5 animais que podem nos ajudar a derrotar algumas doenças humanas

É possível que, graças aos animais não humanos, no futuro possamos derrotar algumas doenças, como câncer ou problemas cardiovasculares. Você pode pensar que só quem tem um genoma parecido com o nosso pode nos dar pistas disso, mas a verdade é que as diferenças entre as espécies também são relevantes.

Assim, o funcionamento do corpo de nossos companheiros planetas contém chaves que, se decifradas, fornecem ferramentas para melhorar a qualidade da vida humana. Veremos 5 exemplos de espécies atualmente estudadas e, claro, as implicações disso.

Esses animais podem ser a chave para derrotar algumas doenças

Os seres humanos ultrapassaram em muito a expectativa de vida média de nossa espécie, que é de cerca de 30 anos. A melhoria das dietas, o controle do meio ambiente e o avanço da medicina foram fatores fundamentais para prolongar nossas vidas por quase 100 anos.

No entanto, esse prolongamento artificial da trajetória de vida traz consigo novos problemas, como as doenças degenerativas. Alzheimer ou osteoartrite são bons exemplos disso. É por isso que o estudo da saúde humana nunca termina e, ao longo do caminho, usa outras espécies para seus propósitos. Vejamos 5 exemplos ilustrativos.

1. Chimpanzés (Pan troglodytes)

As doenças cardiovasculares não só se tornaram mais presentes com o aumento da média de vida, como o estilo de vida dos países desenvolvidos as favorece. Um estilo de vida sedentário e o consumo de carne são dois exemplos muito representativos.

Por outro lado, os humanos são mais propensos a doenças cardiovasculares do que outras espécies de hominídeos, como os chimpanzés. Na verdade, um estudo de 2019 descobriu que foi a perda de um gene específico que nos tornou mais vulneráveis a essas doenças.

Espera-se que com esse conhecimento a engenharia genética possa ser usada no futuro para corrigi-lo.

2. Ratos-toupeira-pelados (Heterocephalus glaber)

Esses roedores, aos quais muitos estremecem, são um aglomerado de superpoderes dignos de admiração: vivem quase 30 anos, podem passar cerca de 30 minutos em apnéia e são imunes ao câncer, entre muitas outras peculiaridades.

Mas é justamente esta última, a imunidade a tumores e cânceres, que chama a atenção dos pesquisadores médicos. Animais cujo corpo ataca as células cancerígenas e as elimina podem ser uma ajuda incrível para derrotar algumas doenças.

Parece que essa imunidade tem a ver com as altas quantidades de hialuronano secretadas pelas células dos ratos-toupeira, molécula envolvida na elasticidade da pele. Além disso, essa molécula é 5 vezes maior que a dos humanos.

3. Canguru Vermelho (Macropus rufus)

A osteoartrite é outra das doenças que o ser humano mais sofre ao longo da vida. A obesidade, a má postura e o mau alinhamento das articulações também influenciam significativamente nisso.

Muitos primatas têm problemas articulares semelhantes aos nossos.

No entanto, neste caso, as semelhanças em espécies próximas não são procuradas, mas os animais que podem ajudar a derrotar algumas doenças desse tipo são os cangurus vermelhos. São animais que dão s altos longos, até 64 quilômetros por hora, e cujas articulações resistem perfeitamente até idades muito avançadas.

Isso acontece graças à sua estrutura cartilaginosa, que os ajuda a suportar os castigos nas articulações. Além disso, o arranjo de seus ligamentos pode ser imitado no futuro em implantes de joelho.

4. Tetra mexicano (Astyanax mexicanus)

Esses peixes podem ser a chave para curar o diabetes em seu próprio corpo. Cegos por adaptação a um ambiente completamente escuro, a busca por nutrientes é um desafio para eles. Eles são forçados a esperar pelas enchentes sazonais para trazer seu alimento, as algas, já que dentro da caverna eles não poderiam fazer fotossíntese.

Este peixe carrega uma mutação genética no receptor de insulina que causa resistência. Essa resistência à insulina, que nos humanos leva a sintomas graves de diabetes, é uma forma de sobrevivência dos peixes. Seus picos de glicose no sangue em tempos de escassez de alimentos, permitindo-lhes sobreviver.

5. Zebras (gênero Equus)

O estresse crônico é outra doença do mundo moderno que se tornou uma epidemia. Muitos problemas de saúde são derivados dela, incluindo úlceras estomacais.

No entanto, o estresse real é aquele que dura pouco tempo, em resposta a uma sensação de perigo. As zebras, nesse sentido, são bons exemplos quando se trata de superar algumas doenças causadas pelo estresse crônico, pois só sofrem com isso em momentos específicos. Dessa forma, sua fisiologia pode ser estudada para fazer uma comparação com a humana.

A polêmica em torno do uso de animais em pesquisas

A verdade é que, embora seja inegável o valor de algumas pesquisas médicas, parece que as novas tendências apontam para diferentes tipos de experimentação. Modelos matemáticos, organoides, cultura de células ou órgãos humanos em chips são alguns exemplos que possibilitam estudar diretamente em modelos humanos sem utilizar nenhuma espécie viva.

A ciência é possível sem sofrimento para os animais? A verdade é que não se sabe, mas muitos estão se empenhando ao máximo para desenvolver técnicas que, além de suprimir os maus tratos aos animais, agilizem as pesquisas para a cura de doenças humanas.

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