Uma leoa resgatada do mundo circense voltou à África graças ao centro de resgate AAP Primadomus em Alicante. O caso de Nala é outro exemplo da necessidade de tirar os animais selvagens dos circos.
Primadomus para o resgate
Primadomus é um centro pertencente à ONG holandesa AAP cujo objetivo é lutar contra o tráfico ilegal de espécies exóticas. No caso do centro de Villena, Estamos falando de um dos três santuários de primatas na Espanha, que também trabalha com felinos como o Nala.
Curiosamente, este centro nem sempre é o último lar para animais resgatados, pois colaboram com santuários e zoológicos para poderem enviar animais reabilitados para lá e reabilitar mais vítimas do tráfico ilegal.
Esta leoa resgatada na França levava uma vida semelhante a outros gatos que participam de shows de circo. Após o fechamento de um incubatório ilegal no país gaulês, Nala foi apreendida junto com outros felinos e, felizmente, acabou no centro de resgate de Alicante.

A história de Nala, uma leoa resgatada
Nala é outro dos muitos casos de animais selvagens no circo. O problema desse tipo de espetáculo é que eles não são educativos e mantêm os animais em péssimas condições, dada a natureza itinerante desses espetáculos. O que mais, é perigoso tanto para as pessoas quanto para os animais, que enfrentam exercícios que causam medo.
Porém, a história de Nala não termina em Alicante, pois ela acaba de desembarcar na África do Sul. Lá, o santuário Lionsrock espera por ela para tentar reuni-la com Saeed, um leão que foi resgatado de um dos zoológicos devastados em Aleppo durante a guerra síria.
A necessidade de acabar com os circos de animais
A história dos circos na Europa é longa e tortuosa. Cada vez mais, a rejeição a este tipo de espetáculos com animais é maior por parte da sociedade, embora o espetáculo continue. e ainda é possível ver um felino ameaçado sendo maltratado com chicotadas ou um macaco com roupas fazendo truques.
Casos como o dessa leoa resgatada estão se tornando mais frequentes porque muitos países estão proibindo circos com animais. Isso não aconteceu na Espanha, é verdade que muitos municípios e comunidades não permitem espetáculos de circo que exibam animais selvagens.

As razões são várias: primeiro, é preciso esclarecer que zoológicos e circos não são iguais. Embora ambas sejam empresas, nos zoológicos existem associações e revisões que impõem padrões muito mais elevados de bem-estar animal, além do fato de os animais desses centros participarem de programas de conservação, portanto, há casos como aquele em que um zoológico planeja reintrodução de ameaças felinos na Rússia.
Nos zoológicos também existem programas educacionais de conscientização sobre a conservação das espécies, bem como serviços veterinários especializados. No caso dos circos isso não acontece, e é comum que sejam atendidos em clínicas veterinárias que nunca trabalharam com esses animais.
Além disso, as funções educativas dos circos são escassas, a que se acrescenta o pouco espaço que os animais possuem, que estão em constante movimento. Embora os animais sejam treinados em zoológicos e circos, nos zoológicos isso é feito para que eles possam receber tratamentos livres de estresse, enquanto nos circos, são forçados a ter comportamentos não naturais que os assustam, por isso recorrem frequentemente à punição.
Na verdade, os zoológicos são necessários, juntamente com centros como o Primadomus, para resgatar as centenas de animais selvagens que ainda operam em toda a Europa. Com a crescente rejeição a essa atividade, esses animais merecem um retiro digno diante das injustiças que sofreram ao longo de suas vidas.