Ataque de cão potencialmente perigoso: responsabilidade civil

A convivência entre cães e pessoas é um assunto que sempre gera grandes polêmicas. Frequentemente, ocorrem casos em que um cão potencialmente perigoso atacou um adulto ou uma criança. E, justamente pelas características desses cães, esses ataques geralmente causam ferimentos graves. Por trás disso existe uma responsabilidade civil.

Paralelamente ao direito de posse dos animais, existem as responsabilidades civis e criminais. Conhecer essas responsabilidades melhora a convivência. Quem deseja ter um cão potencialmente perigoso deve saber que está sujeito a uma série de obrigações que deve cumprir.

Ataque por cão potencialmente perigoso: responsabilidade civil

A legislação referente à responsabilidade diante desse tipo de ataque é variada e, por vezes, complexa. Existem muitos tratados, estudos e teses sobre o assunto, alguns deles conflitantes. Isso torna a questão da responsabilidade por um ataque de cão potencialmente perigoso às vezes um tanto ambígua.

O Código Civil é considerado regra básica. Em seu artigo 1.902, prevê ações de indenização por culpa ou negligência do responsável pelo animal. Essa é a base e, com base nela, as interpretações do STF definirão responsabilidade civil, administrativa e criminal.

O artigo 1.905 do Código Civil estabelece o seguinte: “O dono do animal, ou aquele que o utiliza, responde pelos danos causados, ainda que este escape ou se perca. Esta responsabilidade só cessará no caso de o dano decorrer de força maior ou culpa de quem o sofreu.

Os acórdãos do STF estão firmando jurisprudência sobre o tema. Dentre elas, destacam-se as definições de culpa ou negligência. As interpretações atuais do Tribunal Superior são baseadas no risco envolvido em possuir um cão potencialmente perigoso. E o ponto de partida é a presunção de culpa do dono do animal agressor.

Quais são as raças de cães potencialmente perigosas?

Quando se fala em cães perigosos, geralmente se pensa em raças de cães grandes. Mas a verdade é que qualquer cão com certas características anatômicas e fisiológicas, de caráter agressivo, pode ser colocado neste grupo. São cães que devem ser educados com muito cuidado.

O que torna um cachorro agressivo? Existe uma agressividade de natureza genética que faz raças; por outro lado, todo animal se torna agressivo e reage quando se sente ameaçado.Existem também doenças que aumentam a agressividade; portanto, faz parte da responsabilidade ética e cívica do dono cuidar e educar seu cão, seja qual for a raça.

No entanto, quando se trata de lei de responsabilidade civil, todos os regulamentos se referem a oito raças identificadas como perigosas: pit bull terrier, rottweiler, dogo argentino, staffordshire bull terrier, american staffordshire terrier, fila brasileiro, tosa inu, akita inu.

Aqueles que possuem ou usam esses cães devem ter uma licença que comprove que possuem habilidades psicológicas para controlá-los. Não se trata apenas de proteger os donos do animal, ou de outras pessoas, mas também de outros cães.

Seguro de responsabilidade por posse de animal de estimação

Espanha torna obrigatório o seguro de responsabilidade civil para quem está a cargo de um cão potencialmente perigoso.É obrigatório em todo o território nacional. Este seguro não evita ataques nem salva as vítimas, mas cobre a indenização –ou parte dela– que o proprietário deve pagar.

O documento garante o cachorro. Portanto, abrange os problemas que o animal pode causar independente de quem o esteja carregando naquele momento. Também é válido se o cachorro causar dano quando for perdido.

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Trata-se de um seguro muito completo que cobre despesas médicas, psicológicas, medicamentosas, danos materiais, entre outras, sempre para a pessoa afetada pelo ataque. Se o cão sofrer danos, o seguro básico não cobre; Para que o animal seja coberto é necessário um seguro de outro nível.

O que acontece se f altar o seguro de responsabilidade civil? Caso este seguro não tenha sido contratado, estão previstas multas que variam entre os 150 e os 15.000 euros. Um fato interessante é que na Comunidade de Madri e no País Basco, o seguro é obrigatório para todos os cães, não apenas para os designados como potencialmente perigosos.

A convivência exige que os órgãos oficiais regulem as relações entre as pessoas. E, quando as normas são violadas, as sanções devem ser executadas. Responsabilidade é um valor ético acima de tudo.

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