Presença de plâncton e algas bioluminescentes nas costas

Você já viu imagens de praias brilhando em azul neon? Sua contemplação é tão surpreendente quanto a explicação por trás dela: a presença de plâncton e algas bioluminescentes nas costas. Essa emissão de luz é um dos processos mais fascinantes que existem na natureza.

Nas linhas deste artigo você poderá entender como funciona esse processo natural e qual a função que ele tem para os organismos que possuem a capacidade de brilhar. Além disso, se você quer conhecer os exemplos mais famosos de costas que brilham à noite, você está no lugar certo. Não perca nada.

O que é bioluminescência?

Bioluminescência é o processo pelo qual alguns seres vivos emitem luz ativamente (não confundir com biofluorescência, que é um reflexo da luz). Este processo pode ocorrer de 3 formas diferentes, que são as seguintes:

  1. Bioluminescência intracelular: a luz é produzida por células especializadas dentro do próprio corpo do animal. Este tipo de bioluminescência é encontrado em muitas espécies de lulas.
  2. Bioluminescência extracelular: é um processo de oxidação da luciferina, que dá origem à enzima luciferase. Quando liberada para o exterior, a luciferase produz nuvens luminosas. Vaga-lumes e alguns animais do fundo do mar geram luz dessa maneira.
  3. Bioluminescência por simbiose com bactérias luminescentes: os animais que brilham por esse método controlam a emissão de luz por meio de fotóforos, pequenos sacos nos quais são mantidas bactérias bioluminescentes.

A bioluminescência tem diversas funções de sobrevivência (camuflagem e alerta) e reprodução, já que faz parte do cortejo de algumas espécies. Em certos casos, é usado para atrair presas.

Microorganismos aquáticos bioluminescentes

Algas bioluminescentes não emitem luz constantemente, mas algum tipo de energia é necessária para produzi-la (como o movimento das ondas quebrando contra as rochas). Além disso, eles nem sempre brilham azulados e algumas espécies aparecem em vermelho, verde ou laranja.

Por sua vez, o zooplâncton que tinge de azul as costas também não brilha sozinho, mas emite uma substância bioluminescente para atrair outros organismos durante a época de reprodução.

Um exemplo de alga bioluminescente frequentemente encontrada nestas paisagens é o brilho do mar (Noctiluca). São organismos tão pequenos que cabem milhares deles em uma gota d'água. A função de sua bioluminescência seria espantar predadores.

Onde há presença de plâncton e algas bioluminescentes nas costas?

Com certeza, depois de ver as fotos correspondentes, você não vai resistir a visitar essas paisagens mágicas. Se tiver a possibilidade e os meios necessários para se deslocar, aqui fica uma lista de locais onde é facilmente visível a presença de plâncton e algas bioluminescentes nas costas.

Jervys Bay (Austrália)

As praias de azul brilhante são a principal atração turística desta área. Para ter certeza de ver esse fenômeno, você deve ir nos meses de verão (dezembro a fevereiro) e escolher uma noite o mais escura possível, mesmo com lua nova e nuvens.

Em Preservation Bay (Tasmânia, Austrália) também é observado esse fenômeno, causado por Noctiluca scintillans, que durante o dia assume uma coloração rosa na água.

Maldivas

Entre julho e dezembro, as praias das Maldivas ficam azuis à noite, especialmente nas ilhas Vaadhoo e Mudhdhoo. Além disso, se decidir visitar este país, poderá alargar o seu turismo ao resto da maravilhosa biodiversidade que possui.

Maya Bay (Tailândia)

Na verdade, toda a área de Krabi possui algas bioluminescentes. A oferta turística vai desde roteiros para conhecer o fenômeno da região até mergulho noturno e banho em meio a esse colorido espetáculo.

Infelizmente (e no ano de 2021), Maya Bay está fechada para turistas. O objetivo é reabilitar esta área ao nível do ecossistema.

Holbox (México)

Holbox (“buraco negro” em maia) é uma ilha localizada no canal de Yucatán. É famosa pela forma especial como a bioluminescência do seu plâncton se manifesta: em vez de ser um brilho uniforme, parece um mar de estrelas.

Flashes de luz aparecem quando esses microorganismos são perturbados pela força mecânica da água e seu brilho varia do azul ao prateado ao esverdeado.

Baía de Toyama (Japão)

Os vagalumes-do-mar (Vargula hilgendorfii) são os responsáveis por tingir o mar nesta região do Japão. Uma das imagens mais famosas é a das rochas por onde caem correntes desses pequenos crustáceos bioluminescentes.

Vieques (Porto Rico)

O local mais bioluminescente conhecido até hoje é Mosquito Bay, onde foram registradas pelo menos 6.000 unidades de algas bioluminescentes na quantidade correspondente a uma colher de sopa de água. O organismo responsável pelo fenômeno é o Pyrodinium bahamense, um dinoflagelado.

Vislumbrar esse fenômeno ou mesmo tomar banho em águas que se iluminam ao passar é uma experiência que não pode ser esquecida. Porém, lembre-se sempre de respeitar o local onde você se hospeda e não prejudicar sua fauna e flora, pois desfrutar dessas maravilhas não deve ser a razão de elas desaparecerem para sempre.

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