Os curativos mais úteis na clínica de pássaros

Os curativos são uma prática comum na clínica veterinária. Especificamente, no tratamento de aves, a utilização desse procedimento terapêutico deve ser feito com especial cuidado, uma vez que existe a possibilidade de desativar sua capacidade de voo para sempre. Se você estiver interessado em saber quais são os curativos mais úteis na clínica de pássaros, continue lendo.

A arte de enfaixar na clínica de pássaros

Um bom curativo deve ser sempre colocado de maneira confortável. Deve ser segurado com firmeza, mas não apertado, sob qualquer conceito. E deve ser posicionado de forma a evitar dores ou sofrimentos desnecessários nos tecidos afetados.

A maior conquista de um curativo será fornecer proteção e suporte à área lesada, sem feri-la.

Com o curativo é possível imobilizar a área afetada, para o qual é necessário evitar movimentos indesejados. Ajuda a proteger as feridas cirúrgicas, é que a sua contaminação é evitada e são mantidas limpas. E evita o ressecamento do tecido, além de proporcionar isolamento térmico.

As bandagens também evitam que os animais se machuquem. No caso das aves, é comum bicadas em cicatrizes ou tecidos necróticos; eles podem até mesmo se auto-mutilar.

Finalmente, as bandagens ajudam a manter curativos ou cateteres no lugar e fornecem pressão localizada para evitar sangramento ou inchaço.

Como uma bandagem é criada?

Uma boa bandagem geralmente consiste em três camadas:

  • UMA primeira camada de curativo, em contato com a ferida. Evita que resseque e promove a cura.
  • UMA segunda camada de bandagens, para "amortecer" a ferida e evitar golpes diretos. Absorve exsudatos, dá suporte e imobiliza a área.
  • UMA terceira camada para segurar o resto e mantê-los fixos. Fornece a pressão necessária para prevenir edema e sangramento.

Antes de enfaixar

Depois de cuidarmos da ferida, providenciaremos os materiais necessários para proceder ao curativo. Com a intenção de minimizar o estresse que iremos gerar para a ave, é melhor ter ajuda durante este processo e execute-o o mais rápido possível.

Durante o curativo

O aperto excessivo não é recomendado. Se forem utilizadas várias camadas, certifique-se de que a camada externa cubra completamente as outras, pois o pássaro tenderá a puxar os fios da bandagem de pano para soltá-la, o que destrói todo o trabalho.

No caso de uma bandagem de membro, deve-se garantir que a posição do membro seja adequada para evitar danos subsequentes às articulações ou músculos.

Depois da bandagem

Recomenda-se monitorar constantemente a condição do curativo e trocá-lo com a freqüência necessária à ferida.

Uma bandagem mal colocada, ou prolongada por mais tempo do que o necessário, pode causar problemas nas articulações e perda permanente do tônus muscular.

Em pássaros, é especialmente perigoso danificar as penas de voo ou o ligamento do patágio. Mesmo assim, na maioria dos casos, a fisioterapia será necessária para que o animal volte a funcionar adequadamente.

Se o animal vai ficar internado por um período de tempo, recomenda-se o uso de algum tipo de material isolante para evitar que o curativo fique manchado ou molhado.

Os curativos mais úteis na clínica de pássaros

  • Bandagem de bola: para superfícies plantares com pododermatite.
Fonte: F Daut E. Embrulhe. Técnicas de enfaixamento para pacientes com vida selvagem. Virgínia: Centro de Vida Selvagem da Virgínia
  • Interdigital: usado para feridas plantares, mas deixa os dedos expostos, permitindo suporte para o membro.
Fonte: F Daut E. Embrulhe. Técnicas de enfaixamento para pacientes com vida selvagem. Virgínia: Centro de Vida Selvagem da Virgínia
  • Robert Jones: para fraturas da parte distal das pernas, danos ao jarrete ou feridas localizadas nessas áreas.
Fonte: F Daut E. Embrulhe. Técnicas de enfaixamento para pacientes com vida selvagem. Virgínia: Centro de Vida Selvagem da Virgínia
  • Bandagem em 8: para fraturas nas asas localizadas além do cotovelo, luxações do cotovelo ou carpo e feridas nessas áreas. Não deve ser usado para fraturas do úmero, a menos que combinado com a bandagem presa ao corpo para evitar o movimento da asa danificada.
Fonte: F Daut E. Embrulhe. Técnicas de enfaixamento para pacientes com vida selvagem. Virgínia: Centro de Vida Selvagem da Virgínia
  • Bandagem da asa ao corpo: Para fraturas e luxações do úmero, ossos da cintura escapular ou para qualquer queda anormal e inexplicável da asa.
Fonte: F Daut E. Embrulhe. Técnicas de enfaixamento para pacientes com vida selvagem. Virgínia: Centro de Vida Selvagem da Virgínia
  • Talas: normalmente indicado para fraturas de patas em aves pequenas, não envolvendo o fêmur.
Fonte: F Daut E. Embrulhe. Técnicas de enfaixamento para pacientes com vida selvagem. Virgínia: Centro de Vida Selvagem da Virgínia

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