O dodô: a história de um pássaro extinto

Mais foi escrito sobre o dodô (Raphus cucullatus) do que em qualquer outra ave do mundo. Infelizmente, muitos dos dados que sobreviveram até hoje vêm de lendas e ilustrações que, embora espetaculares, levaram a erros sobre o que esse animal realmente era e como sua extinção ocorreu.

A aparência física do dodô

O dodô era um columbiforme que não voava - como os pombos - endêmico nas Ilhas Maurício, no Oceano Índico. Apenas restos de esqueletos, desenhos e histórias foram encontrados dele.

Pelos dados coletados, os pesquisadores acreditam que se tratava de uma ave grande e pesada: eles podem atingir um metro de altura e pesar entre 13 e 25 quilos. Seus fêmures, tíbias e tarsos eram longos, então os dodôs deveriam ter pernas muito musculosas. Por outro lado, os ossos das asas mostram que esses membros foram bastante reduzidos, por isso não podiam voar.

Os restos do esqueleto também mostram que o dodô tinha um bico grande, com cerca de 20 centímetros de comprimento. A sua forma revela que se tratava de uma ave essencialmente granívora - alimentava-se de grandes sementes e frutos. É muito provável que sua comida favorita fossem as sementes da árvore tambalacoque (Sideroxylon grandiflorum).

Um estudo publicado no Zoological Journal of the Linnean Society mostrou que os dodôs tinham um bulbo olfatório altamente desenvolvido. Como consequência, agora sabemos que os dodôs tinham um olfato extremamente desenvolvido e isso provavelmente os ajudou a encontrar sementes enterradas profundamente no solo, que desenterraram com suas pernas fortes.

Como e por que o dodô foi extinto?

Os humanos demoraram menos de 100 anos para matar o dodô. Desde a sua chegada à ilha no século 16, os humanos caçaram esta e outras aves que naturalmente não tinham predadores. Portanto, eles também não tinham meios para se defender.

Parece que o dodô era um pássaro muito domesticado, facilmente capturado e não mostrava medo aos novos colonizadores da ilha. Por causa disso, os marinheiros caçavam dodôs facilmente, o que levou à sua extinção.

O último avistamento confiável registrado foi em 1662. Mais tarde, outros relatos podem referir-se a um pássaro semelhante e confundido com o dodô, o trilho vermelho (Aphanapteryx bonasia) Apesar disso, as técnicas estatísticas para prever a probabilidade de uma espécie se extinguir, publicadas na revista Ciência, indicam que é muito provável que o dodô tenha resistido até o ano de 1690.

Outros pássaros na mesma situação

O dodô não é o único pássaro incapaz de voar extinto por causas humanas. Na verdade, a lista de pássaros que desapareceram da Terra em períodos de menos de um século, desde que cruzaram o caminho do homem, é de mais de cem. A seguir, mostramos uma pequena série de exemplos de algumas das aves já extintas devido às mesmas causas do dodô.

  • Trilho vermelho (Aphanapteryx bonasia)
  • Pássaro elefanteAepyornis maximus)
  • Moa Gigante da Ilha do Sul (Dinornis robustus)
  • Moa costeira (Euryapteryx curtus)
  • Kiwi comum (Apteryx australis)
  • King Island Emu (Dromaius novaehollandiae ater)
  • Ilha Kangaroo Emu (Dromaius Baudinianus)
  • Avestruz árabe (Struthio camelus syriacus)
  • Pato-real da Ilha de Amsterdã (Anas marecula)
  • North Island Goose (Cnemiornis gracilis)
  • Alca Gigante (Pinguinus impennis)
  • North Island Aptornis (Aptornis otidiformis)
  • Hawkins rail (Diaphorapteryx hawkinsi)
  • Swamphen de Santa Helena (Aphanocrex podarces)

A extinção de espécies não é prejudicial apenas ao organismo envolvido. Cada espécie desempenha um papel fundamental na ecologia global, por menor que seja. As consequências de tantas extinções podem afetar todos e cada um dos seres que habitam o planeta.

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