Caracóis terrestres africanos gigantes invadem o sul da Flórida

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Anonim

O caracol gigante africano é uma espécie de molusco da família Achatinidae. São nativas da África Tropical, embora estejam amplamente distribuídas em países da América do Sul, como Colômbia, Venezuela, Argentina, Peru, Equador e Bolívia.

Caracterizam-se pelo seu grande tamanho em comparação com outros caracóis, podendo atingir até 20 centímetros de comprimento e 30 gramas de peso. Por outro lado, sua concha tem formato helicoidal e chega a 13 centímetros de comprimento.

Apesar de serem animais herbívoros, os caracóis africanos podem se alimentar de qualquer coisa, inclusive de excrementos.Da mesma forma, você pode consumir alimentos de origem animal, como ração para cães e gatos. Eles têm a capacidade de sobreviver em quase qualquer ambiente, com uma expectativa de vida de três a cinco anos.

Invading Snails

Os caracóis gigantes africanos são considerados uma das pragas agrícolas mais prejudiciais em todo o mundo. Isso se deve à sua alta voracidade e à amplitude de espécies vegetais que pode consumir, estimadas em 500 variedades de plantas. Somado a isso, possuem alto potencial reprodutivo, colocando entre 400 e 2000 ovos em um único ano.

Levando em consideração todas essas características nocivas, a União Internacional para a Conservação da Natureza a incluiu em sua lista das 100 espécies exóticas invasoras mais nocivas do mundo, ficando em segundo lugar. Da mesma forma, em países como Espanha e Estados Unidos, a posse de caracóis africanos é considerada uma prática ilegal.

Transmissores de doenças

Embora o principal problema dos caracóis africanos seja agrícola, esses moluscos também representam um risco à saúde pública. Esses animais podem transmitir um parasita conhecido como verme do rato, que causa meningite em pessoas infectadas. Da mesma forma, é um transmissor da bactéria Aeromonashidropica, que causa diversos problemas gastrointestinais. Entre outras coisas, animais mortos também foram relatados consumindo esses caracóis, como cachorros.

Essas doenças podem ser transmitidas pelo caracol africano ao consumir alimentos contaminados por seu lodo ou ingeri-lo diretamente. Da mesma forma, as pessoas podem se infectar ao manusear esses animais, por isso é recomendável nunca pegá-los com as mãos desprotegidas, principalmente se houver feridas ou cortes.

O problema do caracol na Flórida

Recentemente, o Departamento de Agricultura da Flórida declarou uma área do território conhecida como Pasco sob quarentena, com o objetivo de conter a disseminação dessa praga. Por esse motivo, os residentes do condado estão proibidos de mover o caracol ou itens relacionados, como solo, plantas ou equipamentos de jardim para fora da área designada.

Segundo as autoridades, a presença do caramujo africano em alguns jardins se deve ao comércio ilegal de animais de estimação e posteriormente à liberação dessas espécies no meio ambiente.

Anteriormente, já havia sido identificada a presença do caramujo africano na região da Flórida, especificamente nos anos de 1960 e 2010. Durante a primeira invasão, foram necessários sete anos e um milhão de dólares para acabar com essa praga. Na segunda vez, foram necessários 10 anos e US$ 23 milhões para erradicá-los. De acordo com o Departamento de Agricultura da Flórida, uma zona livre de caracóis só pode ser declarada quando eles não forem vistos por um período de dois anos.

Recomendações finais

Como mencionado acima, a presença de caracóis africanos representa um sério risco para a economia, a saúde das pessoas e de outros animais. Portanto, é importante que, caso observemos um desses espécimes, comuniquemos imediatamente às autoridades competentes de nossa região ou país.

Da mesma forma, vale lembrar que não devemos manuseá-los com as próprias mãos, pois isso evitará a transmissão de doenças e parasitas que podem ser fatais.