Um jovem dá o primeiro abraço a cães sem-teto

Emmy Panu é um jovem tailandês que idealizou a campanha "O primeiro abraço". O objetivo é transmitir amor aos cães sem-teto de seu país através de um primeiro abraço. Seu vídeo promocional causou sensação e já tem quase 2,5 milhões de visualizações no YouTube.

Não tem fundação, fundos, muito menos abrigo. No entanto, isso não impede que o modesto adolescente ajude uma população que se encontra em franca situação de emergência: os cães sem-teto.

Sua contribuição não é econômica, mas não deixa de ser significativa, especialmente para os caninos com os quais entra em contato. Emmy apenas lhes dá um abraço, o que provavelmente é o primeiro que esses amiguinhos receberam em suas vidas inteiras.

Tarefa complicada com cães sem-teto

Em seu trabalho de caridade, Emmy encontra muitos obstáculos e perigos consideráveis. Como você pode ver em seu vídeo, alguns cães que ele tenta abordar são relutantes, defensivos e até tentam mordê-lo.

Esta manifestação animal é bastante compreensível porque muitos desses cães foram submetidos a abusos cruéis. Alguns nem mesmo tiveram a oportunidade de estabelecer laços românticos com seres humanos.

Mas Emmy também conseguiu se dar bem com alguns cães que, mais do que bens materiais, o que eles sempre precisaram é de atenção e alguém em quem confiar dentro dos limites das ruas mais escuras de Bangkok.

O que a maioria das pessoas ignora é que Tailândia pode ser um inferno para cães abandonados. Eles o chamam de "o país dos cães vadios" por uma razão.

Tailândia: pior lugar para cães sem-teto

Estima-se que mais de 300.000 caninos vagam pelas ruas da capital da Tailândia. Isso é muito desanimador porque não há registros claros sobre o número de cães abandonados que existem em todo o país.

A abundância desses animais motivou há muito tempo a criação de um dos negócios mais lucrativos e assustadores da Tailândia: contrabando de cachorros. Num local onde o que resta são caninos sem dono, um único exemplar pode gerar apenas um pequeno lucro equivalente a 2 euros.

Por isso contrabandistas precisam sequestrar um grande número desses animais para gerar lucros razoáveis. Os mais experientes exportam em média 2.000 cães que acabam sendo cozidos em um restaurante movimentado no Vietnã.

Para piorar a situação, chegam a roubar cães domésticos que estão na porta da casa de seus donos. Os adotantes não medem esforços para cuidar de seus amados animais de estimação.

De jovem a herói cão

É neste contexto que Emmy Panu realiza seu trabalho arriscado. Ele o faz com muita coragem, apesar de grande parte da população canina do país estar infectada com raiva.

O melhor é aquele você não precisa ser um residente da Tailândia para fazer isso. Em qualquer lugar, sempre há um cachorrinho abandonado que precisa de um pouco de calor humano.

Monarquia e desigualdade canina

É bem sabido que A família real da Tailândia teve governantes que amam cães. O ex-rei Bhumibol Adulyadej construiu um monumento em memória de Thong Daeng em 2015. Este foi seu último cachorro, que viveu até os 17 anos.

Ele morreu em 13 de outubro de 2016. Isso levou seu filho Maha Vajiralongkorn ao trono. Seu sucessor Ele até chamou seu pequeno poodle de Foo Foo marechal-chefe aéreo.

Além disso, o governo do país asiático pouco ou nada fez para proteger a vasta população de cães vadios. Já fazem parte do patrimônio cultural de Bangkok. Isso fala de uma situação de desigualdade canina que não tem precedentes.

Exemplo a seguir

Emmy compartilhou alguns resultados de sua experiência: "Entrei em discussões com a linguagem corporal e falando sobre cães vadios." No momento da interação, nem todos eram amigáveis. Mas outros simplesmente se jogaram em seus braços.

Organizações de renome mundial, como a Peta ou a Animal Humane Society, acreditam que a única fórmula eficaz para conter a proliferação de cães vadios é a esterilização.

Fonte da imagem: www.vanguardia.com.mx

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