Na Espanha, o setor suíno é um dos mais importantes setores da pecuária, tanto em termos de produção como de vendas. Por isso o estudo das doenças que acometem esse gado é tão importante. E entre eles, o complexo respiratório suíno se destaca.
Visão geral do complexo respiratório suíno
Desde o século 20, muitas doenças infecciosas não são mais entendidas como causadas por um único microrganismo, mas sim complexos multifatoriais. Dentro da espécie suína, uma das doenças polimicrobianas mais relevantes é o complexo respiratório suíno. -CRP doravante, onde incluímos:
- O vírus PRRS - Síndrome Reprodutiva e Respiratória Suína -.
- Doença de Auzjesky.
- O vírus Influenza.
- Coronavírus Respiratório Porcino.
- O Circovírus.
- Mycoplasma spp.
- Bordetella spp., Pasteurella spp. …
- Haemophilus spp., Streptococcus spp., Escherichia coli…
Existe uma série de mecanismos patogênicos que favorecem esse tipo de doença, como:
- As sinergias dos diferentes agentes.
- Bloqueando o sistema imunológico.
- Alterações da mucosa respiratória.
- Alterações metabólicas, fisiológicas e físicas.
- A liberação de componentes inflamatórios que aumentam a gravidade da doença.
Descrição do complexo respiratório suíno
Esta doença constitui um dos quadros clínicos mais complexos e com maior impacto negativo na produção de suínos.
É uma patologia muito comum em fazendas intensivas de porcos, embora também ocorra, em menor grau, em extensas propriedades. Provoca perdas econômicas substanciais, decorrentes do atraso na engorda dos animais e das múltiplas necessidades de abate.
Patógenos primários
Dentro da PCR estão os patógenos primários, capazes de alterar os mecanismos de defesa e se estabelecer no hospedeiro suíno. Se eles são os únicos patógenos envolvidos na doença, ela geralmente desaparece em um curto espaço de tempo.
O problema está nas complicações desenvolvidas com a presença de patógenos secundários ou oportunistas. Isso gera perdas econômicas muito mais substanciais.
Patógenos oportunistas
O resto dos patógenos são considerados "oportunistas", porque aproveitam os fatores de virulência dos anteriores para também desencadear uma doença. Dependendo das interações e da complexidade do processo, alguns microrganismos podem se comportar como agentes "primários" ou como "oportunistas". Mas outros estão inequivocamente ligados a uma das duas categorias.
A evolução do complexo respiratório suíno
Durante os últimos 30 anos, ocorreram mudanças substanciais na produção de suínos. Passou da produção extensiva à proliferação de fazendas intensivas com alta densidade de animais. E isso favorece a propagação de doenças respiratórias.
Fatores que favorecem o aparecimento da doença
Em primeiro lugar, a superlotação, juntamente com a ventilação insuficiente, tornam-se um poderoso aliado do estresse. Em segundo lugar, isso é agravado por altos níveis de poeira e amônia, que têm um impacto negativo no sistema respiratório dos suínos.
E em terceiro lugar, outros fatores negativos, como o fluxo constante de animais, com a chegada e saída de indivíduos constantemente, agravando a propagação de doenças. Além disso, a maioria dos patógenos respiratórios são onipresentes e torna-se quase impossível encontrar um lote de animais completamente livres deles.
Momentos críticos para o complexo respiratório suíno
Mesmo quando as condições sanitárias são extremas ao máximo, existem momentos críticos para o surgimento do complexo. Por exemplo, quando a imunidade materna diminui - após o desmame - é mais provável que os leitões sejam infectados. Por sua vez, as doenças podem entrar na fazenda por meio de vetores, novos animais, animais silvestres e até mesmo pelos próprios operadores da fazenda.
Conclusão
Para concluir, a etiologia multifatorial da PCR pode variar, não apenas entre os países, mas entre os diferentes sistemas de produção. E dentro da mesma fazenda, pode variar com o tempo. Portanto, seu estudo é altamente complexo, embora necessário.