho do veterinário; se o animal mover ou morder os instrumentos, o especialista não terá a tranquilidade necessária para operar com precisão.
A anestesia geral é usada para intervenções de certa importância, como castração ou esterilização, fraturas, cirurgias de emergência, curas de feridas graves e até mesmo de problemas dentários, já que esse tipo de anestesia protege as vias aéreas.
Em geral, os riscos da anestesia para animais de estimação são baixos; entretanto, em alguns casos, esses riscos devem ser considerados se forem maiores do que os benefícios que a intervenção cirúrgica irá produzir.
Estágios da anestesia geral em animais
Fase 1: pré-medicação
Consiste na aplicação de drogas para relaxar a musculatura do animal e para que ele não sinta dor. Começa com esse medicamento, para que o animal se acalme e diminua o estresse. Também permite que as doses subsequentes da medicação sejam mais baixas e ajuda a ser mais suave na fase de recuperação.
Fase 2: indução à anestesia
Nessa etapa, é introduzido um cateter que será mantido durante todo o procedimento e que permite a aplicação do medicamento por via venosa. Nesta fase, o animal adormece completamente, que facilita a intubação endotraqueal, por meio da qual gases anestésicos e oxigênio são aplicados.
Também geralmente é aplicada uma máscara que vaporiza os gases gerados; Esta máscara é transparente, para que as vias aéreas permaneçam visíveis.
Fase 3: manutenção
Nesta fase, é onde é realizada a intervenção cirúrgica, o momento mais importante. Os gases anestésicos e o oxigênio continuarão a vaporizar durante a operação, pois são eles que mantêm o animal dormindo.
Fase 4: recuperação
A fase final servirá para interromper a vaporização dos gases anestésicos e apenas continuar a aplicação de oxigênio. O tubo endotraqueal é retirado com cuidado e espera até que o animal desperte; lembre-se que não é aconselhável deixar o animal sozinho, pois ele deve ser vigiado o tempo todo.