O curioso golfinho rosa da Amazônia

Cercado por mitos e lendas, o boto rosa amazônico é um ser verdadeiramente belo e marcante. É um dos poucos da família dos cetáceos que habita os rios e sem dúvida a sua cor é o que mais nos atrai. Contamos tudo sobre ele neste artigo.

Características do golfinho rosa amazônico

Também conhecido como 'boto' ou 'bufeo', o boto-rosa amazônico é um cetáceo com cerca de 2,5 metros de comprimento e 185 quilos de peso (machos adultos). O dimorfismo sexual é muito evidente, uma vez que as mulheres são até 50% menores e mais leves que os homens.

Sua principal característica física é a coloração rosada da pele, que nem sempre é o mesmo tom. Quando nascem e enquanto são jovens são grisalhos, mas quando entram na fase madura tornam-se mais claros. Até os machos são mais rosados do que as fêmeas: tudo depende também da transparência, da temperatura e da localização geográfica das águas.

O focinho do golfinho rosa amazônico é longo e apresenta dentes pontiagudos para apanhar e esmagar a presa. Ele deve respirar de vez em quando saindo da água; quando isso acontece, ele dispara um jato de até dois metros de altura através de seu orifício dorsal.

Habitat e alimentação do boto-rosa amazônico

O boto é um golfinho que vive não só no rio Amazonas, mas também em outras bacias de água doce da América do Sul, como os rios Tapajós, Madeira e Xingú. Além disso, é um dos habitantes mais comuns do rio Orinoco.

Prefere áreas próximas a rios e, dependendo da época do ano, pode se espalhar por áreas alagadas como floresta ou planície: nos meses de chuva amplia seu território.

Os machos optam pelos canais principais dos rios quando os níveis de água estão altos; as fêmeas e seus filhotes permanecem nas áreas inundadas, pois as águas ainda estão e podem descansar, amamentar ou obter comida com mais facilidade.

Quanto à alimentação, é bastante variada, pois consumir peixes como corvinas ou piranhas. Devido aos seus dentes curtos e ao formato do focinho, não podem capturar tartarugas de rio ou caranguejos. Eles caçam muito cedo pela manhã e à tarde; todos os dias eles se aproximam dos cardumes para pegá-los facilmente.

Reprodução e hábitos do boto-rosa amazônico

Este golfinho é bastante solitário e se estiver agrupado com outros, não 'aceita' mais do que quatro indivíduos. As duplas que podem ser vistas com mais frequência são as duplas mãe-filho. Também há uma grande segregação na estação das chuvas; quando termina, os espécimes coexistem no mesmo lugar sem problemas.

O golfinho rosa da Amazônia é menos sociável e brincalhão do que os cetáceos oceânicos e tem muito medo de objetos desconhecidos, assim como do homem. Nada lento e é muito difícil de treinar, e há uma alta taxa de mortalidade quando em cativeiro.

Em relação à reprodução, as fêmeas atingem a maturidade sexual aos seis anos e os machos bem depois. A época de acasalamento ocorre na estação seca e a gestação dura 11 meses. Os jovens ficam com a mãe por um ano e a fêmea volta a ficar fértil dois anos após o nascimento anterior..

A lenda do golfinho rosa

Segundo o folclore amazônico, existem mitos sobre esse animal: um deles diz que na realidade é o espírito de uma pessoa afogada que está presa no golfinho.

Outra lenda afirma que nas noites de lua cheia ele se torna um homem e seduz as mulheres com a intenção de reproduzir. As jovens são orientadas a tomar cuidado se virem um menino vestido de branco, porque pode ser o golfinho em plena transformação.

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