Os oceanos, mares e rios, fonte de vida do planeta, estão sendo atacados por diversas atividades que colocam seus peixes em perigo de extinção. Porém, por serem animais que não despertam tanta empatia quanto outras espécies, muitas vezes são esquecidos quando o assunto é conservação e divulgação.
As maiores fontes de perigo para a vida marinha e fluvial são a sobrepesca, a poluição da água, as mudanças climáticas e o desenvolvimento urbano agressivo nas costas. Neste artigo você pode conhecer várias espécies afetadas por tudo isso. Não perca.
1. Angelfish (Squatina oculata)
Este elasmobrânquio, que espreita no fundo do mar por pequenas presas que passam perto de sua boca, está em estado criticamente ameaçado. A pesca comercial é o principal fator para o seu desaparecimento, já que as redes que varrem o fundo do mar e as capturas acidentais reduziram sua população de forma alarmante nos últimos 50 anos.
2. Peixe-palhaço (Amphiprion ocellaris)
O peixe-palhaço tem um processo reprodutivo complexo e está profundamente ligado aos recifes de corais. Com o aumento da temperatura da água -consequência do aquecimento global- os corais branqueiam e esses peixes acabam morrendo junto.
Este animal se popularizou graças ao filme Procurando Nemo. Nos anos seguintes ao seu lançamento, a população de peixes-palhaço caiu drasticamente, devido a serem capturados como animais de estimação.
3. Tubarão Branco (Carcharodon carcharias)
Esse é mais um animal ameaçado pela má interpretação dos filmes: a caça esportiva desse tubarão aumentou drasticamente desde a estreia do filme Tubarão. Além disso, suas nadadeiras, dentes e mandíbulas são muito valorizados nos mercados de alguns países.
Acredita-se que existam atualmente entre 3.000 e 5.000 grandes tubarões brancos. No entanto, seu caráter nômade e sua ampla distribuição pelos oceanos dificultam a quantificação do tamanho de suas populações.
4. Peixe-rã-coral (Sanopus esplêndido)
Outro peixe ameaçado de extinção é o peixe-sapo-coral, endêmico da ilha de Cozumel, no México. Habitando recifes de corais, sofre os mesmos problemas que outras espécies quando os corais nos ecossistemas morrem devido ao branqueamento.A contaminação de suas águas também a afeta, principalmente o derramamento de produtos químicos.
5. Garoupa listrada (Epinephelus striatus)
A garoupa listrada é um peixe solitário que vive nos recifes do México, Bahamas, Flórida e Mar do Caribe, onde se alimenta de caranguejos, peixes menores e crustáceos. Está em perigo crítico de extinção, pois seu caráter ousado o torna acessível a mergulhadores e pescadores esportivos.
6. Peixe-serra pente (Pristis pectinata)
Este peixe habita o Oceano Atlântico e o Mar do Caribe. Ele mede entre 500 e 650 centímetros de comprimento e é popularmente conhecido por seu focinho alongado, semelhante a uma motosserra. Vive em água doce e salgada, mas hoje é considerado extinto na maioria das áreas que habitou. Sua população caiu 95% em 3 gerações.
7. Peixe-gato gigante (Pangasianodon gigas)
Peixe-gato gigante só pode ser encontrado no rio Mekong e atualmente restam cerca de 96. A represa hidrelétrica construída no Mekong em 1994 foi a principal causa de seu declínio, pois a qualidade da água caiu drasticamente. Isso, junto com a caça ilegal, deixou a espécie à beira da extinção.
8. Tubarão-baleia (Rhincodon typus)
Este gigantesco tubarão, com cerca de 6 metros de comprimento, alimenta-se filtrando a água - e seus dentes não têm função aparente. Encontrado em oceanos de águas quentes, sua natureza inofensiva o coloca em risco de caçadores furtivos.
Os tubarões-baleia são uma espécie difícil de rastrear, mas suas baixas taxas reprodutivas sugerem que a caça indiscriminada pode eliminá-los rapidamente.
9. Peixe Betta (Betta splendens)
Mais um dos peixes ameaçados de extinção que, curiosamente, povoa aquários domésticos em dezenas de países. Na verdade, é nativo da bacia do Mekong, na Tailândia, Laos, Camboja e Vietnã. Encontra-se em estado vulnerável, pois a destruição de seu habitat e a captura de espécimes livres para animais de estimação estão diminuindo sua população.
10. Peixe-lua (Mola mola)
Detentor do título de peixe mais pesado do planeta, esse animal pode ultrapassar uma tonelada de peso e medir até 3,5 metros de comprimento. Vive nos mares e profundezas das águas tropicais e temperadas dos oceanos Atlântico, Pacífico e até Índico.
Algumas das ameaças que o colocam em perigo são a pesca acidental e a comercialização de sua carne em alguns mercados do Japão, Coréia e Taiwan. Atualmente está em estado de vulnerabilidade.
11. Pellets (Aphanius baeticus)
Também conhecido como peido andaluz, este é outro dos peixes ameaçados de extinção. É uma espécie endémica das ribeiras da Península Ibérica, onde permanece em cardumes junto à costa. Está em perigo devido à poluição da atividade militar e agrícola, bem como à introdução de espécies invasoras e às mudanças climáticas.
12. Cardeal de Banggai (Pterapogon kauderni)
Esta é uma espécie endêmica das Ilhas Banggai (Indonésia). É popular por sua aparência curiosa, já que seu corpo é romboide e achatado com barbatanas muito finas. Embora sua densidade populacional seja desconhecida, sabe-se que a espécie está ameaçada pelo efeito da atividade humana sobre as águas e a consequente contaminação de seu habitat.
13. Esturjão Kaluga (Huso dauricus)
A principal causa do declínio acentuado sofrido por este esturjão desde o século XIX é a pesca maciça em seu habitat para obter caviar. Outros fatores, como as mudanças climáticas, fazem com que a temperatura da água flutue, afetando os ciclos reprodutivos das fêmeas.
A maturação sexual tardia joga contra isso quando se trata de recuperação da população. Sua conservação é importante devido ao seu valor histórico: é um peixe endêmico do rio Amur, que corre na fronteira entre a China e a Rússia.
14. Atum rabilho (Thunnus thynnus)
A população total de atum rabilho no Oceano Atlântico foi reduzida em até 90% nos últimos anos. Por outro lado, no Mar Cáspio e no Mar Negro já é considerada uma espécie localmente extinta. Sua carne é uma iguaria, o que incentiva a sobrepesca: atualmente, ela é caçada em um ritmo 3 vezes maior do que a espécie consegue recuperar.
Com a destruição das águas, não só os peixes ameaçados de extinção sofrem, mas os humanos também sofrem as consequências. A prova está nos dados: os oceanos absorveram 93% do calor extra gerado pela atividade humana, mas apenas 3% deles estão protegidos. Quando a ação real para salvar esses animais começará?