Os cachorros choram como os humanos?

É comum nos perguntarmos sobre os sentimentos de nossos bichinhos: os cachorros choram de tristeza? Não há dúvida de que os cães têm a capacidade de sentir várias emoções. Até agora, a ciência demonstrou a capacidade dos cães de sentir alegria, medo, raiva e nojo.

Atualmente, os especialistas não demonstraram a capacidade de exibir emoções mais complexas, como vergonha, orgulho e culpa em cães.

Produção lacrimal em cães

Fora da ciência, aqueles de nós que possuem animais de estimação sabem, sem dúvida, que cães e gatos têm sentimentos reais, tão poderosos quanto os nossos.

Dito isto, deve-se notar que os cães possuem anatomicamente todo o tecido necessário para produzir lágrimas. Semelhante a todos os mamíferos, os olhos de um cão precisam de lágrimas para banhar a superfície para ajudar seus olhos a funcionarem corretamente.

Em cães, os dutos lacrimais drenam o fluido para a área da garganta e nariz em vez de derramar.

Assim, o derramamento de lágrimas não ocorre em resposta a emoções fortes. Em vez disso, os cães derramam lágrimas como uma reação natural aos irritantes em seus olhos. Portanto, se um cachorro parece estar chorando, pode haver algo errado que precisa ser examinado por um veterinário.

Cães não choram no sentido de que derramam lágrimas de emoções, mas seus olhos têm a capacidade de produzir lágrimas quando irritados.

O que significa olhos lacrimejantes no cachorro?

Se virmos cães lacrimejando, devemos ter em mente que isso pode acontecer como resultado de várias condições médicas. O termo médico para lacrimejamento excessivo é 'epífora'; acontece, por exemplo, se os canais lacrimais de um cachorro ficam entupidos e, portanto, lágrimas são derramadas.

O excesso de lágrimas também pode ser resultado de trauma ocular devido ao atrito dos cílios contra o olho do cachorro ou talvez um arranhão na córnea.

Como os cães expressam emoções?

Os cães usam outros meios para expressar suas emoções, como um rabo abanando feliz ou orelhas cortadas e tristes. Alguns cães também têm a incrível habilidade de mostrar rostos tristes.

Como muitos de nós sabemos, os cachorros choram, mas em forma de vocalizações diferentes –com ganidos mais parecidos com pedidos de ajuda– quando são muito pequenos e precisam dos cuidados da mãe. Esse 'choro' também foi demonstrado em ratos bebês.

À medida que os filhotes crescem, eles ainda podem 'chorar' na infância na forma de ganidos. Essas vocalizações aparentemente provaram ser adaptativas e úteis a ponto de serem retidas na vida adulta.

Nos cães adultos, esses gemidos costumam ser direcionados a nós. Não é de surpreender que muitos especialistas em comportamento canino sintam que o ganido dos cães que sofrem de ansiedade de separação imita o choro dos filhotes que se sentem separados de suas mães.

O repertório vocal canino para reclamações

Nos cães, ganir e uivar também pode ter tido uma vantagem evolutiva. Por exemplo, para evitar afastamento dos pais; ou em casos de jogo de ninhada, se um deles jogar muito duro, seu companheiro pode 'chorar' gritando e retirar-se abruptamente do jogo, enquanto o parceiro aprende a recorrer a táticas menos duras em resposta, quando é hora de jogar.

O lado ético de considerar as emoções dos animais

Embora o senso comum deva nos fazer reconhecer que os animais podem pensar, sentir e sofrer, até hoje os cientistas sempre negaram que possamos saber o que os animais estão experimentando.

Isso levou a uma atitude arrogante em relação ao uso de animais, à dor animal e às questões morais que eles levantam. Como resultado, não apenas os animais usados em pesquisas científicas têm sofrido, mas também a própria ciência, porque não prestar atenção suficiente aos sentimentos dos animais pode distorcer os resultados dos experimentos em que são usados.

Felizmente, o aumento da preocupação social com os animais, incluindo o setor científico, pelo menos em algumas partes do mundo, está forçando a ciência a voltar para a visão do senso comum.Para além da ciência, reconhecer o sofrimento animal tem sido fundamental para entender a dimensão do problema do abandono e maus tratos aos animais.

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