Distócia em cadelas: causas, sintomas e tratamento

Cadelas grávidas requerem cuidados antes, durante e após a gestação. Cada uma dessas fases requer alguns cuidados médicos específicos que ajudam a preservar a saúde do animal. Se sua mascote vai se tornar mãe em breve, fique atento, pois ela pode apresentar um processo angustiante conhecido como distocia durante o parto.

Como em muitas doenças, a execução de medidas preventivas é fundamental para evitar o surgimento de complicações. Não deixe de ler, pois neste artigo explicaremos os motivos que levam os cães a manifestarem esta condição, juntamente com algumas ferramentas que serão muito úteis para identificar o problema desde o início.Vamos lá!

O que é distocia em cadelas?

A distócia em cadelas é definida como um processo de parto anormal no qual a cadela é incapaz de expelir o feto. As complicações que seu animal de estimação possa apresentar precisam ser atendidas com urgência por profissionais, pois caso contrário a vida da mãe e do neonato estará exposta a grande perigo.

Dentro dos inúmeros riscos que todo trabalho de parto acarreta, considera-se que 5% das fêmeas caninas gestantes podem ser candidatas a distócia. A duração do parto está intimamente relacionada com a mortalidade dos filhotes, sendo a hipóxia (f alta de oxigênio) uma das causas mais frequentes de morte em filhotes.

Embora todos os cães possam apresentar esta condição durante o parto, existem algumas raças cujas características morfológicas aumentam sua predisposição. A distocia é comum em cadelas braquicefálicas pertencentes a variantes como o buldogue inglês, buldogue francês e pug, bem como cães em miniatura, como o chihuahua, o pequinês e o yorkshire.

Principais causas de distocia em cadelas

Para que a distocia em cadelas se manifeste, alguns fatores devem preceder. Por exemplo, má postura fetal, posição anormal no útero, cachorros grandes e má apresentação do lúmen vaginal. No entanto, o principal motivo está em alguns processos maternos e fetais que compartilhamos com você abaixo.

Origem Materna

A maioria dos processos maternos que desencadeiam a distocia em cadelas está relacionada a patologias reprodutivas e nutricionais. Alguns deles são os seguintes:

  • ruptura uterina.
  • Torção uterina.
  • Problemas ósseos e fraturas pélvicas.
  • Alterações do canal vaginal.

Durante o parto, o útero das cadelas realiza alguns movimentos cujo objetivo é expulsar o feto de seu interior.Porém, em algumas pacientes existe um problema conhecido como inércia uterina primária, em que as contrações uterinas não iniciam, deixando a fêmea na fase de dilatação e dificultando a expulsão.

Outro gatilho para distocia em cadelas de origem materna resulta da exaustão da musculatura uterina durante as contrações. Em cadelas com ninhadas numerosas e com obstrução uterina, os movimentos de expulsão podem parar. Esse tipo de condição é chamada de inércia uterina secundária.

Fetal origin

Antes do nascimento, o filhote precisa ser posicionado com a cabeça e os dois membros estendidos corretamente. Se por algum motivo isso não acontecer e a panturrilha estiver mal projetada, é muito provável que seja gerado um parto distócico.

Se a sua mascote estiver grávida, recomendamos que faça um check-up médico minucioso com o qual poderá detectar a tempo certos processos anormais e assim preservar a integridade do seu melhor amigo. Alguns deles são os seguintes:

  1. Fetos muito grandes.
  2. Anasarca (edema generalizado do feto).
  3. Fetal Monstrosities.
  4. Dead products.

Sintomas de distocia em cadelas

Quando se trata de problemas de distocia em cadelas, a observação será sua melhor ferramenta. Assim que o trabalho de parto começar, fique de olho no seu animal de estimação. Se você identificar alguma dessas anormalidades, não hesite em ir à emergência veterinária:

  • Contrações prolongadas e improdutivas por mais de meia hora sem expulsão de produtos.
  • Sinais de dor por parte da mãe.
  • Presença de líquido pestilento verde escuro saindo da vulva.
  • Fetos sem parto por mais de 15 minutos.

Métodos de diagnóstico

O primeiro passo para chegar a um diagnóstico de distocia em cães é realizar um exame físico e clínico completo do paciente.Nele, além de verificar a gravidez, o veterinário verificará os sinais vitais e fará uma palpação abdominal. Também será possível avaliar as condições do canal vaginal, descartando assim sinais de obstrução uterina.

Outras excelentes ferramentas diagnósticas que permitem observar o número de filhotes e sua posição atual são os exames radiológicos e a ultrassonografia. O veterinário pode usá-los para confirmar um quadro de distocia em cadelas.

É importante monitorar constantemente os fetos. Sua frequência cardíaca costuma ser de 200 bpm (batidas por minuto) ou o dobro da mãe no momento da realização dos estudos. Uma queda nos batimentos cardíacos que ocorre a 160 bpm será um indicador de estresse fetal e as chances de distocia aumentarão.

Tratamento da distócia em cadelas

As ações terapêuticas a escolher dependerão da raça e da gravidade do problema. O ideal é oferecer suporte integral baseado em técnicas manuais e farmacológicas.

Para iniciar o manejo é necessário higienizar a região perianal e lubrificar o canal de parto. Uma vez constatado que os fetos estão mal posicionados, tentar-se-á um reposicionamento introduzindo os dedos médio e indicador. Se possível, o médico poderá removê-los com cuidado. Caso contrário, uma cesariana de emergência terá que ser realizada.

A administração de medicamentos (como ocitocina ou gluconato de cálcio a 10%) é indicada em cadelas com distocia decorrente de inércia uterina. O objetivo é acelerar o parto fetal, evacuar as membranas fetais e promover a involução uterina. Ambas as drogas são contraindicadas em pacientes com distocia obstrutiva.

Se depois de tentar esses tratamentos seu animal de estimação não apresentar melhora, será necessária uma cirurgia. A cesariana está indicada em pacientes com obstruções vaginais e pélvicas, com malformações fetais e em certas raças predispostas.Não está descartada a realização de ovariohisterectomia (remoção do útero e dos ovários) em cadelas com sintomas distócicos muito graves.

O prognóstico da distócia em cadelas é reservado, mas saber o manejo correto da gestação desde os primeiros dias até o pós-parto reduzirá muito o risco de morte materna e fetal. Se seu animal de estimação está no grupo de risco e você planeja aumentar sua família canina, entre em contato com profissionais e siga suas recomendações.

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