Todos nós gostamos de apreciar as maravilhas da criação. Não importa como pensamos que tudo surgiu. Independentemente de nossas crenças, todos concordamos que em nosso universo existem belezas inexplicáveis e animais preciosos que gostamos de apreciar.
No entanto, cada coisa e cada animal ou planta tem o seu lugar, e embora queiramos, não podemos agarrar nenhum animal ou planta que nos apeteça "desfrutar" à custa da sua vida. Foi o que aconteceu em fevereiro de 2016 em uma praia localizada em Teresita, município da Argentina.
Uma péssima decisão pela qual o golfinho morreu
Não seria a primeira vez que uma tartaruga, um golfinho ou qualquer outro animal marinho se aproxima da orla de uma praia. O que você faria se acontecesse com você? O mais coerente e lógico seria devolvê-lo ao mar. Você se lembra daquela história que contamos sobre vários banhistas que devolveram uma manada de golfinhos perdidos ao mar e deram à costa? Bom para eles!
Mas um pequeno golfinho da espécie “franciscana” não teve tanta sorte e não encontrou alguém tão compassivo e benevolente. Esse pequeno golfinho se aproximou da orla, algo muito comum em sua espécie, e vamos chamar de turista, teve uma ótima ideia. Uma ótima ideia para ele, é claro, para ele e seu benefício.
Ele resolveu pegá-lo nos braços, e tirá-lo da água. Quando comecei a ver o vídeo pensei que ele ia tirar foto com ele e pronto. Mas não, isso não foi o suficiente para ter seu momento de glória.
Ele tirou da água e levou para a areia, bem longe da água, para que todos pudessem admirá-los como seu troféu. Logo dezenas de pessoas começaram a chegar para admirar esse pequeno golfinho.
O turista tirou várias selfies com ele, como você pode perder essa oportunidade? Todos começaram a acariciá-lo repetidamente e o turista agora o segurava como se fosse um deus que ele adorava.
E o pior aconteceu: o golfinho morreu
Não demorou muito para o show quando o golfinho morreu. E o que mais me surpreendeu, quando morreram, todos saíram como se o circo tivesse fechado, deixando o animal morto na arena.
A delicadeza de sua espécie
Este golfinho era da espécie franciscana, da qual existem apenas 30.000 espécimes entre Brasil, Uruguai e Argentina. Esta espécie é caracterizada por seu pequeno tamanho que chega a 170 centímetros. Sua pele é grossa e oleosa como a de qualquer outro golfinho, o que mantém o animal aquecido quando está debaixo d'água.
Quando o bichinho ficou fora d'água sob o sol forte, isso fez com que sua temperatura corporal subisse e ele desidratasse rapidamente, causando sua morte. E este é o fim desta história: o golfinho morreu.
Como parar esses eventos
Embora a maior responsabilidade recaia sobre esse turista ávido por selfies, no vídeo que colocaremos no final você poderá ver quantas pessoas se aproximaram. Você acha que alguém fez algo para evitar que esse garotinho morresse?
Como você verá nas fotos, não. Ninguém fez ou disse nada para tentar devolver o animal ao seu habitat natural, o único em que pode viver. Portanto, você não pode culpar apenas uma pessoa quando havia dezenas que não fizeram nada para impedir.
Esse é o cerne da questão para evitar qualquer tipo de maus-tratos e não permitir que esse tipo de coisa aconteça novamente. Não importa se é um golfinho, uma estrela do mar, um cavalo-marinho ou qualquer outro animal.
Moro perto de praias cheias de estrelas, onde os cariocas tomam muito cuidado para não sair da água. Uma boa recomendação que eles dão é: pegue deixando na água, aproxime o rosto o máximo que puder que eu tiro uma foto sua de cima.
Minha pergunta é: Se esse turista queria uma selfie com o golfinho, por que não entrou na água? Ah, sim! Porque ele iria se afogar. Pois bem, com o pobre animalzinho aconteceu a mesma coisa: o golfinho morreu afogado porque não estava em seu habitat.
Por favor, não feche os olhos para tais eventos, tente fazer alguma coisa. Se eles não concordarem, chame a polícia. Denuncie o abuso. Hoje temos um golfinho franciscano a menos. Se continuarmos assim, logo não teremos nem um animal na Terra. Você consegue imaginar um planeta sem animais? Eu não posso.