Desenhe animais extintos para não esquecê-los

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Anonim

Quando começamos a desenhar, podemos relaxar a mente, desenvolver a criatividade e deixar nossa imaginação voar para onde quisermos. Porém, esses não são os únicos benefícios que podemos obter desta bela atividade.

Ao desenhar, também podemos evitar que os seres vivos que caminharam sobre a terra caiam no esquecimento. Por isso, tem havido pessoas que se dedicam a capturar animais extintos no papel (e digital, claro), para mantê-los na memória coletiva.

A seguir, contaremos mais sobre essa atividade e como ela é bem recebida entre os entusiastas da vida selvagem e especialistas de várias áreas.

Desenhe animais extintos, uma ótima ideia

Quando se trata de desenhar animais extintos, os primeiros que vêm à mente são os dinossauros. Grandes, temíveis e fascinantes, esses animais não param de despertar o interesse de todos. Sobretudo pela difusão de romances, filmes e videogames como os da saga de Parque jurassico.

Oviraptor | Fonte: Francesc Gascó. (O paquozóico).

Porém, não apenas dinossauros foram desenhados. Invertebrados, mamíferos, insetos e muitas outras espécies extintas também foram desenhados, por várias razões.

Por exemplo, houve espécies que não foram muito fotografadas e que, graças aos desenhos, eles podem "voltar à vida" de uma certa maneira.

Vejamos a seguir algumas espécies que não param de desenhar, dentro e fora do campo científico.

O dodô, um pássaro muito retratado

Sem dúvida, uma das espécies extintas mais conhecidas é o dodô (Raphus cucullatus). No entanto, a maior parte das informações disponíveis é derivada de legendas e ilustrações que, de acordo com especialistas, podem não corresponder totalmente à realidade.

Um dos poucos dados confirmados é a sua origem: sabe-se que o dodô era uma ave originária de Maurício, no Oceano Índico. Acredita-se que era grande, mas não conseguia voar, devido ao pequeno tamanho de suas asas.

Acredita-se que a causa de sua extinção tenha sido o ser humano, já que em menos de 100 anos o ser humano causou seu desaparecimento. Isso pode ser porque o dodô era um pássaro muito dócil, sem mecanismos defensivos.

O último avistamento registrado foi em 1662, embora se estima que o desaparecimento final tenha ocorrido em 1690.

O mamute

Tanto pelas pinturas rupestres do Paleolítico quanto por sua presença no registro fóssil, o mamute é um animal muito famoso. Além disso, filmes de animação como Era do Gelo Eles permitiram que este e outros animais extintos fossem descobertos pelos mais pequenos.

Dentro das diferentes espécies, o mamute lanoso(Mammuthus primigenius) é o mais representado. Este mamífero aparentado com os elefantes era caracterizado por seu pêlo longo e grosso, lanoso, o que lhes permitia se adaptar às temperaturas.

Vários fatores intervieram na extinção dos mamutes, como as mudanças climáticas e a pressão humana. O aumento das temperaturas aliado à falta de água e à caça indiscriminada do homem levaram ao seu desaparecimento.

Acredita-se que todas as espécies de mamutes tenham desaparecido no final da era do gelo. No entanto, evidências da sobrevivência de duas populações de mamutes foram encontradas no Alasca e na Sibéria até 9.000 anos atrás.

O bucardo

Este herbívoro, nativo dos Pirineus, corresponde à subespécie de cabra montesa (Capra pyrenaica pyrenaica). Ele diferia de outras cabras pela espessura e comprimento de sua pele, maior do que a das outras duas subespécies.

Na primeira metade do século XX, o bucardo seria declarado uma espécie extinta, quando alguns exemplares foram descobertos no Parque de Ordesa. Então, foi feita uma tentativa de recuperação, aplicando técnicas como hibridização ou clonagem, mas eles não funcionaram.

O bucardo esteve em perigo de extinção ao longo do século XX e, apesar da tentativa de reverter a situação, não foi possível.A diminuição tão drástica do número de exemplares foi a caça desproporcional, que acabou por levar à sua extinção.

O moa

Os moas eram uma família de pássaros que não voavam, da Nova Zelândia. Essa família consistia em espécies de tamanhos semelhantes aos de uma galinha ou que ultrapassavam os três metros de altura.

Eles surgiram há mais de 90 milhões de anos, no período Cretáceo, e acredita-se que eles passaram a viver de forma relativamente tranquila nas ilhas. Da mesma forma, acredita-se que essas aves não foram expostas a grandes predadores até a chegada dos caçadores Maori.

Assim, a ação humana contra essa espécie se concentrou em dois fatores diferentes: a caça e a introdução de novos predadores. Esses fatores, juntamente com a maturidade sexual tardia dessas aves, levaram ao seu desaparecimento.

O desenho ajuda a viajar no tempo

A extinção de diferentes espécies é um grande problema para o ecossistema em nível global. Embora se possa acreditar que o desaparecimento de uma espécie apenas a afete, na realidade resulta em efeitos para todos os habitantes da terra.

Deve-se notar que a extinção não ocorreu apenas em espécies animais tão antigas quanto os dinossauros, mas em muitos outros seres vivos atuais, incluindo várias espécies de plantas.

Atualmente, existe uma organização sem fins lucrativos, a Artimalia, que se concentra em manter a memória das espécies desaparecidas. Seu objetivo é “desenhar espécies para que não sejam apagadas”, permanecendo assim na memória coletiva.

Como vimos, quase sempre entendemos o desenho como uma atividade lúdica, que acima de tudo ajuda a desanuviar a mente e a desenvolver a criatividade. Porém, há casos em que pode ser valioso, além desses aspectos. O desenho também pode estar a serviço da memória.